Na passada segunda-feira (12), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou por fim a chegada do seu novo selecionador. O escolhido dispensa apresentações: o campeoníssimo italiano Carlo Ancelotti.
O técnico italiano de 65 anos foi anunciado de forma enfática e num timing bastante surpreendente, uma vez que se pode dizer que esta foi uma comunicação unilateral da CBF, dado que o Real Madrid (clube com quem Ancelotti ainda tinha contrato até ao fim de 2026), até à data deste artigo ainda não fez qualquer comunicação oficial sobre a saída do técnico italiano e a já garantida chegada de Xabi Alonso para o comando técnico da equipa merengue.
Foi evidente o desagrado e o incómodo de Ancelotti, quando questionado sobre o momento escolhido pela CBF (encabeçada pelo seu presidente Ednaldo Rodrigues) para o anúncio da sua contratação. “A CBF emitiu esse comunicado e a partir do dia 26 eu serei o técnico do Brasil. O Real Madrid vai divulgar o comunicado quando quiser divulgar. Não tem problema nenhum. Não sei quando eles vão fazer, mas vão fazer no momento oportuno, não tenho mais nada a acrescentar. O que falo com Madrid é absolutamente pessoal. Cada um age como quer agir.”
O técnico italiano chega ao Brasil a 26 de Maio, uma vez findo o campeonato espanhol. Dessa forma, o Real Madrid cede à pressão da CBF e do próprio Ancelotti para que este possa abraçar um desafio tão exigente como igualmente apaixonante: treinar a seleção brasileira depois de ser o único treinador da história a ser campeão nas cinco ligas mais fortes do mundo (Espanha, Itália, França, Alemanha e Inglaterra).
Ancelotti tem a missão de devolver o Brasil de volta ao topo e ajudar a canarinha a sagrar-se novamente campeã mundial e conquistar o desejado e ansiado “hexa” no próximo Mundial 2026, disputado nos Estados Unidos e no México.
O currículo de Ancelotti está acima de qualquer suspeita. Contudo, será o técnico italiano a solução ideal para conduzir o Brasil a um novo título mundial? Eu tenho as minhas sérias dúvidas e tentarei fundamentá-las ao longo deste artigo.
Muitos dizem que Ancelotti não poderia recusar uma oportunidade destas. Mas convém relembrar que Ancelotti já o tinha recusado anteriormente no início de 2023, pouco após o fim do Mundial 2022 no Qatar, onde o Brasil sofreu mais uma derrota dolorosa contra a Croácia após a marcação de grandes penalidades, depois de se ter adiantado no marcador num golo fantástico de Neymar na primeira parte do prolongamento.
Mal terminou esse Mundial, Ancelotti foi logo apontado como o nome que a CBF queria para selecionador do Brasil. Inicialmente, pensou-se numa solução que passaria por ser Fernando Diniz (que vinha de ganhar a Taça Libertadores com o Fluminense) a exercer o papel duplo de treinador da formação carioca e de selecionador do Brasil de forma simultânea, isto porque Ancelotti é um homem de clube e não quis abandonar o clube merengue a meio da época.
Mas logo se viu que essa experiência não iria resultar, e Fernando Diniz só aguentou seis (!) jogos no cargo de selecionador. Ancelotti esse, tornava-se um sonho impossível e fazia uma seleção como a brasileira, esperar mais de dois anos para que se decidisse por fim a abraçar este projeto. Para mim, isto diz muito do atual estado da CBF e do futebol brasileiro: o autêntico caos e sem rumo.
É de enaltecer a postura do técnico italiano naquele momento, e o tempo veio-lhe dar razão. Ancelotti está no futebol há muitos anos, é conhecedor de toda a instabilidade que vive o futebol brasileiro (quer a nível político e administrativo) e não quis sair da sua zona de conforto, por mais tentador que fosse treinar a seleção pentacampeã do mundo.
Mas estávamos a meio da época e o Real Madrid ainda estava a disputar todos os títulos, e vinha de ser campeão europeu pela 14ª (!) vez na sua história, depois de uma Champions League ganha com base em remontadas épicas contra PSG, Chelsea e Manchester City.
Essa final foi ganha contra o Liverpool fruto de um golo de Vinícius Júnior, mas essencialmente muito por causa de uma das melhores exibições que eu já vi por parte de um guarda-redes. Courtois fez um jogo monstruoso, com defesas de altíssimo nível, a negar consecutivamente os intentos do rolo compressor que era aquela equipa comandada por Jurgen Klopp.
E é aí que eu começo a minha análise à contratação de Ancelotti.
O que sempre diferenciou as seleções brasileiras das demais, foi a sua identidade muito própria de jogo. Foram os brasileiros que instituíram o chamado “joga bonito”, e apesar de ter sido bem sucedido nos últimos clubes por onde passou (à exceção da sua curta passagem pelo Everton), se há coisa que não tem caracterizado as equipas de Ancelotti, é a sua qualidade de jogo ofensivo.
Muitos dizem que a melhor equipa de todos os tempos (apesar de não ter ganho o título), foi aquele extraordinário Brasil do Mundial de 1982, com Zico, Falcão, Sócrates e companhia.
Muitos dos êxitos que o treinador italiano obteve recentemente (e sem lhe tirar o devido mérito), foram maioritariamente conseguidos por rasgos individuais dos extraordinários jogadores que Ancelotti teve a oportunidade de treinar no Real Madrid.
Arrisco-me a dizer que não vejo uma equipa de Ancelotti com uma identidade marcada e com um estilo de jogo reconhecível desde o AC Milan dos anos 2000.
Foram 8 anos no emblema italiano, de 2001 a 2009. 2 Champions League ganhas, mas também fracassos maiúsculos, sendo que naquele AC Milan pontificavam nomes como Kaká, Seedorf, Nesta, Pirlo, Inzaghi, Rui Costa, Maldini, Cafu, Shevchenko, entre outros.
Uma constelação de estrelas, que sucumbiu perante o melhor Desportivo da Corunha da história na época 2003/2004, mas onde o AC Milan era claramente superior à equipa espanhola. Na primeira-mão daqueles quartos-de-final, o AC Milan tinha ganho por 4-1 em Milão e na segunda mão os espanhóis “despacharam” os que eram os atuais campeões europeus com um resultado vergonhoso de 4-0.
Sim, a equipa da Galiza tinha Jorge Andrade, Valerón, Mauro Silva, Fran, Djalminha, entre outros (tendo sido derrotada posteriormente por um FC Porto superiormente treinado por José Mourinho, que viria a sagrar-se campeão europeu nesse ano). Mas nada que se compare com os nomes que mencionei anteriormente.
Na época seguinte, Ancelotti está igualmente ligado a algo que deve ser considerado uma proeza, mas de forma negativa. Estamos perto de completar 20 anos de uma final de Champions League perdida pelo AC Milan depois de estar a ganhar por 3-0 (!) ao intervalo (com dois golos de Hernán Crespo, que ainda tornava essa equipa mais forte do que no ano anterior), numa épica final em Istambul, em que o Liverpool acabou por vencer após a marcação de grandes penalidades.
Mais uma vez, a tendência de Ancelotti abusar do catenaccio (nome usado para definir uma tática muito defensiva da escola italiana) a evitar que ainda fosse um técnico mais laureado do que o é neste momento.
O povo brasileiro verá com bons olhos que a sua seleção recue e “feche a casinha” (na sua gíria futebolística) para defender um resultado? Eu estou certo de que não.
E apenas quis referir alguns dados do passado para contextualizar que Ancelotti é considerado por muitos o melhor treinador da história, mas para mim não é e dificilmente virá a ser.
O Brasil está numa fase de reconstrução e de redefinição do seu jogo e da sua identidade. A sua essência futebolística desvaneceu-se nos últimos anos e em grande parte, devido à excessiva europeização que os técnicos brasileiros quiseram implementar na sua seleção.
Ancelotti é um treinador que dá liberdade aos seus jogadores? Sim, é. E isso viu-se este ano com a sua parcimónia perante a falta de compromisso defensivo do seu trio de ataque, composto por Rodrygo, Vinicius Júnior e Mbappé, que apesar de ter feito um grande ano a nível individual (com números que o colocam como o jogador que fez mais golos numa primeira época ao serviço do Real Madrid), muito provavelmente isso de pouco servirá.
É quase garantido que a época do Real Madrid (salvo uma hecatombe do Barcelona, que dispõe de sete pontos de vantagem à falta de três jornadas), saldar-se-á em zero títulos conquistados, sendo que foi eliminado de forma categórica nos quartos-de-final da Champions League pelo Arsenal, que não está de todo habituado a estas andanças.
Em competições internas, o Real Madrid (igualmente devido a essa passividade defensiva do seu trio ofensivo), perdeu os quatro jogos que disputou contra o seu rival Barcelona, exemplarmente treinado por Hansi Flick, que dedicou umas palavras de despedida bem bonitas ao técnico italiano. “Ele é um cavalheiro e um dos melhores e mais bem sucedidos treinadores a nível mundial”.
Com isto, quero dizer que o fato de Ancelotti dar liberdade aos seus jogadores para criar jogo ofensivo, não significa que esse jogo esteja minimamente trabalhado. Não há uma jogada ofensiva do Real Madrid, que seja um traço identitário.
Bloco sólido, defesa consistente (que sofreu muito com as ausências prolongadas de Dani Carvajal e Éder Militão), pouquíssima criação de jogo ofensivo e bolas a explorar a profundidade dos seus jogadores mais rápidos, nomeadamente Mbappé e Vinicius Júnior.
Convenhamos que isto é manifestamente pouco para uma equipa do calibre do Real Madrid, que vinha de ganhar o campeonato e a Liga dos Campeões, e que tinha contratado Kylian Mbappé, considerado por muitos como o melhor jogador do mundo.
O Brasil não tem um líder neste momento e está órfão da sua grande estrela, que continua a ser Neymar. Muitos poderão torcer o nariz a esta minha afirmação, mas é a mais pura das realidades. É de longe o jogador brasileiro mais diferenciador e de maior classe, mas tem sido ultimamente muito fustigado por lesões, e não consegue ter uma continuidade.
Se conseguir ter um Neymar a um nível próximo do seu melhor, as forças do Brasil poderão equiparar-se com as seleções mais fortes do mundo. Se assim não for, veremos um Brasil sólido, pragmático e nada entusiasmante, que é o que infelizmente tem pautado as equipas treinadas por Carlo Ancelotti.
Esta opinião é igualmente corroborada por Rodrigo Bueno, jornalista da Espn Brasil: “O Ancelotti não vai fazer o brasileiro amar a seleção”. A falta de identificação do povo brasileiro com a sua seleção é por demais evidente. O Brasil sempre foi mais um país de clubes, de apoio fervoroso dos seus adeptos aos respectivos clubes.
Mas com as últimas desilusões em Mundiais, nem nos últimos Mundiais, a seleção brasileira conseguiu resgatar o carinho e o interesse da generalidade dos adeptos brasileiros.
Ancelotti tem a seu favor o fato de conhecer muitos dos jogadores-chave desta seleção. Uns porque os treinou (Casemiro, Vinicius Júnior, Éder Militão, Rodrygo, Endrick, etc…) e outros porque os defrontou várias vezes recentemente. Casos de Marquinhos e de Raphinha, que vem de fazer a melhor época da sua vida.
Mas teremos que ser honestos intelectualmente. É este Brasil a melhor seleção do mundo? Não, claro que não é.
A seleção brasileira está neste momento em quinto lugar na classificação para o Mundial, para o qual acabará por se qualificar mas sem nenhum brilhantismo.
E além de estar muitos furos abaixo da atual campeã mundial e sua eterna rival Argentina, é necessário que o Brasil consiga construir uma equipa que possa ser competitiva com seleções como Inglaterra, Portugal, Alemanha, França e Espanha.
Esta é a dura realidade que Ancelotti vai ter de enfrentar. Está perante o maior desafio da sua carreira, apesar de vir de uma segunda passagem fantástica por um clube tão grande como o Real Madrid, com 11 títulos conquistados em quatro anos.
Mas vai encontrar um Brasil sedento de títulos e com uma obsessão pelo hexa, que já dura há mais de 20 anos.
Essa obsessão ficou bem patente com a hiperbólica declaração de Ednaldo Rodrigues quando anunciou Carlo Ancelotti.
“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro” afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
Mais uma vez reitero que esta é apenas a minha visão mas a mesma está assente em fatos.
É Ancelotti o homem ideal para reconstruir uma equipa do zero? Para assentar as bases de uma equipa e construir um grupo sólido e que volte a fazer os brasileiros vibrar com a sua seleção? Eu tenho várias reticências, por todos os motivos que disse anteriormente.
Claro que é um treinador vitorioso e um dos mais titulados da história. Mas todos sabem da influência do seu filho Davide (que não o acompanhará nesta aventura) nos últimos anos da sua carreira.
Era o seu filho que ditava a tática e a estratégia, que estruturava a equipa e Ancelotti funcionava essencialmente como um condutor de homens e um extraordinário gestor de egos, portanto, o treinador ideal para uma equipa como o Real Madrid.
Mas este Brasil não tem assim tantos craques, e o que necessita, é de um profundo trabalho de reconstrução de alguém que conheça detalhadamente o jogador brasileiro e o futebol brasileiro.
Há menos de duas semanas, o eterno capitão Cafu (bicampeão mundial e que foi treinado por Ancelotti), disse o seguinte: “Não sei se ele acorda de madrugada para ver futebol brasileiro”.
Depois do seu anúncio como selecionador brasileiro, curiosamente Cafu já se manifesta a favor da contratação do treinador italiano, talvez piscando o olho a uma eventual integração na estrutura de Ancelotti.
O Brasil tem uma boa geração, onde se destacam os nomes dos já citados Rodrygo, Vinicius, Endrick e aos que incluo Estêvão, aquele que para mim tem potencial para ser um grande craque, não aquele típico craque fabricado e construído à força pela imprensa brasileira, ávida de um craque ou de ter o melhor jogador do mundo.
Tem bons elementos no setor defensivo, como são o caso de Marquinhos, Miltão, Lucas Beraldo e Gabriel Magalhães. Mas depois falta-lhe um meio-campo criativo e que crie jogo.
A situação de Lucas Paquetá (corre o risco de ser banido do futebol por causa de um escândalo com apostas desportivas), também não contribui para uma maior qualidade de jogo da seleção brasileira.
Mas a realidade é que o Brasil não produziu nenhum médio ofensivo de classe mundial nos últimos anos.
Os seus médios são essencialmente de cariz defensivo e mais transportadores de bola, e não tanto criadores de jogo, como é o caso de Bruno Guimarães, claramente um dos melhores médios a atuar na Premier League, mas que não consegue exibir-se ao mesmo nível na seleção, porque lhe é pedido que faça mais do que aquilo para o qual é talhado.
Casemiro está a recuperar a sua melhor versão, mas não será ele que vai melhorar a qualidade de jogo produzida pelo meio-campo, setor fundamental no futebol atual.
Digam-me uma seleção daquelas anteriormente mencionadas, que não dispõe de um meio-campo criativo e capaz de construir jogo ofensivo e ao mesmo tempo jogar a alta intensidade. Pois, todas elas têm essas características e jogadores com ambas valências.
Será um ano suficiente para que Ancelotti (sem o tempo habitual de treino que se tem nos clubes) consiga reconstruir esta equipa brasileira?
Teremos de esperar para ver. Mantenho as minhas reservas perante esta decisão da CBF.
É uma decisão pensada num resultado imediato, mas um ciclo de um Mundial deve ser preparado com rigor e com tempo.
A última vez que o Brasil foi campeão mundial, foi em 2002 no Mundial da Coreia do Sul e do Japão, com aquele tridente mágico composto por Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo Fenómeno, a quem eu particularmente consideraria o melhor jogador de todos os tempos, caso não tivesse sofrido duas lesões gravíssimas no joelho.
“O meu sentimento é que a partir do dia 26 vou ser selecionador do Brasil. É um passo importante, mas ainda sou treinador do Real Madrid. Quero acabar bem este episódio desta fantástica aventura. Sei que estão interessados em saber o que vou fazer, mas tenho de pensar nos dias que tenho aqui ainda pela frente. Pelo respeito que tenho a este clube e a estes adeptos, estou focado nos últimos episódios desta aventura espetacular”, começou por dizer Ancelotti na tal conferência de imprensa posterior ao anúncio (unilateral, porque me parece algo surreal e inusitado) da CBF da sua contratação.
Não deveria Ancelotti já estar devidamente investido na escolha da pré-convocatória para os próximos jogos de qualificação para o Mundial? Não deveria o treinador italiano ter o devido tempo para se apresentar numa conferência de imprensa, que não coincidisse com a sua apresentação e respetiva primeira convocatória? Tudo isto é revelador da pressa inexplicável de Ednaldo Rodrigues para ter Ancelotti a comandar a seleção brasileira.
Se treinar o Real Madrid é provavelmente a tarefa mais difícil do mundo, a imprensa brasileira também não se caracteriza pela sua paciência, representando o sentimento da generalidade dos brasileiros, que vivem presos naqueles humilhantes 7-1 impostos pela Alemanha no Mundial disputado pelo seu país em 2014, e querem ganhar já.
Esta ambição pode igualmente ser vista como sofreguidão. Abel seria um melhor nome para este Brasil? Apesar do seu grande trabalho no Palmeiras e do seu enorme conhecimento do futebol brasileiro e de tudo o que o envolve, o técnico português foca essencialmente o jogo das suas equipas na consistência defensiva e isso seria uma espécie de Tite 2.0, que não resultou.
Fases de qualificação fantásticas, produto final inexistente nas decisões mais importantes, como as finais da Copa América e as presenças em Mundiais.
Seria Jorge Jesus o homem ideal para conduzir o Brasil no próximo Mundial? Eu considero que sim. Adepto do jogo ofensivo, poderia potenciar o talento emergente desta geração jovem e produzir um futebol de grande qualidade, mais próximos daquilo que os adeptos da seleção brasileira querem ver.
Só o tempo dirá se Ancelotti foi uma decisão acertada. O futebol necessita de um Brasil forte e competitivo.
“ (…) Estou muito feliz. Se não tivesse a conferência de imprensa hoje, teria sido um dia fantástico, mas na conferência de imprensa tenho de explicar coisas que não quero explicar porque respeito muito esta camisola. Queria ganhar a Liga e a Liga dos Campeões, sim, mas estou muito feliz”.
Um verdadeiro gentleman na hora da despedida e fazendo juras de amor eterno ao Real Madrid.
Será Ancelotti a proporcionar uma alegria desenfreada para todos aqueles que muitos consideram o povo mais feliz do mundo? Só o tempo dirá se Ancelotti foi uma decisão acertada. O futebol necessita de um Brasil forte e competitivo. O treinador italiano tem nas suas mãos a tarefa de tornar a canarinha campeã mundial 24 anos depois.