Liverpool FC 2-0 SSC Napoli: Vitória insuficiente dos Reds no Grupo A

    A CRÓNICA: VITÓRIA DO LIVERPOOL EM JOGO DE DECISÕES ELETRIZANTE

    À partida para este jogo, o Liverpool FC ia enfrentar a melhor equipa da Europa, assim adjetivada por Jurgen Klopp no lançamento desta partida: o SSC Napoli.

    Em Anfield Road, icónica casa dos “reds” de Liverpool, encontraram-se os dois primeiros classificados do grupo A da Liga dos Campeões que, já com o apuramento para a próxima fase da prova rainha no “bolso” mas ainda com o primeiro lugar em aberto, mediram forças, num jogo delicioso de ver e analisar. Pressionado para tentar conquistar o primeiro lugar, o Liverpool FC necessitava de vencer este jogo por 4 golos de diferença para destronar o conjunto de Spaletti da liderança.

    O Napoli partiu para Inglaterra na máxima força, sem nenhum medo associado à visita a Liverpool, e com um claro objetivo, trazer o primeiro lugar e vincar a sua posição entre os grandes clubes do futebol mundial durante esta época. Com um jogo muito tático a meio campo, o contra ataque foi a arma mais utilizada pelas duas equipas que, durante os primeiros 20 ou 25 minutos, tentaram perceber as intenções adversárias da melhor forma, para tentar contrariá-las. Sem portugueses em campo, com Mário Rui a dar o seu lugar no onze a Olivera no lado do Nápoles e Fábio Carvalho a começar o jogo também no banco de suplentes, a ausência lusa mais sentida foi claramente a de Diogo Jota, que vai também falhar o “assalto” das quinas ao Campeonato do Mundo por lesão, e que tem desfalcado a equipa de Klopp, depois de um bom início de época, que culminou numa notícia infeliz para o extremo dos reds. A tendência foi-se mantendo ao longo do jogo, sempre ligado à corrente, com ataques de parte a parte, com uma ligeira superioridade por parte do Liverpool na primeira metade da segunda parte, que culminou no golo dos reds. Já no último suspiro do jogo, Darwin fechou o marcador em 2-0.

    É no Liverpool FC que reside o maior foco de preocupação, com alguma falta de entrega por parte de alguns jogadores e com uma clara perda de influência que Klopp tem por hábito nos seus jogadores. Hoje vimos um jogo muito bem disputado, animado, cheio de energia, com os protagonistas a quererem realmente fazer valer o bilhete do dinheiro a todos aqueles que se deslocaram à fria cidade do “Beatles”. Quando olhamos para este jogo podemos observar dois momentos diferentes de forma, que têm reflexo direto nos resultados desportivos e na própria forma de jogar das equipas, com o Liverpool FC a tentar dar a volta a uma situação que não é a melhor, sendo que não é assim tão preocupante como muitos especialistas dizem, mas é uma quebra notória naquilo que tem sido o trabalho do treinador alemão desde que aterrou em Inglaterra. No outro lado da equação aparece o Napoli, que vive um dos melhores momentos nos últimos anos, com o primeiro lugar tanto na Série A como na Liga dos Campeões, que espelha na perfeição o trabalho que está a ser realizado por Luciano Spaletti nos “partenopei”, que não acusaram as saídas de jogadores chave com Insigne e Mertens, bem pelo contrário, conseguiram encontrar soluções de qualidade para suprir algumas debilidades da equipa que, finalmente, está a rumar para o caminho certo.

    Apesar desta derrota, o Napoli vence o grupo A com 15 pontos, os mesmos que o Liverpool somou, mas com vantagem no confronto direto, o que permite à equipa italiana continuar a sonhar na prova milionária.

     

    A FIGURA

    Khvicha Kvaratskhelia – Já faltam palavras, já faltam adjetivos para falar do jovem extremo georgiano. Cada vez que agarra na bola, nota-se a irreverência, o perfume das ruas no sangue de Khvicha, da Geórgia para o mundo, Nápoles está a tornar-se demasiado pequena para tamanho talento. Pormenores deliciosos, rapidez de execução, elegância, simplicidade. Não é a primeira vez que elogio o talento enorme deste miúdo, e pelo andar da carruagem, certamente que não será a última.

     

    O FORA DE JOGO

    Fabinho – Começo o meu discurso exatamente da mesma forma como comecei à uns tempos atrás, quando falei do actual momento de Kepa no Chelsea FC. Alheado do jogo, completamente fora das ações da sua equipa, despreocupado no mau sentido, sinto que o internacional brasileiro não está a 100% com a sua equipa, o que se traduz no seu rendimento individual e colectivo, que prejudica a sua equipa.

     

    ANÁLISE TÁTICA – LIVERPOOL FC

    Klopp entrou em campo com dois avançados, dois vagabundos que percorreram os espaços perdidos que os seus colegas abriram, para tentar baralhar a defesa napolitana. Na minha opinião, a saída de Sadio Mané, para além de ter sido um erro colossal, prejudicou claramente o futuro da equipa inglesa, que tenta reinventar o seu melhor futebol sem o astro que rumou à Alemanha. Com a habitual linha de quatro defesas, foi no meio campo que o técnico alemão concentrou mais quatro jogadores, que fizeram sentido a meu ver, para tentar controlar a linha média adversária, fortíssima na manutenção da posse de bola e muito física nas disputas de bola. A criatividade coube a Curtis Jones, que serviu de principal apoio de Salah e Firmino, com Thiago a aparecer nos rasgos de génio que já todos reconhecemos ao carioca naturalizado espanhol.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Alisson (6)

    Trent (6)

    Van Dijk (7)

    Konate (7)

    Tsimikas (7)

    Thiago (8)

    Fabinho (5)

    Milner (6)

    Jones (6)

    Salah (8)

    Firmino (6)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    Fábio Carvalho (_)

    Darwin (6)

    Elliott (6)

    Bajcetic (_)

    Ramsay (2)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SSC NAPOLI

    Exibição de gala dos italianos comandados por Spaletti.

    Virados para o contra ataque, apostaram variadas vezes neste mesmo pressuposto, com bolas longas à procura da velocidade e Osimhen e Khvicha, com Politano a percorrer muitas das vezes terrenos mais interiores, mas ligeiramente afastado do jogo. Os três médios fizeram um jogo incrível, de uma entre ajuda muito grande, de esforço, físico e psicológico, para tentar contrariar o génio que o adversário tem. A estratégia montada por Spaletti para este jogo não resultou no marcador, mas permitiu garantir o principal objectivo, fruto do trabalho realizado anteriormente.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Meret (7)

    Di Lorenzo (5)

    Ostigard (6)

    Kim (6)

    Olivera (6)

    Lobotka (7)

    Ndombele (6)

    Anguissa (7)

    Politano (5)

    Osimhen (6)

    Kvaratskhelia (8)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    Lozano (6)

    Zielinski (5)

    Simeone (_)

    Raspadori (_)

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    Bernardo Santos
    Bernardo Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Licenciado em Comunicação Empresarial e Relações Públicas, é um apaixonado por futebol desde tenra idade. O jovem natural de Tomar, mas residente em Lisboa, é um poço de sonhos por realizar, sendo que ser uma voz ativa no mundo do futebol é um deles! Comunicador, simpático, bem humorado e cheio de energia, assim é o Bernardo! Para solidificar os seus conhecimentos no desporto rei, completou os níveis I e II de Scouting no futebol, para além de uma formação de Team Manager. Atualmente, trabalha no departamento de comunicação internacional de uma grande empresa e divide o seu tempo entre as suas paixões e os seus vícios.