Paris Saint-Germain FC 0-1 FC Bayern Munchen: E no final… ganham os alemães

    A CRÓNICA: SEGUNDA PARTE DE GRANDE NÍVEL DÁ VITÓRIA AO FC BAYERN

    Mais de um ano depois do começo oficial da edição de 2019/20 da Liga dos Campeões, temos vencedor! O FC Bayern Munchen venceu o Paris Saint-Germain FC em pleno Estádio da Luz, numa final inédita na história da prova e que ficará para sempre registada nos livros de recordes.

    Num jogo com muita emoção e digno de uma final da “prova milionária”, a entrada mais forte foi dos alemães, dominando a posse sobretudo nos primeiros dez minutos de jogo. Contudo, foi a equipa francesa que começou a explorar o espaço aberto nas costas da defesa adversária, valendo-se da velocidade e qualidade de drible de Mbappé, Di María e Neymar para deixar em sentido a defesa do Bayern. Em resposta, ao minuto 22, o inevitável Lewandowski atirou ao poste da baliza de Keylor Navas. Estava a partida lançada!

    O Paris Saint-Germain passou a pressionar alto o adversário (e com sucesso), mas tal apenas durou alguns minutos. O controlo do Bayern sobre a posse de bola foi reposto a partir do momento em que o inevitável “atirador” polaco dos bávaros colocou à prova o guardião Navas, tendo este respondido de forma instintiva, mas fantástica. A fechar a primeiera parte, houve ainda tempo para Mbappé desperdiçar uma ocasião soberana, rematando fraco e para encaixe fácil de Manuel Neuer. Fechou-se assim uma primeira de grande nível, onde só faltaram os golos.

    O segundo tempo começou com várias quezílias entre os jogadores, mas que rapidamente (e muito bem, diga-se) foram sanadas pelo árbitro da partida, o italiano Daniele Orsato. Pouco depois, numa altura em que o Bayern dominava a posse de bola e o Paris Saint-Germain apenas tentava sair no contra-ataque, foi inaugurado o marcador. Ao minuto 60, depois de uma sobra de bola, Kimmich cruzou milimetricamente para Coman, que apenas teve de cabecear para o fundo das redes, dada a falta de oposição. O tal golo que faltava a este encontro aparecia finalmente!

    Poucos minutos depois, o mesmo Coman voltou a aparecer solto ao segundo poste, mas desta vez valeu ao PSG Thiago Silva, a cortar em cima da linha de golo. A partir deste momento, os bávaros ficaram confortáveis na partida e passaram a dominar o jogo, tanto com bola, como sem ela. O jogo, contudo, ficou muito partido a meio-campo, o que fez com que as oportunidades perto das balizas fossem praticamente nulas.

    Em cima do minuto 90, e embora estivesse em fora-de-jogo, Mbappé deu mais uma prova de que esta não era a noite do Paris Saint-Germain, ao falhar na cara de Neuer, que se saiu com uma bela “mancha”. Assim, no final, voltaram a ganhar os alemães, pela margem mínima, mas de forma merecida, uma vez que foram a melhor equipa de toda a competição. É a sexta Liga dos Campeões que segue para o museu dos bávaros, contrastando com os parisienses, que continuarão em busca da primeira vitória na prova.

    A FIGURA

    Kingsley Coman – Para além de ter marcado o golo da vitória, foi o jogador que mais agitou o lado ofensivo do Bayern. Pegou na bola, acelerou, driblou e ainda marcou o golo decisivo, numa verdadeira exibição de homem do jogo. Nota ainda para o grande jogo de Manuel Neuer, que por várias vezes mostrou que ainda é um dos melhores do mundo na sua posição.

    O FORA DE JOGO

    Neymar Jr. – Foi uma final inglória para o “astro” brasileiro. Depois de ter sido figura de destaque em toda a campanha dos parisienses até à final, esteve completamente desaparecido durante toda o encontro decisivo. Todavia, assistimos a uma nova atitude de Neymar durante esta campanha, menos individualista e mais virada para o coletivo, pelo que o futuro parece reservar grandes feitos para o avançado “canarinho”.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PARIS SAINT-GERMAIN FC

    O 4-3-3 em que Thomas Tuchel vinha apostando nos últimos jogos manteve-se, com uma frente muito móvel e sem um ponta-de-lança “puro”. Assim, durante a primeira parte, o tridente ofensivo foi aproveitando os espaços dados pela defensiva adversária, alicerçados num meio-campo muito coeso e com grande qualidade de passe. No setor mais recuado, toda a defesa foi conseguindo travar o feroz ataque do Bayern e não lhes concedeu o mínimo espaço interior.

    No entanto, a segunda parte foi totalmente diferente: a pressão dos alemães intensificou-se, os ataques dos franceses foram inexistentes e a defesa ficou perdida a partir do momento em que sofreu o primeiro golo. Um jogo de duas partes.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Keylor Navas (6)

    Thilo Kehrer (6)

    Thiago Silva (6)

    Presnel Kimpembe (5)

    Juan Bernat (6)

    Marquinhos (6)

    Ander Herrera (6)

    Leandro Paredes (6)

    Ángel Di María (6)

    Kylian Mbappé (5)

    Neymar Jr. (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Marco Verratti (5)

    Julian Draxler (5)

    Layvin Kurzawa (5)

    Eric Choupo-Moting (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC BAYERN MUNCHEN

    Tal como o técnico adversário, também “Hansi” Flick apostou na formação habitual: o 4-2-3-1. Se a defesa esteve bem no primeiro tempo, anulando o veloz ataque adversário, o ataque esteve algo apático, jogando muito pelas alas, dada a dificuldade em encontrar espaços interiores, e sem grande velocidade (com exceção dos últimos dez minutos para Kingsley Coman).

    No segundo tempo, o Bayern entrou com outro espírito, tanto sem bola, como com bola. O golo marcado dentro dos primeiros quinze minutos da segunda parte galvanizou a equipa para uns bons 45 minutos, assustando o adversário, por um lado, e não se deixando intimidar, por outro.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Manuel Neuer (7)

    Joshua Kimmich (6)

    Jérôme Boateng (6)

    David Alaba (6)

    Alphonso Davies (6)

    Thiago Alcántara (6)

    Leon Goretzka (6)

    Serge Gnabry (6)

    Thomas Muller (6)

    Kingsley Coman (7)

    Robert Lewandowski (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Niklas Sule (6)

    Ivan Perisic (5)

    Philippe Coutinho (5)

    Corentin Tolisso (-)

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    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.