CATAR
The announcement we were waiting for ⏳😍
Introducing.. Felix Sanchez’s Qatar national team squad for the 2022 World Cup 🏆
These are our heroes. And now, it’s our TIME 💪🇶🇦#AllForAlAnnabi#ForTheLoveOfQatar pic.twitter.com/0ahwdE6L9p
— Qatar Football Association (@QFA_EN) November 11, 2022
O Catar destaca-se de todas as demais seleções do Mundial 2022 pelo fator preparação. Desde junho – de forma intermitente, mas com períodos intensivos – que o grupo se encontra para trabalhar a pensar no Mundial.
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O evento foi encarado com seriedade pelos responsáveis pelo futebol e nenhuma seleção teve a possibilidade de se testar em tantos contextos como o Catar. Vencedores da Copa Ásia em 2019 – período alto no ciclo – a seleção do Catar teve ainda a possibilidade de disputar a Copa América, a Copa Ouro e ainda de jogar amigáveis no contexto do apuramento europeu (estando inserido no grupo de Portugal). Tanta preparação e trabalho num contexto propício ao contrário – recorde-se que as restantes seleções apenas se concentrarão uns dias antes do Mundial – são uma vantagem que, embora não dê favoritismo à seleção anfitriã, terá certamente alguns frutos a colher.
Há dois espanhóis que importam mencionar quando se fala no presente da seleção do Catar: Félix Sánchez, treinador da seleção desde 2017, e Xavi Hernandez, atual técnico do Barcelona, com impacto tremendo no Al-Sadd onde foi jogador e treinador. Ambos os treinadores passaram por La Masia e levaram algum do ADN da formação catalã para o Catar.
Não será uma seleção que terá bola durante a maioria da partida. Ainda assim, será uma seleção que procurará trabalhar a bola quando a tiver. Partindo de um 5-3-2, os três centrais procurarão sair a jogar entre si. Para ultrapassar pressões, há essencialmente dois mecanismos: as diagonais do central exterior para o ala do lado oposto; e as projeções por dentro dos centrais exteriores, especialmente Abdelkarim Hassan à esquerda. O lado esquerdo é mesmo o lado mais forte do Catar fruto da presença de Akram Afif, homem com liberdade posicional, mas geralmente a procurar descair mais pela esquerda. Caso esteja a ser sufocado, Almoez Ali pode ser procurado como referência mais direta, capaz de ganhar a primeira bola.
Apesar da proposta de jogo positiva, há dois fatores que podem ser revés na competitividade que o Catar procura. O primeiro é o leque reduzido de jogadores com capacidade para entrar e não descair o nível. Embora muitas opções tenham sido testadas, o Catar vive muito do núcleo duro de titulares e no banco, salvo raras exceções, o nível é claramente inferior. O momento defensivo pode ser também uma das lacunas a ser exploradas pelos adversários. Os encaixes dos alas nos laterais e as perseguições dos centrais exteriores criam muito espaço nas costas que pode ser aproveitado com movimentos de rutura. A pouca capacidade física de ganhar duelos e a passividade sem bola – é uma equipa que deixa o adversário respirar com bola – são também limitações a ter em conta.
JOGADOR A OBSERVAR
We got Somali🇸🇴 representation at the World Cup! Akram Afif who plays for Qatar but is born in Somalia with a Somali dad. Plays Left wing pic.twitter.com/sGCLluHWs0
— Ilyas🏴 (@Ilyassstweets) November 11, 2022
Akram Afif – É, de longe, o jogador mais talentoso do Catar. Numa dupla de ataque poderosa com Almoez Ali – arrasta defesas e procura abrir espaço para o colega – tem liberdade para deambular pelo campo, essencialmente na meia esquerda, e tem condições técnicas notáveis. Muito forte em condução, com capacidade para driblar e desequilíbrio no último passe, as aspirações ofensivas do Catar estão dependentes do nível do avançado. Foi destaque na Copa Ásia e, aos 25 anos, tem a sua chance de brilhar no Mundial.