A nova (e última) vida de Renato na Baviera

    Após uma curta experiência no País de Gales, a competir na Premier, o miúdo que não reúne o consenso geral em relação à sua qualidade, nem mesmo quando jogava muito, hoje encontra-se integrado nos trabalhos de pré época do colosso alemão. Kovac é um técnico recém chegado e dá a entender que Sanches está nos seus planos. E, mais e melhor do que isso, aprecia as suas qualidades, chegando a dizer que não é costume vê-las num jogador que atue nesse campeonato.

    É ótimo quando temos alguém que nos dê alento. Mas não pode ser tomado como gratuito, tem e deve-lhe ser correspondido da melhor forma possível. Em declarações captadas em conferência de imprensa, o jovem médio referiu que está mais maduro, entende melhor certas coisas, e a sua mentalidade mudou em alguns aspetos. “Basta” a prática complementar esta sua vontade.

    Niko Kovac vê em Sanches o que não vê em muitos outros na Alemanha
    Fonte: Bayern FC

    A rédea está curta. A crítica está sempre pronta a atuar e Renato Sanches não pode facilitar. Não é uma questão de oportunidades de mercado, penso que não se trata disso. Julgo que, pelo menos tendo em conta o que disse, quer vingar no Bayern. Eu sinceramente achei que iria ser bem sucedido logo quando chegara. A par de Ederson, para mim foi quem mais se destacou na eliminatória entre Benfica e Bayern de Munique, de 2015/16. Além disso, a contribuição concedida à nossa Seleção ficou bem patente. No Euro 2016, a meu ver, a sua entrada no onze inicial catapultou as intenções de um conjunto que jogava à base de um sistema algo lento e não tanto fluído como o desejado para um nível superior. Tem realmente características diferentes de qualquer médio português.

    Mesmo sabendo que tem outros companheiros com o potencial para preencher a vaga, a razão para não demonstrar o que sabe e consegue fazer em campo não sei qual é. Mas também não importa eu saber, nota-se que Renato Sanches é uma pessoa tranquila, tem uma personalidade “fixe”, é um “gajo” divertido. Contudo, isso não lhe dá lugar na equipa. Não querendo dizer que se fosse arruaceiro e demonstrasse em campo o que é realmente seria melhor, mas penso que conseguirá aliar um bom desempenho competitivo ao seu “eu”. Aliás, assim sendo, o seu “eu” tornar-se-ia mais digno. A superstição é algo bem comum no mundo futebolístico, mas não garante nada. Marcou já um golo, através de um livre. Ser responsável pela marcação do mesmo e corresponder dessa forma aumenta a moral a qualquer um. Então a um jogador que está a ser posto à prova…

    Qualquer que tenha sido o fator impeditivo de não ter obedecido às altas expectativas que foram colocadas ao lado do troféu “Golden Boy 2016”, tem obrigatoriamente de estar superado, ou então a camisa 35 deixará de ser intitulada de Sanches numa questão de reabertura de mercado.

    Foto de capa: Bayern FC
    Artigo revisto por: Vanda Madeira Pinto

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    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.