Paris Saint-Germain FC 2-1 Juventus FC: Brincar é no Parque dos Príncipes

    A CRÓNICA: SHOW NA PRIMEIRA PARTE FOI SUFICIENTE

    Os galácticos de Paris começam a mostrar serviço ao mais alto nível, na Liga Milionária, onde os adeptos procuram desesperadamente brilhar. Com a possibilidade de ir “rodando” a equipa na liga caseira, o Paris Saint-Germain FC chegou a este encontro com uma clara superioridade perante a Juventus FC, claramente debilitada e enfraquecida quando comparada com as formações que já apresentou noutros anos.

    Se Christophe Galtier tem já a sua máquina bem oleada, Massimiliano Allegri parece ainda precisamente no ponto contrário de trabalho. Com muito menos qualidade individual, a equipa mostra pouca ligação e uma falta de ideias assustadora. Terá duelos mais acessíveis no futuro, mas tem de melhorar, e muito, a qualidade exibicional.

    Com os dois grandes golos marcados por Kylian Mbappé em fase precoce da partida, o jogo ficou demasiado fácil na mente da equipa da casa, que passou a gerir o ritmo de jogo a seu belo prazer, mostrando várias variantes durante os 90 minutos. O PSG foi acumulando oportunidades para ampliar o resultado, mas sem que nada o fizesse prever foi a Juve quem reduziu, depois de falha grosseira de Gianluigi Donnarumma. Com o passar dos minutos os forasteiros acreditavam que podiam mesmo chegar ao golo do empate, que acabou por não aparecer.

    É verdade que com executantes deste nível, fica mais fácil, mas o trabalho de Galtier começa a surtir efeitos, pelo menos no que de bom se viu da primeira parte. Faltou pulso ao técnico para segurar com tranquilidade o segundo momento do jogo em que o adversário ganhou esperança. Mas uma coisa é certa: se estes craques do Paris Saint-Germain se dão mal, imagino quando se derem bem…

     

    A FIGURA

    Kylian Mbappé – Os dois golos marcados deixam qualquer espectador que tenha visto os 90 minutos de jogo sem dúvidas sobre quem foi a figura do jogo: o seu nome é Kylian Mbappé, com dois remates fulminantes e sem hipótese de defesa para Perin. O avançado francês fez a cabeça em água à defesa contrária, especialmente na primeira parte, cravando diferenças até ao resto da partida. Mais uma noite de ‘Champions’ para Mbappé juntar à coleção. Nota para Neymar, que distribuiu magia ao longo de todo o jogo.

     

    O FORA DE JOGO

    Gianluigi Donnarumma – Ligou o ‘complicómetro’ e deixou uma Juve, bastante enfraquecida, com esperança de levar algo mais desta partida, dando claros sinais de poder lutar pelo resultado. Esteve mal no lance do golo, ainda que tenha salvado a sua equipa noutras ocasiões. À falta de outras figuras com erros grosseiros, entrego, por isso, o pejorativo prémio a Donnarumma, uma vez que Keylor Navas assistia no banco.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PARIS SAINT-GERMAIN FC

    Christophe Galtier fez alinhar o seu melhor onze, no já habitual 3-4-3. Deste esquema tático podem apontar-se várias características identitárias, algo já dado como uma novidade em relação a anos anteriores, numa equipa que parecia sem ideias e desconexa, apesar da tamanha qualidade individual.

    O Paris Saint-Germain optou por sufocar a Juventus desde cedo, fazendo subir muito os laterais pelo corredor, aparecendo muitas das vezes em combinações com os extremos, avançados e médios. Com ou sem espaço, o PSG forçou sempre a procura da profundidade no ataque para a velocidade e capacidade de finalização de Kylian Mbappé, brilhantemente servido pela criatividade Messi, Neymar e companhia.

    A defender, a equipa juntava linhas e tentava não dar muito espaço à Juventus, que raramente conseguiu criar dificuldades ao guardião parisiense na primeira parte. No segundo tempo, Gianluigi Donnarumma, que até ficou mal no golo sofrido pela sua equipa, foi salvando o empate. Com este posicionamento e três defesas muito possantes, Vlahović e Milik foram aparecendo a espaços, mas sem grandes efeitos.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    GIANLUIGI DONNARUMMA (5)

    PRESNEL KIMPEMBE (6)

    MARQUINHOS (7)

    SERGIO RAMOS (6)

    ACHRAF HAKIMI (7)

    MARCO VERRATTI (8)

    VITINHA (8)

    NUNO MENDES (8)

    NEYMAR (9)

    LIONEL MESSI (7)

    KYLIAN MBAPPÉ (9)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    NORDI MUKIELE (6)

    DANILO PEREIRA (6)

    CARLOS SOLER (-)

    RENATO SANCHES (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – JUVENTUS FC

    A Juventus de Massimiliano Allegri entrou muito a medo, um pouco à imagem do seu próprio treinador. Ainda que no papel a Vecchia Signora se apresentasse em 3-5-2, na verdade esteve sempre mais disposta em 5-3-2, com Dušan Vlahović e Arkadiusz Milik como principais referências no ataque.

    A defender os laterais colavam aos três defesas e formavam uma linha de cinco, tantas vezes insuficiente para controlar a superioridade do PSG, principalmente a profundidade e bolas nas costas da defesa, enviadas para Kylian Mbappé, que surgiu como o elemento mais rematador do trio.

    Aproveitando o instinto goleador dos dois avançados da Juventus, várias foram as bolas enviadas através de cruzamentos largos para a área, vistos como uma das formas de chegar de forma mais rápida à baliza adversária.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    MATTIA PERIN (7)

    BREMER (5)

    LEONARDO BONNUCI (6)

    DANILO (6)

    FILIP KOSTIĆ (6)

    FABIO MIRETTI (5)

    LEANDRO PAREDES (6)

    ADRIEN RABIOT (6)

    JUAN CUADRADO (6)

    ARKADIUSZ MILIK (7)

    DUŠAN VLAHOVIĆ (7)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    WESTON MCKENNIE (7)

    MANUEL LOCATELLI (6)

    MATTIA DE SCIGLIO (6)

    MOISE KEAN (-)

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    Gabriel Henriques Reis
    Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
    Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.