A CRÓNICA: SÓ ARRANCOU AOS 60 MINUTOS, MAS AINDA DEU PARA O ESPETÁCULO
Foi no histórico Giuseppe Meazza que se realizou o encontro final da Liga das Nações. Depois de ter sido entregue a terceira posição à Itália, após a vitória frente à Bélgica, faltava o vencedor. O duelo entre Espanha e França era bastante ansiado e esperava-se um encontro aguerrido e equilibrado.
Quem entrou a arriscar foi a seleção francesa. Durante os primeiros minutos da parte inicial, a França sempre tentou controlar a posse de bola, mas sem oportunidades flagrantes. As aproximações ao último terço dependiam quase exclusivamente de Karim Benzema, mas Azpilicueta e Unai Simón impediram, na sua maioria, as ofensivas gaulesas. À passagem da meia hora, as redes foram tomadas por Espanha, mas valia o defesa Jules Koundé, dado que Varane se viu obrigado a abandonar o terreno por lesão.
As oportunidades teimavam em não aparecer para nenhuma das partes, mas esperava-se que, na segunda parte, os acontecimentos levassem outro rumo. Com a primeira oportunidade flagrante a aparecer apenas aos 63 minutos, depois de uma grande arrancada de Pogba, o remate de Theo Hernandez fez com que o esférico fizesse tremer a baliza de Unai Simón e tinha passado o perigo, achava-se.
Na resposta ao lance, Oyarzabal recebe um passe que quase o isolou e, arrancando em direção à linha de fundo, rematou em direção ao poste mais distante para concretizar o golo inaugural da final da competição. Logo depois de existir a primeira grande oportunidade, aconteceu a primeira concretização, com Espanha a superiorizar-se no marcador.
Karim on t’aime 💙 pic.twitter.com/8Vxu4dficT
— Equipe de France ⭐⭐ (@equipedefrance) October 10, 2021
E, já que estamos a falar em ataque e resposta, Benzema respondeu ao golo espanhol com um grande golo. O avançado francês, na esquina da grande área, rematou em arco de forma indefensável para Unai Simón. Diz-se que foi uma espécie de “arco do triunfo”, ou do empate.
À passagem para o minuto 80, Mbappé tentou e conseguiu mesmo. Depois de um passe elaborado no limite do fora de jogo, lance que chegou a ser analisado pelo árbitro Anthony Taylor no vídeo-arbitro, o jovem avançado de 22 anos concretizou o golo da reviravolta da França. Sem qualquer dúvida, o minuto 60 dividiu este encontro em dois jogos diferentes, onde, sem dúvida, o segundo foi mais interessante.
Nos últimos minutos, a França começou a perder o controlo da bola, com a formação espanhola a apostar as fichas que podia para conseguir um eventual empate ou reviravolta, mas nada mais havia a fazer. Mesmo com Unai Simón já na área contrária para um eventual cabeceamento, foi a França que levou a melhor. A seleção gaulesa venceu Espanha por 2-1 e é a nova campeã da Liga das Nações, sucedendo a Portugal!
A FIGURA
Mais quel régal !!! @KMbappe pour le 2-1 !!!! #ESPFRA #FiersdetreBleus pic.twitter.com/QBAKeGX8rf
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Kylian Mbappé – Com uma assistência e o golo que consagrou a reviravolta da França, Kylian Mbappé voltou a fazer das suas frente à Espanha. Tem 22 anos e não deixa de brilhar pelos terrenos de jogo, independentemente da qualidade ou competição.
O FORA DE JOGO
🏁 ¡¡DESCANSO EN SAN SIRO!!
👌🏻 Buena primera parte por parte de la @SeFutbol, que tuvo la iniciativa del juego la mayor parte del tiempo efectivo.
👏🏻 ¡¡ESTAMOS MUY BIEN PLANTADOS EN LA FINAL, CHICOS!! ¡¡VAMOS A POR MÁS!!
🇪🇸 🆚 🇫🇷 | 0-0 | 45’ #VamosEspaña #NationsLeague pic.twitter.com/M0pKtCjaSn
— Selección Española de Fútbol (@SeFutbol) October 10, 2021
Primeira parte – Tal como referido na crónica, o jogo teve obviamente duas partes distintas para além dos óbvios 90 minutos divididos. Até aos 60 minutos, ou seja, a totalidade da primeira parte e “mais uns pozinhos”, não existiu um jogo emocionante como aquele que se esperava entre Espanha e França. Sem história por aí além, valeram ao espectador os últimos 30 minutos.
ANÁLISE TÁTICA – ESPANHA
Luis Enrique montou um 4-3-3, como tem apresentado tradicionalmente, com alterações a nível de jogadores. Na baliza, manteve-se Unai Simón, com a linha defensiva composta por quatro jogadores: Aymeric Laporte e Eric García na zona central e Marcos Alonso e César Azpilicueta nas laterais.
No meio-campo. Gavi e Sergio Busquets atuaram num duplo-pivô com Rodri na frente do setor. No último terço, o ataque ficou à conta de Ferran Torres, Pablo Sarabia e Mikel Oyarzabal, sem qualquer ponta de lança de raiz.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Unai Simón (6)
César Azpilicueta (7)
Eric García (6)
Aymeric Laporte (6)
Marcos Alonso (7)
Gavi (6)
Sergio Busquets (7)
Rodri (6)
Ferran Torres (6)
Mikel Oyarzabal (7)
Pablo Sarabia (6)
SUBS UTILIZADOS
Yeremy Pino (6)
Koke (6)
Mikel Merino (6)
Pablo Fornals (6)
ANÁLISE TÁTICA – FRANÇA
Didier Deschamps alinhou a França num 3-4-1-2, colmatando a ausência de Rabiot (infetado com COVID-19).
Hugo Lloris assumiu o comando entre os postes, tendo Kimpembe, Varane e Jules Koundé como elementos fulcrais na linha defensiva. No meio-campo, Pogba comandou as hostes com Tchouaméni. Pavard e Theo Hernández assumiram as alas gaulesas.
Antoine Griezmann foi o elemento mais recuado do setor mais ofensivo da França, com Kylian Mbappé e Karim Benzema a serem as setas apontadas à baliza espanhola.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Hugo Lloris (7)
Presnel Kimpembe (7)
Raphael Varane (6)
Jules Koundé (7)
Paul Pogba (8)
Tchouaméni (7)
Theo Hernandez (7)
Benjamin Pavard (6)
Antoine Griezmann (7)
Kylian Mbappé (8)
Karim Benzema (8)
SUBS UTILIZADOS
Dayot Upamecano (6)
Léo Dubois (6)
Jordan Veretout (6)