PSG 4-0 FC Barcelona: Massacre de S. Valentim

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    Oitavos de final da Liga dos Campeões em Paris, com o confronto entre o Paris Saint-Germain, com aspirações na competição, e o FC Barcelona, claro favorito à conquista da prova. Prometia ser um grande jogo, dadas as qualidades dos protagonistas das duas formações, e o futebol atrativo praticado por essas mesmas duas.

    O Paris Saint-Germain desde cedo demonstrou vontade de impor o ritmo do jogo e foi capaz de colocar o Barcelona numa posição desconfortável para uma equipa habituada a ser dona e senhora da maior parte dos jogos que realiza como a espanhola. Os catalães raramente conseguiram sair da defesa e partir para o ataque nos primeiros minutos do jogo, muito por culpa da pressão feita pela equipa parisiense nos primeiros construtores de jogo da equipa de Barcelona.

    Previa-se o golo para o Paris Saint-Germain, e este não tardou em chegar. Num livre à entrada da área de ter Stegen, Angel Di María encarregou-se de cobrá-lo e não desiludiu. O remate saiu indefensável para o guardião alemão, e o Paris Saint-Germain estava agora por cima do jogo e com a vantagem. Tudo corria bem à equipa de Unai Emery.

    Após o golo, o Barcelona, como se previa, imprimiu mais velocidade e intensidade ao seu jogo e conseguiu manter os franceses longe da sua área, excetuando os contra-ataques que estes não poucas vezes iam realizando. No entanto, na frente de ataque blaugrana, Messi, Neymar e Suárez não iam conseguindo perfurar a defesa adversária, que facilmente ia conseguindo sair para o ataque com perigo, aproveitando as descompensações defensivas e de meio-campo do Barcelona. Numa equipa com jogadores desequilibradores como Di María, Draxler e Cavani os contra-ataques podem ser letais, e o golo acabou por aparecer novamente aos 39 minutos.

    Depois de uma perda de bola de Messi, desinspirado durante todo o encontro, o meio-campo parisiense, comandado por Verratti, transportou a bola até Draxler, que só com ter Stegen pela frente atirou a contar. A partir daí, não mais se viu o Barcelona na primeira parte. Voltou a sentir dificuldades a sair para o ataque com objetividade e permitia aos médios do PSG circular à vontade e transportar a bola até às alas, onde se encontravam Draxler e Di María, que faziam tremer toda a defensiva catalã.

    Notava-se a necessidade do Barcelona em ir para intervalo, e ele chegou. Eram precisas novas ideias e muito mais intensidade, numa equipa que estava irreconhecível e pareceu entrar no jogo com o guião errado.

    No entanto, Luis Enrique não conseguiu alterar a postura e intensidade da equipa na segunda parte, que continuou a ser vítima dos calafrios causados pelos craques da equipa francesa, que passados poucos minutos resultaram em novo golo. Novamente muita liberdade concedida ao ataque do PSG e a Di María, que a aproveitou para marcar um belo golo com um remate colocado de fora da área, sem qualquer hipótese para o guarda-redes do Barcelona. Estava feito o 3-0!

    A partir daí continuaram a ser os franceses a ditar o ritmo do jogo, neutralizando qualquer ameaça ofensiva por parte do Barcelona e continuando os ataques bem construídos, ainda que com alguma desorganização defensiva dos espanhóis, que sem qualquer surpresa deram origem ao quarto golo. A jogada começa em Thomas Meunier que ultrapassa Neymar com facilidade (e técnica!) e entrega a bola a Edinson Cavani que finaliza com qualidade, eliminando de vez qualquer esperança do Barcelona de ainda conseguir retirar algo de positivo deste jogo.

    Nota ainda para uma bola de Piqué ao poste, naquela que foi a maior oportunidade da equipa espanhola no decorrer de toda a partida.

    Até ao final do jogo, nada de diferente se notou e a vitória foi para os de Paris, que se colocaram numa posição bastante confortável para a segunda mão em Barcelona, onde poderão carimbar a passagem aos quartos de final da prova milionária. Foi uma vitória da vontade e do querer, mas não só. Há muita qualidade nesta equipa e houve, acima de tudo, uma grade organização e coordenação no sistema com que partiu para este jogo. Unai Emery e os seus atletas estão de parabéns.

    Foto de capa: PSG

     

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    Nuno Couto
    Nuno Coutohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família portista, o Nuno não podia deixar de seguir o legado e faz questão de ser um membro ativo na ação de apoiar o seu clube, sendo presença habitual no Estádio do Dragão, inserido na claque Super Dragões. Para ele, o futebol é quase uma terapia, visto que quando está a assistir a algum jogo se esquece de todos as preocupações. Foi futebolista federado, mas acabou por entender que o seu papel era fora das quatro linhas, e também para seguir os estudos em Novas Tecnologias da Comunicação.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.