Os primeiros minutos do jogo contam com a Argentina a exercer pressão alta e a Islândia a apostar num estilo de jogo mais longo, direto e capaz de surpreender a defesa adversária com lances muito rápidos. A Islândia mostrou ter o jogo bem estudado e explorou as falhas que a Argentina demonstrou na fase de qualificação, com algumas lacunas defensivas e sem capacidade para resolver facilmente alguns lances.
No entanto, quem se posicionou na frente do marcador foi mesmo a Argentina, com um golo de Aguero aos 19 minutos. A fazer lembrar o golo de Diego Costa frente a Portugal, em que é necessária muita técnica e experiência para encontrar espaço no meio dos defesas e conseguir descobrir o caminho certo para a baliza. No entanto, a Islândia não se deu por vencida e fez história com Finnbogason a ser o primeiro jogador a marcar um golo pela sua seleção num campeonato do mundo, repondo a igualdade na partida três minutos depois. Termina a primeira parte com uma disputa equilibrada do jogo a nível de oportunidades.
A Argentina tem passado muitas dificuldades para bater esta curiosa Islândia. Este país que cada vez mais tem investido no futebol, vê esse investimento compensar e de que maneira. Há seis anos estava em 132º no ranking da FIFA e agora está em 22º. Uma equipa que conta com muitos jogadores semi-profissionais e que têm outros trabalhos sem ser o futebol, estão aqui a bater-se de frente com alguns dos melhores jogadores do mundo como Messi, Mascherano ou Higuaín.
A segunda parte não destoa muito da primeira. A Argentina com posse de bola e com o domínio do jogo contra uma Islândia muito organizada defensivamente e unicamente a tentar aproveitar as oportunidades que a Argentina permitia. Há um lance que marca esta segunda parte: Messi falhou um penalti aos 63 minutos, deixando assim o guarda-redes islandês brilhar mais uma vez. Sampaoli viu que tinha de mexer na equipa é colocou Pavón por Di Maria (possivelmente a melhor coisa que fez). Pavón veio animar o jogo, veio trazer garra e vontade de vencer e isso refletiu-se noutros jogadores que a 15 minutos do fim finalmente acordaram. Mas já era tarde demais e a Islândia adotou uma estratégia altamente defensiva tentando tirar partido deste resultado e ganhar um ponto frente a Argentina.
Foto de capa: FIFA
Artigo revisto por: Vanda Madeira Pinto