Wolverhampton Wanderers FC 0-1 Sevilla FC: Lopetegui volta a eliminar um treinador português

    A CRÓNICA: CHEIRAVA A PROLONGAMENTO, MAS…

    Duisburgo recebeu um dos duelos mais esperados dos “quartos” da Liga Europa. Entrega e competitividade não faltaram, mas o mesmo não se pode dizer no que toca aos golos. Ainda assim, um golo chegou para que o Sevilla FC batesse o Wolverhampton Wanderers FC, já bem perto do final. Depois de eliminar a equipa de Paulo Fonseca, Julen Lopetegui volta a derrotar outro treinador português: Nuno Espírito Santo.

    Os ingleses até foram os primeiros a criar oportunidades junto da baliza adversária (inclusive com um penálti desperdiçado de forma inédita por Jiménez), mas rapidamente os espanhóis se apoderaram da iniciativa de jogo. Aliás, com uma posse de bola esmagadora, só não conseguiram provocar estragos porque do outro lado esteve sempre um adversário cauteloso a defender – Suso e Ocampos apenas testaram a atenção de Rui Patrício.

    A segunda parte trouxe muito mais Sevilla, mas num raio de ação muito semelhante ao da primeira parte: mais bola, construção apoiada e…pouco ou nenhum perigo na hora de rematar. Só Youssef En-Nesyri e Banega assustaram o guardião português. Contudo, já bem perto dos descontos, apareceu mais um nome a querer fazer a diferença. Na sequência de um cruzamento de Banega, apareceu Ocampos dentro da grande área a cabecear para o único golo do encontro.

    O tempo de reação para o Wolves era escasso e o Sevilla limitou-se a controlar, triunfando de forma justa. A equipa mais titulada da competição disputará as “meias” frente ao Manchester United FC.

    A FIGURA


    Éver Banega – O cérebro da equipa do Sevilla. Com uma visão de jogo invejável, o argentino atacou, construiu, criou, recuperou, defendeu… Basicamente, fez tudo o que tinha a fazer. Nos períodos de maior posse, optou por recuar para construir a partir de trás e, sempre que possível, fazer valer a sua astúcia lá na frente. Foi assim no livre direto que assustou Patrício e foi também na assistência para o golo de Ocampos na reta final. Com jogadores assim…

     O FORA DE JOGO


    Segundo tempo do Wolverhampton – Além de ter permitido que o adversário voltasse a ter muito mais bola e iniciativa, o Wolverhampton não criou uma única ocasião de golo junto da baliza de Bono. O comprometimento coletivo ninguém pode colocar em causa, mas a armada lusa de Nuno Espírito Santo acabou mesmo por sofrer num dos últimos lances do jogo e dizer, assim, adeus à Liga Europa (bem como à possibilidade de a disputar na próxima época).

     

    ANÁLISE TÁTICA – WOLVERHAMPTON WANDERERS FC

    Nuno Espírito Santo procedeu a duas alterações forçadas em relação ao “onze” que eliminou o Olympiacos FC de Pedro Martins. Jonny Otto (lesionado no último jogo) e Podence (castigado) deram lugar a Rúben Vinagre e Dendoncker, respetivamente, passando a formação de um 3-4-3 para um 3-5-2, com os laterais muitas vezes a recuar para uma linha de cinco. Apesar da boa entrada no jogo, o conjunto inglês, após o penálti falhado, recuou no terreno e tentou apostar mais no contra-ataque. O mesmo cenário arrastou-se para o segundo tempo e, quando tudo parecia encaminhado para o prolongamento, uma falha defensiva comprometeu tudo o resto.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Rui Patrício (7)

    Romain Saïss (5)

    Conor Coady (6)

    Willy Boly (6)

    Rubén Vinagre (7)

    João Moutinho (6)

    Rubén Neves (7)

    Leander Dendoncker (7)

    Matt Doherty (6)

    Raúl Jiménez (5)

    Adama Traoré (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Pedro Neto (5)

    Diogo Jota (5)

      

    ANÁLISE TÁTICA – SEVILLA FC

    Tal como se costuma dizer, em equipa que ganha…não se mexe. Após eliminar a AS Roma de Paulo Fonseca, Julen Lopetegui cumpriu o velho ditado, fazendo com que a equipa voltasse a alinhar num 4-3-3 e com Fernando a ser o elemento mais recuado do meio campo espanhol. Perante um adversário muito organizado a defender, o Sevilla teve de recorrer à posse de bola, à visão de jogo de Banega e, sobretudo, e à paciência coletiva para conseguir “romper” de forma eficiente. As tentativas foram várias, as ocasiões não tanto, mas suficientes para dar justiça ao resultado alcançado ao cair do pano.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Bono (7)

    Sergio Reguilón (7)

    Diego Carlos (5)

    Jules Koundé (6)

    Jesús Navas (7)

    Joan Jordán (6)

    Fernando (7)

    Éver Banega (8)

    Lucas Ocampos (8)

    Youssef En-Nesyri (6)

    Suso (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Franco Vázquez (-)

    Luuk de Jong (-)

    Munir El Haddadi (-)

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.