Os festejos tiveram início mesmo ali, em pleno território rival, e estenderam-se ao balneário, ao autocarro, às ruas de Dresden e ao DDV-Stadion, onde cerca de 10.000 adeptos esperavam a chegada dos jogadores. Jean François Kornetzky, o terceiro guarda-redes da equipa, teve direito a uma rapadela de cabelo, algo assinalável se levarmos em conta que o seu cabelo lhe cobria os ombros; Michael Hefele, o capitão de equipa, andou aos ombros dos adeptos e o treinador, Uwe Neuhaus, também não escapou à alegria dos mesmos, que o atiraram ao ar algumas vezes, respeitando a tradição reinante nos antigos países do leste da Europa sempre que um treinador vence uma competição importante ou consegue um feito assinalável, tal como hoje aconteceu com o experiente técnico alemão.
Quando o autocarro da equipa chegou ao DDV-Stadion, em Dresden, tinha à sua espera milhares de adeptos que, de tochas na mão e a entoar cânticos de vitória, iluminaram o caminho até ao interior do estádio. Já no interior, a festa continuou noite fora com os jogadores, estrutura directiva e massa associativa a libertarem finalmente aquela ansiedade que já os acompanhava há vários jogos e que crescia semana após semana sempre que o Dynamo não conseguia, ainda que apenas matematicamente, garantir os pontos necessários que lhe permitissem ascender de categoria.
Se não fossem as escaramuças com as forças de autoridade antes do início do jogo em Magdeburgo e o facto de cerca de 700 adeptos do Dynamo terem visto a sua entrada barrada no estádio como consequência disso, teria sido um dia mais do que perfeito para o histórico emblema alemão.