Real Madrid CF 1-1 Atlético Madrid: Só o Barcelona…e Simeone saíram satisfeitos

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    Real vs Atlético. Ronaldo vs Griezmann. Zidane vs Simeone. O famoso derby da capital espanhola sempre foi um jogo de enorme disputa e entrega por parte dos jogadores das duas equipas, com um maior foco devido ao passado recente entre os rivais vizinhos – os dois clubes disputaram as finais de 2014 e 2016 da Liga dos Campeões, com ambas as ocasiões a terminarem com vitórias para o Real Madrid. Ora, o jogo de sábado não iria com certeza fugir à regra dos últimos confrontos, em que reinou a incerteza quanto ao vencedor final.

    Com o aproximar rápido do final da La Liga, era importante para os dois conjuntos não perder esta partida para evitar comprometer as aspirações em conquistar o título de campeão espanhol. Antes do apito inicial, a situação era a seguinte: o Real Madrid estava no 1.º lugar com 71 pontos, mais dois pontos e menos um jogo que o Barcelona que era o 2.º, ao passo que o Atlético se encontrava em 3.º, a 10 pontos do 1.º classificado. A equipa de Messi e companhia, que jogava no mesmo dia frente ao Málaga, aguardava um deslize do Real para poder saltar para a liderança do campeonato.

    Vindos de vitórias nos jogos durante a semana (o Real bateu o Leganés por 2-4 e o Atlético venceu por 1-0 a Real Sociedad), os dois treinadores não foram homogéneos nas suas escolhas iniciais: Zinedine Zidane manteve apenas Keylor Navas, Sergio Ramos e Casemiro no 11 inicial que alinhou no encontro de 4.ª feira, sendo que Diego Simeone optou por colocar exatamente os mesmos onze jogadores que haviam iniciado a partida frente à equipa basca. O jogo, com início marcado para as 15h15, iria-se disputar numa ótima tarde primaveril no Santiago Bernabéu com lotação esgotada.

    A partida começou a um bom ritmo, com os madrilenos a tentar desde logo assumir o controlo do jogo, embora a primeira oportunidade do jogo tenha pertencido aos colchoneros, após um livre batido por Koke aos 3’, o cabeceamento de Saúl fez a bola passar perto do poste da baliza de Keylor Navas. O primeiro remate do Real à baliza de Oblak surgiu aos 14’, por intermédio de Cristiano Ronaldo, mas o português não conseguiu marcar golo. Aos 21’, o Atlético voltou a estar perto de inaugurar o marcador, através de Griezmann, valendo a atenção do guarda-redes costa-riquenho, após um pontapé de canto. Cerca de 6 minutos depois, Benzema quase adiantou a sua equipa no marcador, depois de uma boa combinação com CR7, tendo sido impedido pelo guardião esloveno.

     

    E quando não era Oblak, estava lá algum defesa do Atlético a impedir o golo do Real: Savic, em cima da linha de golo, cortou com a cabeça um remate com selo de golo do capitão da Seleção portuguesa (aos 30’). Aos 38’, um mau passe de Sergio Ramos quase comprometeu a sua equipa, com Griezmann a tentar de novo fazer o primeiro golo, mas mais uma vez Keylor Navas defendeu o remate do atacante francês. Até ao intervalo, não houve qualquer ocasião digna de registo e a 1.ª parte terminou com o resultado de 0-0. Os adeptos presentes nas bancadas esperavam melhorias nos ataques, de modo a surgirem golos nos segundos 45’. O Real teria necessariamente de atacar mais vezes na 2.ª parte a baliza de Oblak, caso quisesse manter a sua posição de líder no campeonato.

    Griezmann apresentou-se em grande estilo no derby madrileno Fonte: GettyImages
    Griezmann apresentou-se em grande estilo no derby madrileno
    Fonte: GettyImages

    A 2.ª parte começou com uma boa ocasião para o francês Karim Benzema e Oblak voltou a fazer uma excelente defesa, mantendo o nulo no marcador. Mas aos 52’, o primeiro golo do jogo surgiu: após um livre cobrado por Toni Kroos, o defesa português Pepe apareceu sozinho na área do Atlético e cabeceou para dentro da baliza defendida por Oblak. Estava feito o 1-0, que animou os adeptos madrilenos. A equipa visitante tentou voltar à situação de empate no marcador, e teve uma excelente oportunidade para marcar – Fernando Torres, aos 60’, não foi capaz de fazer o 1-1, isolado frente a Keylor Navas.

    No minuto seguinte, Diego Simeone operou a primeira mudança na sua equipa: Saúl Ñiguez foi substituído por Ángel Correa, numa tentativa de conseguir ter mais posse de bola, com vista à criação de oportunidades de golo. O central campeão europeu de clubes e seleções, Pepe, acabou por não ter sorte e saiu lesionado do jogo, após um lance divido com o seu colega alemão Kroos (aos 65’), acabando por obrigar Zidane a realizar a primeira substituição no 11 do Real Madrid, entrando para o seu lugar Nacho Fernández.

    Nesta altura, o controlo do jogo pertencia ao Real Madrid, embora sem criar ocasiões para aumentar a sua vantagem no marcador, que seria importante para poder gerir o esforço físico para a partida da próxima 4.ª feira (dia 12) em Munique, frente ao Bayern. As substituições também conduziram ao abrandamento do ritmo do jogo, o que acabou por desanimar o público que aguardava ansiosamente o duelo entre os principais clubes de Madrid, devido ao histórico recente dos jogos disputados entre Real e Atlético.

    Apesar de não ter tido grandes oportunidades, aos 85’, o Atlético restabeleceu a igualdade no marcador, através da estrela da equipa colchonera: Antoine Griezmann, assistido por Ángel Correa, fugiu à marcação dos defesas do Real e bateu Keylor Navas. Nos últimos minutos do encontro, a equipa de CR7 bem tentou alcançar o golo da vitória, mas não houve inspiração e acerto na hora de rematar à baliza. O árbitro Ricardo Burgos, pouco tempo depois, apitava para o final duma partida que não esteve ao nível de outras anteriormente disputadas, mas mesmo assim não deixou de ser interessante de acompanhar. O resultado final 1-1 deixou os rivais à mesma distância pontual, embora com o Real em risco de perder a liderança para o Barcelona, caso a equipa blaugrana consiga vencer o Málaga.

    Foto de capa: GettyImages

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    Guilherme Costa
    Guilherme Costahttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme é licenciado em Gestão. É um amante de qualquer modalidade desportiva, embora seja o futebol que o faz vibrar mais intensamente. Gosta bastante de rir e de fazer rir as pessoas que o rodeiam, daí acompanhar com bastante regularidade tudo o que envolve o humor.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.