Revista do Mundial 2022 | Grupo A

CATAR

O Catar destaca-se de todas as demais seleções do Mundial 2022 pelo fator preparação. Desde junho – de forma intermitente, mas com períodos intensivos – que o grupo se encontra para trabalhar a pensar no Mundial.

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O evento foi encarado com seriedade pelos responsáveis pelo futebol e nenhuma seleção teve a possibilidade de se testar em tantos contextos como o Catar. Vencedores da Copa Ásia em 2019 – período alto no ciclo – a seleção do Catar teve ainda a possibilidade de disputar a Copa América, a Copa Ouro e ainda de jogar amigáveis no contexto do apuramento europeu (estando inserido no grupo de Portugal). Tanta preparação e trabalho num contexto propício ao contrário – recorde-se que as restantes seleções apenas se concentrarão uns dias antes do Mundial – são uma vantagem que, embora não dê favoritismo à seleção anfitriã, terá certamente alguns frutos a colher.

Há dois espanhóis que importam mencionar quando se fala no presente da seleção do Catar: Félix Sánchez, treinador da seleção desde 2017, e Xavi Hernandez, atual técnico do Barcelona, com impacto tremendo no Al-Sadd onde foi jogador e treinador. Ambos os treinadores passaram por La Masia e levaram algum do ADN da formação catalã para o Catar.

Não será uma seleção que terá bola durante a maioria da partida. Ainda assim, será uma seleção que procurará trabalhar a bola quando a tiver. Partindo de um 5-3-2, os três centrais procurarão sair a jogar entre si. Para ultrapassar pressões, há essencialmente dois mecanismos: as diagonais do central exterior para o ala do lado oposto; e as projeções por dentro dos centrais exteriores, especialmente Abdelkarim Hassan à esquerda. O lado esquerdo é mesmo o lado mais forte do Catar fruto da presença de Akram Afif, homem com liberdade posicional, mas geralmente a procurar descair mais pela esquerda. Caso esteja a ser sufocado, Almoez Ali pode ser procurado como referência mais direta, capaz de ganhar a primeira bola.

Apesar da proposta de jogo positiva, há dois fatores que podem ser revés na competitividade que o Catar procura. O primeiro é o leque reduzido de jogadores com capacidade para entrar e não descair o nível. Embora muitas opções tenham sido testadas, o Catar vive muito do núcleo duro de titulares e no banco, salvo raras exceções, o nível é claramente inferior. O momento defensivo pode ser também uma das lacunas a ser exploradas pelos adversários. Os encaixes dos alas nos laterais e as perseguições dos centrais exteriores criam muito espaço nas costas que pode ser aproveitado com movimentos de rutura. A pouca capacidade física de ganhar duelos e a passividade sem bola – é uma equipa que deixa o adversário respirar com bola – são também limitações a ter em conta.

JOGADOR A OBSERVAR

Akram Afif – É, de longe, o jogador mais talentoso do Catar. Numa dupla de ataque poderosa com Almoez Ali – arrasta defesas e procura abrir espaço para o colega – tem liberdade para deambular pelo campo, essencialmente na meia esquerda, e tem condições técnicas notáveis. Muito forte em condução, com capacidade para driblar e desequilíbrio no último passe, as aspirações ofensivas do Catar estão dependentes do nível do avançado. Foi destaque na Copa Ásia e, aos 25 anos, tem a sua chance de brilhar no Mundial.

PREVISÃO DE POSIÇÃO NO GRUPO: QUARTO LUGAR

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação, está a terminar o mestrado em Jornalismo e tem o coração doutorado pelo futebol. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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