AFC Ajax 0-1 Valência FC: Quem disse que dez pontos chegavam para seguir em frente?

    Em Amesterdão, o Ajax recebeu o Valência na última jornada da Liga dos Campeões a precisar de um ponto para garantir a passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões. Contudo, a formação de Ten Hag acabou derrotada por 0x1, com um golo de Rodrigo a colocar os espanhóis no primeiro lugar do grupo, fazendo cair o Ajax para a Liga Europa. Afinal de contas…quem disse que dez pontos chegavam para passar aos “oitavos”?

    Num início de jogo tremendamente equilibrado, foi a o conjunto forasteiro a visar a baliza adversária com perigo pela primeira vez. Na sequência de um canto, Rodrigo cabeceou a milímetros do poste da baliza de Onana. A formação do Ajax só viria a responder meia dúzia de minutos depois, com um remate de Tadic a assustar o guardião adversário.

    Sensivelmente a meio do primeiro tempo, eis que surgiu o momento mais marcante de todo o jogo. Ferrán Torres descobriu Rodrigo – colocado em jogo de forma pouco ortodoxa por Veltman – e o avançado tratou de inaugurar o marcador com um belo remate. Numa altura em que, no outro jogo, o Chelsea já vencia o Lille, o Ajax cairia para o 3º lugar e a necessitar de reagir para poder seguir em frente na Liga dos Campeões.

    Tardou a reação da equipa de Tem Hag, mas foi isso que tornou os minutos a anteceder o intervalo bem mais interessantes. Primeiro, Mazraoui com um remate cruzado quase que enganava Domenech num lance com seis unidades holandesas dentro da grande área. De seguida, um toque subtil de van de Beek parecia suficiente para o empate, não fosse Gayá a cortar quase em cima de linha. A fechar o primeiro tempo, também Rodrigo dispôs de uma fantástica hipótese para bisar, mas o resultado seguiria para o intervalo com 0x1 no marcador.

    Era preciso ter em conta o que se passava no outro jogo do grupo – jogo esse que o Chelsea ia vencendo por 2×0 –, o que obrigava o Ajax a pontuar. Numa tentativa clara de encontrar o caminho da baliza adversária, foram várias as tentativas na fase inicial da segunda parte, mas persistia o mesmo cenário: várias ações ofensivas, falhas cruciais no último terço.

    Tal como seria de esperar, a formação orientada por Cedales recuou as linhas e passou a apostar mais no contra-ataque. E até foi Rodrigo quem voltou a estar perto de abanar as redes da baliza adversária, com um remate surpreendente a rasar o poste da baliza de Onana na única vez que o Valência conseguiu criar perigo.

    O Ajax não desistia e persistia, tentando a sua sorte de todo o lado e de todas as formas possíveis, mas a bola continuava a não encontrar o caminho da baliza: o falhanço de Ziyech na cara do golo e o pontapé acrobático de Lang, em momentos quase seguidos, passaram ao lado do poste.

    Veja-se só que foi preciso esperar pelo minuto 89’ para ver a formação da casa a rematar à baliza pela primeira vez. Ziyech, de fora da área, atirou para defesa espantosa de Domenech. Instantes depois Gabriel Paulista viria a deixar os espanhóis em inferioridade numérica, devido a agressão a Tadic, mas o resultado não sofreria qualquer alteração até ao final.

    O Ajax, que à entrada para a última jornada se encontrava na liderança do grupo, cai, assim, para o 3º posto com 10 pontos, vendo a ultrapassagem de Chelsea e Valência (com 11) a revelarem-se fatais nas aspirações dos holandeses em continuar numa prova onde brilharam na época transata.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    AFC Ajax: Onana, Tagliafico (Siem de Jong, 89’), Blind, Veltman, Mazraoui, Martinez, Alvarez (Dest, 46’) , Donny van de Beek, Lang (Huntelaar, 70’), Ziyech e Tadic.

    Valência FC: Domenech, Gayá, Diakhaby, Gabriel Paulista, Wass, Soler, Coquelin, Parejo, Ferrán Torres (Mangala, 90+5’), Kevin Gameiro (Vallejo, 54’) e Rodrigo.

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.