FC Barcelona 0-3 Juventus FC: Italianos dão show em Camp Nou

    A CRÓNICA: CR7 RESOLVEU E ENTREGOU O PRIMEIRO LUGAR DO GRUPO À JUVENTUS FC

    Nove anos depois de ter chegado, Cristiano Ronaldo abandonou o Real Madrid CF (na temporada 2017/2018), pondo termo à maior das maiores rivalidades do futebol mundial, com Lionel Messi. Dia 8 de dezembro de 2020, quase dois anos e meio depois, os dois astros voltaram a encontrar-se no mesmo relvado, naquele que muitos consideram poder vir a ser a “última dança”. E talvez seja mesmo este o fator que mais interesse acrescentou ao jogo. Ambas as equipas estavam já qualificadas para a próxima fase e supostamente o jogo servia apenas para definir quem ficava em primeiro.

    Antes do apito inicial destacavam-se a titularidade de Francisco Trincão, entrando para o lugar do lesionado Ousmane Dembelé. A outra novidade nos convocados dos catalães foi o regressado Samuel Umtiti, 161 dias depois do último jogo.

    A tarefa da Juventus FC parecia complicada, mas rapidamente se percebeu que não era impossível. A Vecchia Signora entrou a todo o gás. Cristiano Ronaldo assustou aos 7 minutos de jogo e aos 12 faturou mesmo o primeiro golo da partida. Ronald Araújo, usou os braços de forma ilegal, no entender do árbitro Tobias Stieler, para travar o avançado português. CR7 não tremeu e fez o primeiro do marcador.

    As debilidades defensivas do Barcelona eram evidentes e aos 20 minutos de jogo a vantagem aumentou. Aaron Ramsey rasga da esquerda para o meio, como que se de uma passadeira se tratasse, a bola chegou até Cuadrado, que cruzou com qualidade; Cristiano Ronaldo arrastou dois defesas para o primeiro poste e o médio norte-americano, Weston McKennie rematou em grande estilo para o fundo das redes. Nota artística elevada e muitas facilidades da defesa blaugrana.

    Se a primeira meia hora de jogo foi de sentido único, o mesmo não se pode dizer dos últimos quinze minutos da primeira parte. A Juventus baixou as linhas e preferiu dar a bola ao adversário, aparentemente inofensivo. Termina o primeiro tempo com o 0-2 no marcador.

    A segunda parte começou de forma semelhante à primeira. Aos 49 minutos, no seguimento de um canto, os italianos causaram o pânico na área adversária e depois de revisão no VAR… novo penalti para a equipa forasteira. Novamente, Cristiano Ronaldo não vacilou, fez o terceiro da equipa, e o segundo da conta pessoal.

    Ronald Koeman tentou mexer na partida. Trincão saiu ao intervalo, para a entrada de Martin Braithwaite, que pouco acrescentou. Os catalães dominaram a partir do momento em que sofreram o terceiro golo, que já garantia o primeiro lugar do grupo à Vecchia Signora. Leonardo Bonucci ainda encostou a bola para o fundo das redes, contudo o VAR acabou por anular o golo ao capitão. Apesar dos 20 remates efetuados pelos espanhóis, o resultado não mais se alterou e o jogo terminou com a vitória da Juventus, 0-3.

     

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Cristiano Ronaldo – O português era, juntamente com Lionel Messi, a grande atração da partida. Eram neles que estavam postos os olhos e eram deles de quem se esperavam golos. Ainda que a Juventus se tenha valido pela exibição coletiva, o craque não desiludiu. Jogo discreto, mas tremendamente eficaz. Dois golos através da marca de penálti, brilhantemente executados. Destaques ainda para Gianluigi Buffon, Álvaro Morata, Weston McKennie e Aaron Ramsey.

     

    O FORA DE JOGO

    FC Barcelona – Longe vão os tempos em que o Barcelona FC dominava o panorama do futebol mundial. Após a humilhante goleada por 8-2, frente ao Bayern Munique na temporada passada, a equipa catalã não mais foi a mesma. O péssimo arranque na Liga Espanhola vinha a ser compensado pelo trajeto satisfatório na Liga dos Campeões. A derrota e exibição apática desta noite, acentua uma grave crise em Barcelona, dentro e fora do campo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – BARCELONA FC

    Ronald Koeman decidiu alinhar com o seu habitual 4-2-3-1. A estratégia do treinador holandês passou por levar os extremos para o centro do campo, de forma a permitir a subida e participação dos laterais no momento ofensivo. As incursões e combinações pelo meio entre Messi e Griezmann foram abafadas pelo miolo defensivo contrário e a equipa acabou por não conseguir criar tanto perigo quanto desejava. Lionel Messi aparecia, no papel, atrás de Antoine Griezmann. Contudo, esta sobrecarga de jogadores no meio-campo da Juventus fez com que o astro argentino tivesse de recuar no campo e apoiar Pjanić e Frenkie de Jong, no momento de construção.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marc André ter Stegen (6)

    Sergino Dest (6)

    Ronald Araújo (4)

    Clément Lenglet (3)

    Jordi Alba (6)

    Miralem Pjanic (5)

    Frenkie de Jong (5)

    Francisco Trincão (5)

    Pedri (7)

    Lionel Messi (7)

    Antoine Griezmann (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Martin Braithwhaite (5)

    Samuel Umtiti (5)

    Junior Firpo (5)

    Riqui Piug (6)

    Oscar Mingueza (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – JUVENTUS FC

    É caso para dizer que Andrea Pirlo deu um banho tático a Ronald Koeman. O treinador italiano utilizou o já recorrente 3-4-1-2 em momento ofensivo, que se transformava em 4-4-2 no momento defensivo. A equipa preferiu organizar com muita paciência a trocar a bola e atacar a profundidade no momento ideal, procurando Cristiano Ronaldo e Morata. A ganhar, os italianos souberam gerir o jogo e acabaram por controlar facilmente a partida.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Gianluigi Buffon (7)

    Matthijs De Ligt (6)

    Leonardo Bonucci (7)

    Danilo (5)

    Arthur (5)

    Aaron Ramsey (7)

    Weston McKennie (7)

    Juan Cuadrado (7)

    Alex Sandro (6)

    Álvaro Morata (8)

    Cristiano Ronaldo (9)

    SUBS UTILIZADOS

    Adrien Rabiot (5)

    Betancur (5)

    Paulo Dybala (-)

    Federico Chiesa (-)

    Federico Bernardeschi (-)

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    Gabriel Henriques Reis
    Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
    Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.