Revista do Mundial 2018 – México

O Treinador

Fonte: SMF

Juan Carlos Osorio – Juan Carlos Osorio Arbelaez nasceu em Santa Rosa de Cabal, na Colômbia, a 08 de Junho de 1961. Após uma carreira como futebolista sénior bastante fugaz – durou sete temporadas e representou somente três clubes (Deportivo Pereira, da Colômbia, SC Internacional, do Brasil, e Once Caldas, da Colômbia) –, Osorio iniciou a sua carreira em equipas técnicas, em 2000, como treinador-adjunto do MetroStars, clube dos Estados Unidos da América (hoje, denominado New York Red Bulls). Esta passagem de uma temporada abriu-lhe portas no Manchester City FC, onde esteve desde 2001 até 2005 – também como treinador-adjunto – e onde trabalhou com treinadores como Kevin Keegan e Stuart Pearce. Após estas temporadas, regressou à Colombia onde orientou o Millonarios FC e onde se estreou como treinador principal. A partir daí, seguiram-se passagens pelos EUA (Chicago Fire e NY Red Bulls), Colômbia novamente (Once Caldas), México (Club Puebla), regressou à Colômbia (Club Atlético Nacional) e terminou como técnico principal de clubes no Brasil (São Paulo FC). Em 2015, foi contactado para suceder a Miguel Herrera como seleccionador da Selecção Nacional do México, cargo que mantém até hoje.

 

Durante as três temporadas à frente de “El Tri”, Juan Carlos Osorio já conseguiu deixar a sua marca na forma como a equipa se comporta dentro de campo. Partindo de uma base assente num 4x3x3, com um médio-defensivo e duplo-pivot à sua frente, a Selecção Mexicana mostra bastante alternância conforme o momento do jogo. Da partida que tive a oportunidade de observar (o amigável contra a Selecção da Bélgica, que terminou com um empate a três bolas), a Selecção Mexicana apresentou-se com o seguinte onze inicial: Guillermo Ochoa, Carlos Salcedo, Néstor Araujo, Héctor Moreno, Miguel Layún, Diego Reyes, Héctor Herrera, Andrés Guardado, Carlos Vela, “Chucky” Lozano e “Chicharito” Hernández.

 

No momento de organização ofensiva, a Selecção Mexicana de Juan Carlos Osorio dispõe-se, declaradamente, num 4x3x3:

 

 

 

Procurando construir jogo desde trás, impõem uma circulação de bola paciente no momento em que o adversário se encontra defensivamente organizado. Incluindo o guarda-redes na fase de construção, também os centrais são participativos, apesar de comprometerem um pouco. Devido a essa limitação, Andrés Guardado é o responsável por transportar jogo desde a defesa, recuando constantemente ao nível dos centrais, seja para auxiliar, seja para assumir a construção de jogo. Ainda que a equipa não se encontre muitas vezes desequilibrada devido à subida dos seus laterais (Miguel Layún é o lateral que mais sobe para auxiliar o ataque, enquanto que Carlos Salcedo é o lateral mais posicional), Diego Reyes torna-se muito importante na posição 6, de forma a manter a equipa equilibrada no momento da perda. Héctor Herrera é o dínamo da equipa, sendo fundamental na ligação entre o meio-campo e o ataque, seja através de combinações curtas e à procura de jogo entre-linhas ou por intermédio de passes longos em busca da profundidade. Por falar em profundidade, esta é uma arma poucas vezes utilizada pela Selecção Mexicana e que deveria ser mais vezes explorada. Na minha opinião, com Carlos Vela, “Chucky” Lozano e “Chicharito” Hernández – avançados rápidos e desconcertantes nas suas acções –, haveria condições para solicitar mais vezes a profundidade e causar ainda mais perigo.

Em organização defensiva, a Selecção Mexicana transforma-se tácticamente num 4x2x3x1, com um duplo-pivot à frente dos centrais:

Neste momento do jogo, apresentam uma organização defensiva com um bloco bastante curto e compacto. Outro dos principios mais fortes da “El Tri” é a pressão alta que fazem, tentando quebrar a primeira fase de construção do adversário. Adicionalmente, atacam de forma intensa e agressiva o portador da bola contrário, em busca de recuperarem rápidamente a posse de bola. No geral, podemos considerar a Selecção Mexicana uma equipa bem organizada defensivamente, ainda que, no momento de transição defensiva, se tornem algo permeáveis, devido ao facto de não conseguirem controlar muito bem o espaço nas suas costas.

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Bruno Costa
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Alfacinha de gema e Benfiquista por natureza, Bruno é um obcecado por Futebol e foi através da escrita que encontrou a melhor forma de dar a conhecer essa sua paixão pelo desporto-rei. É capaz de estar desde Segunda-feira até Domingo à noite a ver todos os jogos que passam na TV. Terá sido em pequeno que toda esta loucura futebolística foi despertada pelo seu Pai e pelo seu tio que, respetivamente, o levavam ao Estádio do Restelo e ao Estádio da Luz. Bruno não suporta facciosismos e tenta sempre ser o mais crítico possível para com o seu clube.                                                                                                                                                 O Bruno não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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