Real Madrid CF 2-2 Sevilha FC: Merengues escorregam na luta pelo título

    A CRÓNICA: REAL MADRID CF NÃO APROVEITOU DESLIZE DOS ADVERSÁRIOS DIRETOS E JÁ NÃO DEPENDE DE SI

    Depois do duelo de sábado entre os outros dois concorrentes na luta pelo título, domingo trouxe novamente um grande jogo na luta pelo título espanhol. O Sevilha FC ainda sonhava com o título espanhol e entrou a todo o gás na partida, com uns primeiros 15 minutos bastante dominantes dos Andaluzes. Por outro lado, o Real Madrid CF só dependia de si para ser campeão e uma vitória frente ao quarto classificado voltaria a colocar os blancos muito bem posicionados.

    Muito contra a corrente do jogo, o Real Madrid CF foi o primeiro a mostrar as garras. Cruzamento da esquerda e Karim Benzema fez golo através de um grande cabeceamento. O VAR chegou-se à frente e anulou o tento por fora de jogo. Pouco depois o domínio do Sevilha FC voltou a verificar-se e no seguimento de um livre, golo dos Andaluzes, por Fernando, que com muita classe, desviou Casemiro do caminho e empurrou para o fundo das redes.

    O Real Madrid CF até esboçou uma reação, mas sempre muito tímida e incapaz, sempre pelos pés de Vinícius Júnior ou Karim Benzema, claramente os mais inconformados com o resultado. Pela frente encontraram um Super-Sevilha, que raras vezes se desconcentrou do ponto de vista defensivo.

    Na segunda parte os merengues tentaram mostrar outra face e a reação transformou-se em empate. Marcos Asensio depois de poucos minutos em campo apontou o golo do empate, brilhantemente servido por Toni Kroos. Com muito VAR e controvérsia à mistura, o Sevilha FC voltou a passar para a frente do marcador na marca de grande penalidade, por Ivan Rakitić. Aos 90+4, golpe de teatro: Toni Kroos rematou de fora de área e depois de sofrer um toque em Hazard, a bola acaba mesmo por entrar na baliza de Bono. Restabelecido o empate a pouco tempo do fim.

    O Real Madrid CF escapou-se de males maiores já perto do final, mas não aproveita os deslizes dos adversários diretos e passa agora a depender de terceiros para ser campeão. O empate mantém o Club Atlético de Madrid líder na tabela, mas com o título ainda por definir.

     

    A FIGURA


    Entrada dominante do Sevilha FC – A primeira parte do Sevilha FC é de topo mundial. Entram na partida com muito carácter e determinação, que lhes valeu a vantagem ao intervalo, de forma natural. Concentrados na defesa e eficazes na frente, os Andaluzes demonstraram o porquê de estarem, também eles, na luta pelo título espanhol.

    O FORA DE JOGO

    Apatia do Real Madrid CF – O Real Madrid entrou a dormir na partida e a reação na partida peca por tardia. Fica a ideia de que podia ter dado mais nos minutos iniciais. Com as entradas de Gutierrez e de Asensio os merengues melhoraram, mas o rumo dos acontecimentos teimava em ir contra a vontade madrilena, que não desistiu e acabou por conseguir salvar um ponto, com alguma sorte à mistura. Se em vez de 45 minutos intensos, tivessem tido 90, talvez a história que estou a contar pudesse ser diferente.

     

    ANÁLISE TÁTICA – REAL MADRID CF

    Zidane abandonou a linha de 3 centrais (ou 5 defesas, como se preferir) que tinha apresentado na Liga dos Campeões e voltou a apostar no seu clássico 4-3-3.

    As principais armas do Real Madrid CF foram, sem grandes surpresas, Karim Benzema e Vinícius Júnior. O francês assumiu a maior parte dos remates e foi um dos que mais galvanizou a equipa para subir no terreno. Já o extremo brasileiro partia constantemente da ala esquerda para o meio a procurar principalmente momentos de 1×1 para com os defesas contrários.

    A defesa estava desfalcada e a ausência de Sergio Ramos, Varane e Carvajal fez-se sentir. É outra equipa sem estes elementos. Não desprimorando Nacho e Militão, que até têm assumido funções com grande qualidade, não garantiram a mesma confiança. A defesa com quatro defesas apresenta, ainda assim, melhorias significativas, em comparação com os jogos da Liga dos Campeões. Quanto ao meio-campo, não houve alterações. Casemiro foi amarelado cedo na partida e Kroos e Modrić tentaram essencialmente lançar os contra-ataques ou ataques rápidos da equipa madrilena.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Thibaut Courtois (6)

    Marcelo (5)

    Nacho Fernández (6)

    Éder Militão (6)

    Álvaro Odriozola (4)

    Toni Kroos (8)

    Casemiro (5)

    Luka Modrić (6)

    Vinícius Júnior (7)

    Federico Valverde (6)

    Karim Benzema (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Marco Asensio (8)

    Miguel Gutierrez (7)

    Eden Hazard (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SEVILHA FC

    Julen Lopetegui no papel, não inovou. O esquema tático que se desenhava era o habitual 4-3-3. Mas a verdade é que a forma como a equipa se apresentou, mudou. Ainda que tivesse dois avançados de referência no banco, o treinador espanhol preferiu iniciar a partida sem um avançado clássico, mas sim com três homens mais móveis, Lucas Ocampos, Suso e Papu Gómez, potencialmente mais difíceis de marcar pelos centrais adversários.

    A entrada com intensidade e a mandar no jogo foi surpreendente. Tal domínio pode ter se devido às trocas de posição na frente e no meio-campo por parte dos andaluzes, que confundiam as marcações e empurraram o Real Madrid CF para o seu último terço no início da partida. Destaque para Fernando, no meio-campo, que fez valer a alcunha de “Polvo”, que ganhou dos tempos em que vestia a camisola do FC Porto.

    Na segunda parte, com a entrada de Youssef En-Nesyri, Lopetegui procurou o ataque à profundidade, numa altura em que o domínio do jogo estava já do lado do Real Madrid CF.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Bono (6)

    Jesús Navas (6)

    Jules Koundé (7)

    Diego Carlos (7)

    Marcos Acuña (6)

    Fernando (8)

    Ivan Rakitić (6)

    Joan Jordán (6)

    Alejandro Gómez (6)

    Suso (7)

    Lucas Ocampos (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Youssef En-Nesyri (6)

    Nemanja Gudelj (5)

    Oscar Rodriguez (5)

    Óliver Torres (-)

    Luuk De Jong (-)

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    Gabriel Henriques Reis
    Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
    Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.