Japão 0-1 Polónia: Arigato, Colômbia!

    O futebol tem destas coisas! A equipa que o Japão havia derrotado no primeiro jogo do grupo foi a mesma que os salvou da eliminação.
    ‘Samurais azuis’ e ‘Águias Brancas’ tinham objetivos diferentes para esta partida. Ao Japão bastava um ponto para se tornar a única representante asiática nos oitavos-de-final, já a Polónia queria despedir-se com uma vitória para evitar que esta prestação fosse a pior da sua história no que toca a campeonatos do mundo.
    Japoneses com seis mudanças no onze inicial, cinco delas do meio-campo para a frente, já nos polacos nota para a titularidade de Fabianski na baliza, bem como Jedrzejczyk e Kurzawa.
    Logo no minuto inicial, Muto, novidade no onze de Nishino isola-se, mas Fabianski, atento, sai e controla a bola. A fase inicial do jogo pautou-se pelo equilíbrio com, ao contrário de nos jogos anteriores, o Japão numa postura mais de controlo dos espaços e a Polónia a ter mais bola, mas sem grande esclarecimento na construção ofensiva.
    Aos 12’, Okazaki cabeceia ao lado depois de atacar o espaço ao 1º poste num lance que teve origem num passe errado de Bednarek. Nos minutos seguintes, Usami e G. Sakai testaram mais uma vez o guardião polaco, em estreia num campeonato do mundo e que, só na etapa inicial, ultrapassou o número de defesas do colega de posição, Szczesny, neste mundial.
    A grande ocasião da primeira parte, todavia, seria da autoria dos polacos quando Grosicki, depois de uma jogada coletiva bem delineada, ter cabeceado para perto do poste direito de Kawashima. O veterano guarda-redes asiático foi lá buscá-la mesmo no limiar da linha de golo. Foi o grande momento. A grande fotografia dos primeiros 45 minutos!
    Na segunda parte, o Japão, de forma ponderada, foi aos poucos gerindo a posse de bola e rondando a área polaca. Mas, mais uma vez, os europeus foram contra a corrente do jogo. Kurzawa, num livre descaído para a esquerda, cruza de forma perfeita e Bednarek inaugura o marcador ao 2º poste com uma finalização com a parte interior do pé. Um Kurzawa, o outro (Bednarek) marcava!
    O Japão, a partir daí, começou a olhar com mais atenção para o jogo Senegal x Colômbia, como é natural. Sobre o relvado, a ansiedade foi tomando conta dos nipónicos…Mas eis que aos 75’ e depois de um flagrante desperdício de Lewandowski (74’), a Colômbia marca ao Senegal e os japoneses percebem que estão apurados dessa forma pelo critério do fair-play, pois tinham menos dois amarelos que os senegaleses. Aos 81’, Makino poderia ter estragado tudo, quando num corte, ia introduzindo a bola na própria baliza. Kawashima respondeu bem mais uma vez!

    Akira Nishino abdicou de atacar no último quarto de hora. Esses últimos 15 minutos foram um autêntico pacto de não-agressão de parte a parte que roça a conduta anti-desportiva
    Fonte: FIFA

    Até final, não vale a pena escrever muita coisa. Nishino tira o ponta-de-lança, Muto, e coloca Hasebe, o capitão, que entrou para dar as ordens aos colegas de equipas. Manter a bola. A Polónia, a ganhar, não pressionava. A bola não passava do meio-campo no pé para pé dos nipónicos. Os assobios foram cada vez mais ruidosos na Arena de Volvogrado. Blaszyskowski nem entrou porque o jogo não parou. Grosicki recebeu ordem de Nawalka para, no último minuto, simular lesão e obrigar a paragem do jogo para o colega entrar. Assim o fez, mas o árbitro não foi na cantiga. Muito feio este final do encontro, muito feio mesmo!
    No outro jogo nada mudou depois do tento colombiano…Arigato, Colômbia!

    Onzes iniciais
    Japão: Kawashima; H. Sakai, Yoshida, Makino, Ngatomo; Yamaguchi, Shibazaki; G. Sakai, Usami (Inui, 65’), Okazaki (Osako, 47’); Muto (Hasebe, 82’).
    Polónia: Fabianski; Bereszynski, Glik, Bednarek, Jedrzejczyk; Goralski, Krychowiak; Grosicki, Kurzawa (Peszko, 79’), Zielinski (Teodorczyk, 79’); Lewandowski.

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    Rúben Tavares
    Rúben Tavareshttp://www.bolanarede.pt
    O futebol foi a primeira paixão da infância, no seu estado mais selvagem e pueril. Paixão desnuda. Hoje não deixou de ser paixão, mas é mais madura, aliada a outras paixões de outras idades: a literatura, as ciências sociais, as ciências humanas.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.