SG Dynamo Dresden: 3.ª divisão nunca mais!

    Este novo SG Dynamo Dresden goza de boa saúde actualmente e longe vão os tempos do clube endividado e desestruturado, incapaz de fazer jus à história do clube. Desde o passado dia 21 de Março, o SG Dynamo Dresden é um clube sem dívidas (Schuldenfrei), uma vez que o antigo campeão da RDA liquidou a última das prestações a que estava sujeito e, pela primeira vez em 25 anos, o clube respira livremente e com optimismo para um futuro que promete ser de sucesso.

    O carismático Uwe Neuhaus construiu, em conjunto com Ralf Minge (antigo atleta da equipa e actual director desportivo), uma equipa ganhadora, que até ao momento só foi derrotada em duas ocasiões esta temporada, e que a quatro jornadas do final da época já garantiu a subida de escalão e irá, muito provavelmente, sagrar-se campeã da 3. Liga, já que conta, à data deste artigo, com oito pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o FC Erzgebirge Aue.

    A chegada do autocarro da equipa ao DDV-Stadion em Dresden no passado Sábado à noite Fonte: bild.de
    A chegada do autocarro da equipa ao DDV-Stadion, em Dresden, no passado Sábado à noite
    Fonte: bild.de

    O SG Dynamo Dresden, este de agora, como aquele de há 30 e 40 anos atrás, o de Ulf Kirsten, Matthias Sammer e Torsten Gütschow, ou o de Benny Kirsten, Cristian Fiél, Marvin Stefaniak, Michael Hefele e Justin Eilers, tem algo de especial, algo que lhe confere uma magia muito própria, que faz os jogadores chorarem quando deixam o clube ou quando dão uma entrevista a seguir ao jogo que lhes garantiu a subida de divisão, um sentimento ao mesmo tempo nostálgico e de modernidade, uma simplicidade misturada com romantismo, um certo quê que sai da esfera do entendimento comum, que outros clubes, por muito famosos que sejam, não conseguem ter.

    O SG Dynamo Dresden desafiou os ditames da Stasi de Erich Mielke, esteve a um jogo de distância de vencer a Taça UEFA, foi oito vezes campeão da ex-RDA, venceu por sete vezes o FDGB Pokal (Taça da ex-RDA), manteve-se à tona da água apesar da profunda crise financeira e agora renasceu das cinzas para começar com passos sólidos, como aqueles que deu esta temporada, a preparar o seu regresso ao principal escalão do futebol, de onde um clube com a sua grandeza nunca deveria ter saído.

    Foto de Capa: Bild Dresden 

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    Joel Amorim
    Joel Amorimhttp://www.bolanarede.pt
    Foi talvez a camisola amarela do Rinat Dasaev que fez nascer, em Joel, a paixão pelo futebol russo e pelo Spartak Moscovo. O futebol do leste da Europa, a liga espanhola e o FC Porto são os tópicos sobre os quais mais gosta de escrever.                                                                                                                                                 O Joel não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.