Suíça 1-1 Espanha (1-3 GP): A sorte protege os audazes, Unai protege a Espanha

A CRÓNICA: SOMMER SALVOU ATÉ AO PROLONGAMENTO, UNAI SIMON BRILHOU NOS PENALTÍS

Nesta sexta-feira, encontraram-se, em São Petersburgo, as seleções da Suíça e da Espanha, num jogo que deu o mote para o início dos quartos de final deste Euro 2020.

Num jogo que começou muito dividido e disputado a meio-campo, a Espanha chegou ao golo na primeira vez que se aproximou da baliza helvética. À passagem do minuto 8, canto batido do lado direito do ataque espanhol, também de pé direito e a fugir da baliza, ninguém desvia e sobra para fora da área, de onde Jordi Alba atira à baliza e beneficia de um desvio em Zakaria, desvio esse que trai Sommer e inaugura o marcador para a seleção roja.

Após o golo espanhol, a seleção suíça tentou fazer mossa e criar oportunidades de golo, mas Pau Torres e Laporte mostraram-se irrepreensíveis no controlo da profundidade e nos duelos, não dando chance da Suíça criar qualquer chance de golo até ao final da primeira parte.

Luís Enrique fez entrar Olmo em detrimento de Sarabia ao intervalo para dar mais alguma magia ao lado esquerdo do ataque espanhol, mas o jogo continuou muito dividido e sem qualquer ocasião clara de golo até ao minuto 63, quando Zuber, após uma anteposição ao portador da bola, obrigou Unai Simón a uma belíssima defesa.

A Suíça já tinha avisado e ao minuto 68 chega mesmo ao golo do empate. Bola nas costas da defesa espanhola, Laporte faz muito bem a dobra, mas a bola embate em Pau Torres e deixa Freuler solto de marcação, que só tem de assistir Shaqiri para igualar o marcador na Gazprom Arena.

À passagem do minuto 76, a Suiça vê-se reduzida a dez unidades após uma entrada muito dura de Freuler sobre Gerard Moreno. O internacional suíço joga a bola, mas acaba por entrar de sola ao adversário, o que justifica esta admoestação.

Após estarem em vantagem numérica no jogo, os espanhóis carregaram e passaram a só jogar em meio-campo, mas o discernimento já não era o mesmo do início do jogo, muito por causa do cansaço acumulado que já se notava em ambas as equipas, e o nulo manteve-se até ao fim do tempo regulamentar.

Chegou o prolongamento, mas o rumo do jogo não mudou. Logo nos primeiros cinco minutos, os espanhóis tiveram perto de celebrar por duas ocasiões. Primeiro, por Gerard Moreno, que falhou clamorosamente na cara de Sommer e, depois, por Jordi Alba, que colocou o guarda-redes helvético à prova de fora da área. Ao 100° minuto, novamente Moreno a falhar no cara a cara com Yann Sommer e a deixar os adeptos da La Roja impacientes.

O massacre espanhol foi apenas interrompido pelo intervalo, que ditou que o jogo iria continuar a ser jogado na metade do campo que não tinha sido tanto utilizada nestes últimos minutos. Apesar do sufoco espanhol, Sommer manteve a baliza inviolável neste prolongamento e levou tudo para a marcação de grandes penalidades.

Nas cobranças, a Espanha levou a melhor com Unai Simon a ser o grande protagonista, visto que defendeu dois dos três penáltis falhados pela seleção helvética. Do lado espanhol, tremeram Busquets e Rodri, enquanto Oyarzabal cobrou aquele que foi o penálti que levou a Espanha diretamente para as meias finais deste Euro 2020, onde vai defrontar o vencedor do encontro entre a Itália e a Bélgica.

 

A FIGURA

Yann Sommer – Soberbo! Só não defendeu o remate desviado por Zakaria para o fundo das redes. Dez defesas, algumas delas de grande nível, que fizeram com que a Suíça se conseguisse aguentar quarenta e cinco minutos sem sofrer quando estava com menos uma unidade. Não merecia este desfecho (nem penáltis tão mal batidos dos seus colegas).

O FORA DE JOGO

Remo Freuler – Esteve no golo suíço, mas foi expulso a quinze minutos do fim, numa fase onde a Suíça crescia no jogo. Deixou a sua equipa a jogar com menos uma unidade durante quase quarenta e cinco minutos. Jogou a bola, porém foi imprudente e atingiu com grande impacto o seu adversário. Não fez um mau jogo, mas fica ligado pela negativa ao mesmo.

 

ANÁLISE TÁTICA – ESPANHA

A Espanha apresenta-se num 4-3-3, com Busquets como pivô defensivo do meio, a recuar para a zona dos centrais a vir buscar bola e a deixar o meio-campo e a liberdade criativa a Koke e Pedri. Ferran Torres e Sarabia apareceram como extremos, embora não sejam jogadores de linha e muito verticais. Estabeleceu uma pressão alta desde muito cedo no jogo, condicionando a saída da Suíça. Koke foi o médio mais ofensivo, embora não esteja tão habituado a esse papel.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Unai Simón (8)

Aymeric Laporte (7)

Pau Torres (6)

Azpilicueta (6)

Jordi Alba (7)

Sergio Busquets (6)

Koke (6)

Pedri (7)

Ferran Torres (6)

Morata (6)

Pablo Sarabia (5)

SUBS UTILIZADOS

Dani Olmo (6)

Gerard Moreno (6)

Marcos Llorente (5)

Oyarzabal (6)

Thiago (-)

Rodri (4)

 

ANÁLISE TÁTICA – SUÍÇA

A Suíça largou a linha de cinco defesas e apresentou-se com uma defesa a quatro, num 4-2-3-1, com Ricardo Rodriguez a ser lateral esquerdo, Zuber como médio ala à esquerda, duplo-pivô com Zakaria e Freuler e Shaqiri mais livre a jogar atrás de Seferovic. A seleção helvética, que entrou com uma pressão média/baixa, passou a uma pressão média/alta quando já estava em desvantagem no marcador. Pau Torres e Laporte começaram a tentar encontrar tanto os interiores como os extremos na primeira fase de construção, através de passes interiores, tentando queimar a primeira linha de pressão.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Yann Sommer (10)

Nico Elvedi (5)

Akanji (6)

Ricardo Rodriguez (6)

Widmer (7)

Zuber (7)

Denis Zakaria (6)

Remo Freuler (4)

Shaqiri (7)

Seferovic (6)

Embolo (-)

SUBS UTILIZADOS

Ruben Vargas (5)

Sow (5)

Mbabu (6)

Gavranovic (5)

Fassnatch (-)

 

Rescaldo de opinião de Francisco Silva

Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

Francisco Moreira e Silva
Francisco Moreira e Silvahttp://mariooliveira
O Francisco é natural de Santo Tirso. Encontra-se a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Sempre teve uma paixão enorme pelo deporto, sobretudo pelo futebol. Tem também um gosto especial pelo basquetebol, mais concretamente NBA. Jogou futebol durante 13 anos, mas agora é na vertente do treino que vai continuando o bichinho pela modalidade.

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