Zlatan Ibrahimovic nasceu a 3 de Outubro de 1981, em Malmö, na Suécia, filho de pai bósnio e mãe croata. Assinou o seu primeiro contrato profissional com o Malmö em 1996, chegando à equipa principal em 1999. Em 2001, depois de já ter descido de divisão com a referida equipa em 1999 e de ter voltado a subir em 2000, transferiu-se para o Ajax por 8,7 milhões de euros. Foi na Eredivisie que Zlatan começou verdadeiramente a mostrar-se ao mundo do futebol; foi no Ajax e sob a orientação do nosso bem conhecido Ronald Koeman que ele conquistou os seus primeiros títulos: foi bicampeão holandês, ganhando também uma taça e uma supertaça nos quatro anos que passou na Holanda.
Zlatan jogou pela primeira vez na Liga dos Campeões na época de 2002/2003, pelo Ajax, tendo-se estreado memoravelmente com um bis que ajudou a sua equipa a bater o Lyon por 2-1. De todos os grandes momentos de Zlatan no Ajax, houve um que se elevou mais alto: falo, claro, do golo fenomenal marcado ao NAC Breda, em que ele fez “gato-sapato” de metade da equipa adversária, simulando e fintando aproximadamente seis jogadores antes de introduzir a bola na baliza, uma verdadeira obra de arte que foi posteriormente eleita “Goal of the Year” pelos espectadores da Eurosport.
Fonte: iworldcup.org
Infelizmente o tempo de Zlatan no Ajax chegou ao fim quando, em 2004, e durante um jogo entre as selecções da Holanda e da Suécia, ele acabou por lesionar o seu colega de equipa Van der Vaart, que até hoje insiste que o que aconteceu foi intencional. Para evitar problemas e divisões no balneário, o Ajax vendeu Zlatan à Juventus, por 16 milhões de euros. Foi um mal que veio por bem, pois a qualidade de Zlatan já o tinha elevado muito acima do futebol praticado na Eredivisie e, mais tarde ou mais cedo, seria tempo para uma mudança. A Serie A e a Juventus vieram proporcionar isso mesmo.
Na Juventus, sob o comando do grande Fabio Capello, Zlatan não demorou a impor-se na equipa da vecchia signora, conquistando dois campeonatos nos dois anos passados em Turim e continuando a desenvolver o seu futebol, tendo a Juventus chegado a rejeitar uma proposta astronómica de 70 milhões de euros do Real Madrid pelo passe do jogador. Infelizmente mas merecidamente, a Juventus foi implicada no escândalo que abalou o futebol italiano em 2006, o Calciopoli scandal, também conhecido por Calcio Caos, sendo um dos clubes condenados por combinar resultados e escolher árbitros. Isto resultou numa relegação forçada para a Serie B e na perda dos dois campeonatos conquistados nos dois anos que Zlatan passou no clube. Sem qualquer culpa, Zlatan recusou-se a seguir o clube para uma divisão inferior, tendo mesmo chegado a forçar a sua saída, que acabou eventualmente por acontecer, em Agosto de 2006, por 24,8 milhões de euros, para um dos rivais da Juventus, o Inter de Milão. Manteve-se, assim, na Serie A.
No Inter, Zlatan reforçou o seu estatuto, não só como um dos melhores avançados do mundo, mas também como um dos melhores jogadores da actualidade. Com a Juventus e o Milan a saírem bastante prejudicados com o Calcio Caos, o Inter, orientado por Roberto Mancini e liderado por Zlatan na frente de ataque, conquistou dois campeonatos e uma supertaça. A direcção do Inter, desapontada com a falta de sucesso do clube na prova máxima de clubes a nível europeu, decidiu terminar o contrato com Mancini e contratar José Mourinho, em 2008.
Com José Mourinho ao leme da equipa, Zlatan tornou-se, pela primeira vez na sua carreira, o melhor marcador da Serie A, com 25 tentos apontados. Sagrou-se mais uma vez campeão italiano e conquistou também mais uma supertaça, tendo praticado o melhor futebol da sua carreira até à data. Mais uma vez, o clube falhou na Liga dos Campeões, caindo diante do Manchester United de Cristiano Ronaldo nos oitavos-de-final, o que levou Zlatan a procurar uma mudança na sua carreira. Já tendo aumentado consideravelmente o seu palmarés em Itália e procurando glória europeia, foi vendido ao Barcelona de Guardiola, por 46 milhões de euros mais o passe de Samuel Eto’o, avaliado em 20 milhões pelo clube, perfazendo então um total de 66 milhões de euros.
Fonte: foxsportsasia.com
A passagem de Zlatan pelo clube catalão foi extremamente atribulada, já que não se entendeu com o seu treinador por diversos motivos – discordava da sua posição na equipa, recusando desempenhar um papel secundário no ataque para Messi, tendo mesmo afirmado que ele era um Ferrari a ser usado como se fosse um Fiat.
No Barcelona, conquistou um campeonato, a Taça do Rey, o Mundial de clubes e duas supertaças de Espanha, mas falhou mais uma vez a conquista da Liga dos Campeões, ao cair nas meias -finais perante a sua antiga equipa, o excelente e memorável Inter do triplete de José Mourinho. Estava mais uma vez na altura de mudar; o Barcelona não era o que Zlatan esperava e a sua relação com Guardiola tinha atingido níveis absurdos.
Zlatan voltou, então, a um campeonato que conhecia bem, sendo emprestado ao AC Milan durante a época de 2010/2011. O clube ficou com uma opção de compra no valor de 24 milhões de euros de um jogador que, há um ano, tinha custado 66 milhões. Uma “pechincha”.
No Milan, e sem nenhum Messi com o qual tinha de dividir o ataque, Zlatan voltou a ser a estrela maior de uma equipa e ajudou o clube a conquistar o seu primeiro Scudetto desde 2004, desta vez sob a orientação de Massimiliano Allegri. Como era de esperar, o Milan fez uso da sua opção de compra e resgatou Zlatan a título definitivo, por 24 milhões de euros.
Fonte: scaryfootball.com
A época de 2011/2012 representou o adeus de Zlatan a Itália e ao Milan. Essa temporada correu pior ao clube em termos colectivos, falhando a renovação do título e tendo apenas conquistado a supertaça de Itália. Contudo, Zlatan sagrou-se, pela segunda vez na sua carreira, o melhor marcador da Serie A, desta vez com uns fantásticos 28 golos.
O PSG, recentemente comprado, decidiu investir 20 milhões de euros em Zlatan, em 2012/2013, tornando-o na cara do clube e no jogador mais bem pago do campeonato francês, recebendo algo como 15 milhões de euros anuais.
Tal como seria de esperar, o impacto de Zlatan na Ligue 1 foi imediato, ajudando o PSG a sagrar-se campeão pela primeira vez desde 1993/1994, ou seja, desde os tempos de George Weah. Foi ainda coroado o melhor jogador e marcador do campeonato, com 30 golos apontados. Nesta época que decorre ainda, o PSG está confortavelmente no topo da tabela rumo ao seu segundo título consecutivo, sendo mais uma vez liderado por Zlatan. O jogador leva 22 golos na liga e 37 no total, não tendo as defesas em França encontrado ainda solução para lidar com este fantástico jogador, que se encontra sem dúvida uns furinhos acima da referida competição.
A equipa está também muito bem colocada para se qualificar para os quartos de final da Liga dos Campeões, depois de uma vitória por 4-0 no terreno do Leverkusen. No ano transacto, foi nesta fase da competição que o PSG caiu, depois de dois empates com o Barcelona, sendo eliminado pela diferença de golos marcados fora (um 2-2 em Paris e um 1-1 em Barcelona). Será este o ano em que Ibrahimovic finalmente ganhará a tão cobiçada Liga dos Campeões, que lhe foge há anos? Por que não?
Fonte: ibtimes.com
Ao serviço da sua Suécia, Zlatan leva 96 jogos e 48 golos, tendo participado nos Mundiais de 2002 e 2006 e nos Europeus de 2004, 2008 e 2012. Os seus momentos mais memoráveis são o golo apontado à Ucrânia no Euro 2008, um espectacular volley que lhe valeu o prémio de golo do torneio, e a maravilha de pontapé de bicicleta marcada num amigável contra a Inglaterra, em 2013, que lhe valeu o prémio Puskás para melhor golo do ano.
Zlatan Ibrahimovic é o avançado mais completo do futebol actual. É discutivelmente o melhor avançado do mundo, mas sem sombra de dúvidas que é um dos melhores jogadores da actualidade e um dos maiores que já tive o prazer de ver jogar. Tem sido comparado por diversas vezes ao fenomenal Marco Van Basten. Aproveitando os seus 1,95m para ser um exímio jogador de cabeça, junta a isso uma habilidade com os pés muito fora do comum, que lhe permite desenvencilhar-se de qualquer adversário e meter a bola como quer e onde quer. Ele marca de todas as formas e feitios: com ambos os pés, de bola parada ou corrida. Se a bola chega a Zlatan, há uma grande probabilidade de acabar na baliza adversária. Com Zlatan em campo, o jogo nunca é desinteressante; ficamos sempre agarrados ao ecrã à espera de ver o que este génio do futebol poderá inventar de seguida. A cadeia televisiva ESPN descreveu Zlatan como “bom pelo ar, forte e ágil, joga bem de costas voltadas para a baliza e possui uma finalização, visão de jogo, qualidade de passe e controlo de bola fora do comum”.
Fonte: hdpaperwall.com
Zlatan é o único jogador na história a ter facturado na Liga dos Campeões por seis clubes diferentes: Ajax, Juventus, Inter, Barcelona, Milan e PSG. Além disso, é o jogador mais caro da história, dando a soma das suas transferências o impressionante valor de 160 milhões de euros. É um jogador com um feitio muito próprio, demonstrado pelo que faz dentro de campo e pelo que diz fora dele. Mas o que mais me impressiona neste jogador é o facto de ele não parar de evoluir. A cada ano que passa, ele fica melhor. O seu melhor ano é sempre o seguinte. Agora, com 32 anos, parece que o melhor ainda está para vir.