O azar de Bale é a sorte de outros

    Cabeçalho Liga Espanhola

     

    Gareth Bale era considerado intransferível no Verão. Um plantel curto ao nível das alas, falando de jogadores de referência, obviamente, fizeram com que os responsáveis madrilenos rejeitarem todas as propostas que chegassem. Por outro lado, Isco, que já nos enche os olhos há um par de anos; e Marco Asensio, que saltou no ano transato para a equipa principal; e o histórico do galês em termos de lesões, hoje fazem de Bale um jogador transferível, tendo em conta os planos do Real.

     

    Bale foi contratado para ser um main man. Talvez fosse esperado que CR7 não tivesse condições para liderar los blancos, pelo menos por parte dos espanhóis, mas hoje ainda não percebemos onde o nosso astro vai parar. O problema de Bale tem sido a frustração por, a cada dia que passa, perceber que não vai chegar ao patamar de lenda do futebol mundial. É um excelente jogador, mas pelo menos em Madrid não vai assumir o papel que tanto almejou.

     

    Bale, lesionado, perde espaço em Madrid e os responsáveis do clube já planeiam sem ele... Fonte: Instagram Oficial de Bale
    Bale, lesionado, perde espaço em Madrid e os responsáveis do clube já planeiam sem ele…
    Fonte: Instagram Oficial de Bale

    Mas falando apenas de dados concretos, apreciei muito o primeiro ano dele com a camisola do Real. Veio acrescentar qualidade e, sobretudo, soluções à equipa. Além disso, entrou na equipa com as ambições em alta, devido ao mediatismo em torno da sua transferência, e também por ir para o Real Madrid, um clube que alicia qualquer um. Sofreu e sofre com o protagonismo de Ronaldo, mas acho que soube ultrapassar isso. Jogou muito, joga muito. Fora o problema das lesões, acho que um jogador com o seu perfil rende mais numa equipa onde falte um líder, o que não é o caso do campeão espanhol em título.

     

    Em sentido contrário, falo de Asensio e Isco, que se revelam soluções a ter em conta para o onze titular, e não habituais suplentes. Não foram adquiridos como estrelas, e acho que esse é o problema deles. Morata já teve esse problema, e mudou-se (duas vezes). A qualidade destes dois é inquestionável, são titulares em qualquer equipa do mundo, mas se o Real tiver um alvo de dimensão “topo” que faça os adeptos comprar muitas camisolas para as funções/posições que desempenham/ocupam em campo, não tenho as menores dúvidas que despachem jogadores de “alta” dimensão , como é o caso de Isco e Asensio.

     

    Isco é muito bom como médio ofensivo. Asensio é muito bom como extremo esquerdo. Mas, no Real existe Modric e Kroos; e Cristiano Ronaldo. Contudo, pegando no facto de achar que o Real tem um plantem curto, como acima referi, estes dois jogadores entram facilmente no onze, e em grandes competições, não apenas em situação de Taça ou afins. Além disso, Isco também joga bem numa das alas, bem como o potencial matador de Asensio. A polivalência de jogadores destes é chave num clube de elite, pois mesmo com as suas posições preferidas ocupadas, mostram um futebol excecional. Além disso, o treinador tem a possibilidade de testar variados sistemas táticos, aprimorá-los e utilizá-los a favor de uma gestão do plantel mais otimizada. Talvez seja por isso que Zidane não precise de um plantel mais numeroso.

     

    O que prevejo é a saída de Bale. E não fico admirado se for já. Não fico contente pela situação que Bale atravessa, mas também não fico triste…O Manchester United quer ser campeão, e para isso quer contratar em Janeiro. Penso que seria ótimo para ambas as partes, ambas precisam uma da outra neste momento! Isco e Asensio não se veem dependentes apenas do seu desempenho enquanto profissionais, mas do projeto encabeçado pelos dirigentes madridistas. 

    Foto de capa: Instagram Oficial de Asensio

     

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.