Foi com um jogo de grande qualidade que Barcelona e Dortmund presentearam os adeptos na jornada inaugural da Liga dos Campeões 2019/2020. Num repleto Signal Iduna Park, foi o Dortmund a equipa que esteve mais tempo por cima e que fez por merecer a vitória, pelo que o empate até é lisonjeiro para um Barcelona ainda refém de Messi.
Os minutos iniciais foram de estudo mútuo, mas sempre em ritmo acelerado. O Dortmund cedo se mostrou corajoso e nada receoso dos catalães, que demonstravam dificuldades no último terço do terreno. A primeira grande oportunidade surgiu aos 24 minutos, quando Reus permitiu a defesa a Ter Stegen, num duelo que se repetiu várias vezes, sempre com o mesmo desfecho. Poucos minutos depois, foi Hummels quem ameaçou as redes catalãs, com um cabeceamento venenoso.
O intervalo chegava com o nulo no marcador, fruto de alguma incapacidade das equipas no momento da decisão. O desacerto ofensivo continuou no segundo tempo e Suaréz foi o primeiro a desperdiçar, permitindo a defesa de Burki. Aos 57 minutos, viria a surgir a grande oportunidade do jogo, pois Nélson Semedo travou de forma faltosa Jadon Sancho na grande área. Penalti claro e perfeitamente evitável do português. Só que, na conversão, mais um duelo entre Marco Reus e Ter Stegen a cair para o lado do guardião, que se esticou e fez uma enorme estirada. O Dortmund, de resto, já não marca de penalti na Liga dos Campeões há 6 anos.
Valverde reagiu de imediato e esgotou as substituições ainda antes da hora de jogo, com as entradas de Rakitic e Messi para os lugares de Busquets e Fati, que assinou uma estreia positiva na Champions aos 16 anos. Ainda assim, continuou a ser a equipa alemã a estar por cima do jogo e cada vez mais perto do golo. Aos 71, Paco Alcácer permitiu nova defesa a Ter Stegen que, 5 minutos depois, estava batido mas viu a barra impedir o golo ao recém-entrado Julian Brandt. O guardião germânico não ficaria por aqui e levou novamente a melhor face ao perdulário Marco Reus, que por duas vezes não conseguiu desfeitear o compatriota.
Já no último minuto dos descontos apareceu Messi, em estreia na nova época, mas também ele não viria a ter sucesso, tendo visto o seu remate embater em Delaney. O apito final surgiria logo a seguir, com um nulo no marcador bastante penalizador para os amarelos.
O Borussia foi quase sempre superior e teve muitas chances de golo, mas Ter Stegen, a barra e a falta de pontaria dos avançados não permitiram festejos. Individualmente, destaque para o intransponível Hummels na defesa e para o supersónico Jadon Sancho.
Onzes iniciais e substituições:
BVB Dortmund: Burki, Guerreiro, Akanji, Hummels, Hakimi, Witsel, Delaney, Reus, Thorgan Hazard (Brandt 73’), Sancho e Paco Alcácer (Brunn Larsen 87’).
FC Barcelona: Ter Stegen, Alba (Sergi Roberto 40’), Lenglet, Piqué, Semedo, Busquets (Rakitic 60’), Frenkie de Jong, Arthur, Ansu Fati (Messi 59’), Griezmann e Suaréz.