AS Roma 1-0 Feyenoord Roterdão: A Liga Conferência é giallorossa!

A CRÓNICA: NOITE DE SONHO PARA MOURINHO E O POVO ROMANO!

“Esta é a nossa Liga dos Campeões”, tinha declarado José Mourinho na véspera da final da Liga Conferência, entre a sua equipa, a AS Roma, e o temível Feyenoord Roterdão.

Das grandes finais, esta de Tirana teve realmente tudo. O golo decisivo de Zaniolo, o espírito de sacrifício por parte de ambas as equipas, as ocasiões desperdiçadas, as defesas acrobáticas dos guarda-redes e muito espetáculo, sobretudo no segundo tempo.

A atmosfera no Air Albania Stadium foi absolutamente mágica e, no apito final, após 90 intensos e intermináveis minutos, a AS Roma pôde levantar os braços ao céu e chorar de felicidade pela conquista de uma taça europeia,  após mais de 60 anos.

Os primeiros minutos do encontro viram um Feyenoord Roterdão entrar muito afirmativo e agressivo sobre os possuidores de bola romanos, duplicando as marcações sempre que fosse oportuno, e garantindo, assim, uma rápida recuperação do esférico.

A equipa de Mourinho, por seu lado, conseguiu conter a carga inicial dos neerlandeses e estabilizou o jogo num ritmo mais baixo.

À passagem do quarto de hora, Mourinho foi forçado a realizar a primeira substituição na AS Roma: saiu Mkhitaryan, que sofreu novamente uma lesão, e entrou o médio luso Sérgio Oliveira.

Apesar de uma grande posse de bola por parte da equipa neerlandesa, e das eficazes transições ofensivas, sobretudo na lateral esquerda e pelo centro, foi a AS Roma a inaugurar o marcador.

Estavam decorridos 31 minutos e Mancini verticalizou para a grande área, onde Zaniolo, de peito controlou e rematou com a ponta do pé, para a boca da baliza. O 1-0 estava feito em Tirana.

No final do primeiro tempo, a equipa italiana parecia ter um maior controlo do campo, contudo, o Feyenoord Roterdão chamou à atenção de Rui Patrício quando este, aos 40 minutos, teve que se opor ao um remate cruzado de longe, de Kökçü.

A segunda parte do jogo parecia querer ir pela mesma toada da primeira e de, facto, assim foi. A equipa de Arne Slot entrou novamente mais agressiva e interventiva, logo à procura do golo do empate.

Em três minutos, a equipa dos Países Baixos teve duas grandes oportunidades. Primeiro, com Til e, depois  com Malacia, mas Rui Patrício vestiu a camisola de Super-Homem e defendeu tudo o que podia defender, salvando, assim, a vantagem mínima.

A AS Roma, visivelmente em sofrimento perante a posse de bola dos adversários e uma insistência ofensiva, tanto pela zona central, como pelas laterais, tentou anular com inteligência todas as tentativas neerlandesas nos últimos 20 metros.

Ao perceber que a sua equipa estava num momento de dificuldade psicológica e tática, Mourinho baralhou as cartas, e bem, metendo Spinazzola e Veretout em campo.

A partir daí, a AS Roma reconquistou o equilíbrio e solidez, sobretudo em fase de cobertura, conseguindo também chegar mais vezes à área adversária, arriscando até realizar o 2-0, primeiro, por Veretout e, depois, por Pellegrini.

O plantel giallorosso resistiu até o fim às incursões do Feyenoord Roterdão e, ao fim de 90 intensos minutos, conquistou, com mérito, o ambicionado troféu europeu, regalando, assim, aos próprios adeptos, uma joia incontendível, e dando a José Mourinho o passe para entrar na história.

A FIGURA


Nicolò Zaniolo (AS Roma) – A sua prestação foi impecável. É seu o golo decisivo da partida que permitiu à AS Roma gritar de felicidade no término do encontro. Soube também sofrer com a equipa para levar para casa o triunfo.

Devida uma menção de honra também a Rui Patrício, uma vez que, sem as suas intervenções nos primeiros minutos do segundo tempo, talvez a AS Roma tivesse sofrido o golo do empate.

O FORA DE JOGO


Cyriel DessersNos 90 minutos, não registamos um verdadeiro e perigoso remate dos pés do avançado da equipa de Roterdão. Chegou a esta final com o título de goleador da competição, mas passou bastante ao lado do jogo.

No segundo tempo, até deu um contributo, embora mínimo, na fase ofensiva, mas de forma tímida, não fazendo nada que se destacasse pela positiva. Estávamos à espera de mais.

ANÁLISE TÁTICA – AS ROMA

José Mourinho orientou a equipa para um 3-4-2-1, com o regresso, como titular no meio-campo, de Mkhitaryan, no lugar de Sérgio Oliveira. Contudo, e infelizmente, o arménio teve que sair após 15 minutos de jogo, e o médio centro português assumiu, bem, o papel de figura chave do meio-campo, sacrificando-se quando oportuno e tendo mais tração ofensiva com a entrada de Veretout, na segunda parte.

Na linha de frente, Pellegrini e Zaniolo asseguraram o apoio a Abraham, que também fez uma grande partida de sacrifício, para ajudar a equipa nos momentos mais críticos.

A tríade Ibañez-Smalling-Mancini, juntamente com Rui Patrício, tiveram trabalho extra, sobretudo no segundo tempo. Mas, nos momentos cruciais, contaram com o apoio de Karsdorp e Cristante a recuar até a última linha, contendo, assim, as incursões centrais e laterais do Feyenoord Roterdão.

As entradas de Spinazzola e Veretout, no segundo tempo, fizeram mudar o módulo para um 5-3-2 mais defensivo. A entrada de Leonardo Spinazzola deu hipótese à equipa giallorossa de ganhar espaço na lateral esquerda e voltar à fase ofensiva, fazendo,assim, respirar tanto a defesa, como o meio-campo romano.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Rui Patrício (7)

Mancini (7)

 Smalling (7)

Ibañez (7)

 Karsdorp (6)

Mkhitaryan (-)

Cristante (6)

Zalewski (6)

Pellegrini (7)

 Zaniolo (7)

Abraham (6)

SUBS UTILIZADOS

Sérgio Oliveira (7)

Spinazzola (7)

Veretout (6)

Viña (-)

Shomurodov (-)

ANÁLISE TÁTICA – FEYENOORD ROTERDÃO

Arne Slot dispôs a equipa num 4-3-3 bastante ofensivo, como esperado, com Sinisterra e Nelson nos corredores laterais a dar apoio ao ponta-de-lança, Dessers. De facto, a partida dos últimos dois foi bastante abaixo das expectativas, eles que foram anulados pela solidez do trabalho da defesa romana, que soube conter a pressão dos possuidores da bola.

Mancini ganhou inúmeras vezes os confrontos com Nelson na lateral direita, e Smalling, um gigante na pequena área, neutralizou as transições centrais de Til e Kökçü.

Assim, a superioridade territorial do Feyenoord Roterdão passou, sobretudo,  para o meio-campo, que muitas vezes formava uma linha de cinco, com as descidas de Melacia e Geertruida a darem superioridade numérica no miolo.

Nem a entrada de Toornstra, primeiro, cuja intensão era reforçar o meio campo e dar uma toada ainda mais ofensiva, nem a de Pedersen, depois, tiveram grande impacto no jogo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Bijlow (6)

Geertruida (6)

Trauner (5)

Senesi (7)

Malacia (6)

Aursnes (5)

Kökçü (6)

Til (6)

Nelson (5)

Sinisterra (6)

Dessers (5)

SUBS UTILIZADOS

Linssen (-)

Pedersen (5)

Toornstra (5)

Walemark (-)

Jahanbakhsh (-)

Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos 

Paola Amore
Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!

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