Club Atlético de Madrid 2-3 Liverpool FC | Uma jogatana destas podia cair para qualquer lado

Artigo bola na rede sobre Atlético de Madrid do João Félix,

A CRÓNICA: E TUDO UMA EXPULSÃO MUDOU…

Bem… Que grande jogo de futebol entre dois estilos muito diferentes! O Liverpool FC venceu por 3-2 na deslocação ao Wanda Metropolitano, mas o Club Atlético de Madrid, apesar das várias contrariedades, esteve muito perto de conquistar um ponto e complicar a liderança dos ingleses no grupo B da Liga dos Campeões.

Num início de jogo com um Atlético mais expectante, o Liverpool soube como aplicar a lei da eficácia nas duas ocasiões criadas nos primeiros 13 minutos. Salah tirou três adversários do caminho e viu o seu remate ser desviado por Milner para o fundo das redes e, logo de seguida, Keita aproveitou um mau alívio de Felipe, atirando de primeira para o segundo golo.

Perante um contexto adverso, Simeone pediu mais calma à sua equipa, que não tardou em reentrar no jogo… E de que maneira! À passagem do minuto 20’, os colchoneros desenharam um canto de laboratório, Koke apareceu solto para tentar a sua sorte e Griezmann tratou de desviar o remate do colega, reduzindo a diferença no marcador.

Perto da meia hora de jogo, o avançado francês ainda viu Alisson negar-lhe um golo, mas viria a beneficiar da genialidade de João Félix a desmontar as linhas adversárias, atirando para o empate.

A loucura do Wanda Metropolitano galvanizou a reação do Atlético, de tal modo que Félix e Lemar ainda estiveram perto de assinar a cambalhota no marcador antes do intervalo.

No regresso dos balneários, Simeone e Klopp fizeram os devidos ajustes às suas equipas com substituições para equilibrar as estratégias defensivas, mas certo é que o segundo tempo abriu com ocasiões nas duas balizas: Sadio Mané de um lado e Carrasco a responder do outro.

A grande contrariedade dos espanhóis aparecia ao minuto 52’ com a expulsão daquela que estava a ser a figura do encontro: Griezmann levantou demasiado o pé para chegar a uma bola, atingiu Firmino e viu o vermelho direto, deixando a equipa com menos uma unidade em campo.

Empolgados pela superioridade numérica, os ingleses ameaçaram regressar à vantagem por intermédio de van Dijk e do recém-entrado Oxlade-Chamberlain, mas seria Salah a concretizar esse cenário na entrada para os últimos 15 minutos. Hermoso travou Diogo Jota dentro da área, Daniel Siebert apontou para a marca de grande penalidade e o egípcio assinou o bis.

O jogo estava de tal forma incerto que o Atlético – após quatro substituições seguidas – viria a festejar um penálti na resposta ao golo sofrido. Contudo, o VAR alertou o árbitro e acabaria por reverter a decisão, não considerando que Diogo Jota tivesse feito falta sobre Hermoso.

Até ao final, Correa teve nos pés a oportunidade de fazer o 3-3, mas o que é certo é que foi o Liverpool quem festejou, vingando a eliminação nos “oitavos” da Champions em 2019/2020.

Os ingleses seguem na liderança do grupo B, com três vitórias em três jogos, e os espanhóis passam agora a partilhar o segundo lugar com o FC Porto, ambos com quatro pontos.

 

A FIGURA


Mohamed Salah – Dono e senhor de uma qualidade imensurável. O egípcio foi o autor do golo decisivo do encontro na marca dos onze metros, mas o seu grande momento individual aconteceu logo a abrir o encontro.

Salah fletiu da direita para o centro com a bola nos pés e trocou as voltas a três oponentes antes de rematar para o primeiro (apesar do desvio em Milner). O avançado do Liverpool brilhou ainda na qualidade de passe e nos duelos ganhos.

 O FORA DE JOGO


Felipe – O central do Atlético de Madrid acumulou várias perdas de bola, perdeu quase todos os duelos e nem sempre soube acompanhar as movimentações desequilibradoras das setas ofensivas do Liverpool. O erro mais flagrante culminou no lance do 0-2, após um mau alívio de bola a permitir que a bola ficasse na mira de Keita.

 ANÁLISE TÁTICA – CLUB ATLÉTICO DE MADRID

Diego Simeone optou por fazer quatro mudanças na equipa inicial, por comparação ao jogo que ditou a vitória sobre o Barcelona por 2-0 há mais de duas semanas: Kondogbia e Felipe passaram a ocupar as vagas deixadas por Giménez e Savic no eixo da defesa, Trippier entrou para o lugar de Llorente na ala direita e Griezmann rendeu Luis Suárez na frente de ataque.

Alinhados em 3-1-4-2, os colchoneros entraram com um bloco mais baixo e permitiram que a posse de bola organizada do adversário culminasse em dois golos praticamente de rajada.

Contudo, a equipa de Simeone passou a intensificar o seu jogo e a mobilidade de João Félix e Griezmann na frente de ataque deu frutos, principalmente olhando para a construção do 2-2 – apoiada com muito pouca posse, mas empolgada em lances vertiginosos.

O Atlético entrou no segundo tempo fiel à sua ideia, surpreendo com a variabilidade de flancos, mas a sua estratégia para plantar a reviravolta terá esbarrado na expulsão de Griezmann.

A partir daí, apesar de uma ou outra investida no contra-golpe, os espanhóis remeteram-se essencialmente à defesa, mas não impediram o golo vitorioso do Liverpool. As substituições foram tão demoradas, que entraram quatro jogadores de uma vez após o 2-3.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Jan Oblak (6)

Mario Hermoso (5)

Geoffrey Kondogbia (5)

Felipe (4)

Koke (6)

Yannick Carrasco (6)

Thomas Lemar (6)

Rodrigo de Paul (7)

Kieran Trippier (6)

João Félix (8)

Antoine Griezmann (7)

SUBS UTILIZADOS

José Maria Giménez (6)

Renan Lodi (5)

Marcos Llorente (5)

Ángel Correa (6)

Luis Suárez (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – LIVERPOOL FC

Já Jürgen Klopp apenas fez regressar Alisson à baliza do Liverpool (defendida por Caoimhim Kelleher na goleada por 5-0 no reduto do Watford), mantendo todas as restantes dez peças no xadrez dos reds.

O conjunto inglês apoderou-se da posse de bola no primeiro quarto de hora e até traduziu esse poderio ofensivo em golos, mas não soube como travar as posteriores investidas do Atlético.

Cada arrancada do adversário fazia soar os alarmes da defesa do Liverpool e não foi de estranhar o empate, de tal forma que a equipa deixou de existir, em termos ofensivos, entre o segundo golo e o intervalo.

A segunda parte acabaria por ser ligeiramente diferente nesse aspeto, principalmente tendo em conta a superioridade numérica a partir dos 52 minutos. Os reds instalaram-se no meio-campo contrário e, embora a qualidade da circulação da bola nem sempre fosse suficiente para romper as linhas espanholas, acabariam por chegar ao triunfo.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Alisson (6)

Andrew Robertson (6)

Virgil van Dijk (6)

Joël Matip (7)

Alexander-Arnold (6)

Naby Keita (7)

Jordan Henderson (6)

James Milner (7)

Mohamed Salah (8)

Sadio Mané (6)

Roberto Firmino (6)

SUBS UTILIZADOS

Fabinho (6)

Diogo Jota (7)

Oxlade-Chamberlain (7)

Neco Williams (-)

Joe Gomez (-)

 

Artigo revisto por Joana Mendes

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Miguel Simões
Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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