AS Monaco 1-1 SC Braga: Bonsoir! Avez-vous des chambres?

    A CRÓNICA: QUARTOS NO MÓNACO? COM UMA SEMANA DE ANTECEDÊNCIA FICA BARATO

    O SC Braga empatou em casa do AS Monaco a uma bola, mas consumou a vantagem de dois golos que havia transportado da primeira para a segunda mão. Os minhotos seguem para os quartos-de-final da Liga Europa e a festa já se fez sentir dentro do Estádio Luís II.

    Esperava-se um AS Monaco muito mais pressionante e com uma capacidade muito maior para assumir o controlo do jogo. Os franceses conseguiram o controlo da posse de bola, mas nunca verdadeiramente do jogo. Os primeiros 20 minutos foram exemplo disso. Mais posse de bola para o lado francês, mas muito mais perigo causado pelos portugueses.

    E o golo – tão importante para as aspirações monegascas – surgiu mesmo para o SC Braga: ao bater dos 19 minutos, Abel Ruiz fez o 0-1 com um remate às portas da área de penalti, que tabelou em Vanderson e traiu Nubel. Os primeiros arrepios para Matheus chegaram para lá da meia hora de jogo. Nada que fizesse modificar o resultado até ao intervalo.

    A segunda parte trouxe uma AS Monaco mais afoito, mas a solidez e solidariedade da defensiva minhota ia valendo sempre mais do que o empenho ofensivo francês. As primeiras investidas arsenalistas surgiram aos 60 minutos, pelos pés de Abel Ruiz. Com a eliminatória “arrumada”, os da casa ainda chegaram ao golo aos 90 minutos, pela cabeça de Didasi. Não era suficiente. O empate a um foi uma derrota para o AS Monaco.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Solidez defensiva do SC Braga – não foi um jogo brilhante de nenhum dos lados da contenda, mas a solidez defensiva dos arsenalistas foi um dos grandes motivos para a exibição monegasca ter sido tão pobre e infrutífera.

    Com Matheus novamente em grande forma e com todos os jogadores a cumprirem o seu papel a defender – além de darem sem problema o corpo às bolas -, o SC Braga teve na vertente defensiva e na sua eficácia as grandes armas nesta eliminatória.

    O FORA DE JOGO

    AS Monaco – A equipa francesa acaba a eliminatória eliminada, com apenas um golo apontado e com três golos sofridos. O jogo de hoje foi de posse e ataque posicional, mas de futebol muito pobre – na senda da primeira mão. Esperava-se muito mais do conjunto apontado, a priori, como favorito a alcançar os quartos-de-final.  

     

    ANÁLISE TÁTICA – AS MONACO

    A turma francesa precisava de marcar e uma vez não chegava. Como tal, manteve a aposta num 4-4-2, mas com um pendor mais ofensivo do que aquele que colocou sobre o relvado bracarense na primeira mão. Tchouameni era o médio mais recuado, com Jean Lucas a jogar mais próximo dos homens da frente – Bem Yedder e Volland. Diop, pela direita, e Gelson Martins, pela esquerda (mas com muita liberdade e variabilidade posicional) eram os alas.

    Para que os laterais pudessem dar largura e profundidade, os alas apareciam várias vezes por dentro, procurando ao mesmo tempo equilibrar o jogo de forças no meio-campo, que seria sempre vencido pelo SC Braga se o AS Monaco não fosse povoando o seu setor intermédio aqui e ali. A necessidade de vencer por pelo menos dois golos obrigava os monegascos a uma pressão alta, nem sempre bem-feita.

    Com as primeiras três substituições (em simultâneo), Philippe Clément colocou a sua equipa num 3-4-1-2, com Disasi, Badiashile e Maripán como centrais, os laterais a virarem alas, Tchouameni e Golovin no meio e Volland nas costas da dupla Boadu-Yedder.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Nubel (5)

    Vanderson (5)

    Disasi (5)

    Badiashile (5)

    Caio Henrique (5)

    Tchouameni (6)

    Jean Lucas (5)

    Sofiane Diop (6)

    Gelson Martins (5)

    Bem Yedder (7)

    Volland (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Boadu (5)

    Guillermo Maripán (5)

    Golovin (5)

    Jakobs (5)

    Rubén Aguilar (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Os arsenalistas apresentaram-se num 3-5-2, com um meio campo de choque e com maior poderio defensivo do que o que havia atuado em Braga, na primeira mão. Assim, Castro fez companhia a Al Musrati e a André Horta, ficando Ricardo Horta encarregue do apoio a Abel Ruiz. Fabinho, destoando do sucedido no Minho, atuou pela direita, com Paulo Oliveira a integrar o trio de centrais – com Tormena e David Carmo.

    Do lado bracarense e contrastando com o lado monegasco da contenda, a pressão era muito mais laxativa, apesar de se notar a indicação dada aos dois homens da frente para condicionarem a saída de bola dos centrais franceses.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Matheus (8)

    Fabiano (6)

    David Carmo (6)

    Tormena (6)

    Paulo Oliveira (6)

    Rodrigo Gomes (6)

    Al Musrati (7)

    Castro (6)

    André Horta (6)

    Ricardo Horta (6)

    Abel Ruiz (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Moura (5)

    Lucas Mineiro (5)

    Vitinha (5)

    Iuri Medeiros (5)

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.