Olympique Lyonnais 2-4 Paris Saint-Germain FC: Vitória devolve liderança

    A CRÓNICA: PARIS SAINT-GERMAIN FC VENCE “FESTIVAL DE GOLOS” EM LUTA PELA LIDERANÇA

    Paris Saint-Germain FC e Olympique Lyonnais entraram em campo em igualdade pontual nos segundos e terceiros lugares da tabela da Liga Francesa. O (até ao momento) líder Lille OSC marcou passo ao perder esta tarde (1-2), diante do Nimes Olympique, e via assim a liderança ameaçada. O empate não chegava e ambas as equipas tinham (muito) interesse em levar os três pontos e chegar-se à frente na tabela.

    Oportunidades de parte a parte, num jogo que parecia encaminhar-se para ser bastante partido. Ainda assim, o PSG foi quem teve constantemente as melhores ocasiões. Kylian Mbappé, numa jogada de insistência parisiense, quebrou o nulo e adiantou os visitantes no marcador. Se o jogo já estava quente sem golos, melhor ficou.

    Se o primeiro tento da partida foi marcado por um habitual marcador, o segundo nem por isso. O português Danilo Pereira dilatou a vantagem com um remate potente. Indefensável para o compatriota, Anthony Lopes.

    O intervalo chegou e a primeira parte resume-se facilmente. A defesa de betão do PSG foi sempre mais forte que o ataque do Lyon, que se mostrou incapaz e bloqueado. Do outro lado, não houve perdão e aproveitaram as oportunidades que criaram. 2-0 para os forasteiros.

    A toada da primeira parte manteve-se na segunda. Em sete minutos, o PSG dobrou a vantagem e alargou a diferença para quatro golos. Di María bateu um livre direto ainda longe da baliza com a bola a descrever um arco perfeito. Pouco tempo depois, Kylian Mbappé voltou a fazer o gosto ao pé. Deixou Marcelo para trás e só parou quando colocou o esférico dentro da baliza.

    Completamente do nada, Islam Slimani reduziu para o Lyon. Uma verdadeira bomba explodiu nas redes de Keylor Navas. Sem hipóteses para o costa-riquenho. O PSG parecia confortável com o resultado e não mostrava intenção de manter o registo ofensivo da primeira parte. A intensidade baixou e o Lyon ganhou vida com a entrada de Rayan Cherki, que talvez tenha até sido tardia. Golo de Maxwel Cornet e logo de seguida lance de muito perigo para a baliza de Keylor Navas, que mostrou toda a sua qualidade, evitando o terceiro.

    O relógio aproximava-se dos 90 minutos e nada parecia querer mudar. Apesar da quebra de intensidade e da intranquilidade final, o Paris Saint-Germain acabou por levar os três pontos de forma justa. O PSG partilha agora liderança com o Lille OSC, que fica com os mesmos pontos.

     

    A FIGURA

    Defesa do Paris Saint-Germain FC – Pode parecer estranho que a figura de uma partida que acaba em goleada, seja a defesa da equipa que goleia, mas é verdade. O PSG pode considerar que começou a ganhar o jogo a partir do momento em que bloqueou toda e qualquer ação de Memphis Depay e companhia. O ataque parisiense ajudou a facilitar a tarefa, é certo. Exibições monstruosas de praticamente todos os elementos do setor defensivo. Presnel Kimpembe, Marquinhos e Abdou Diallo estiveram intransponíveis, estando em grande plano. Florenzi esteve bem, mas acabou por “borrar a pintura” no lance do segundo golo do Lyon. Danilo ajudou nas tarefas defensivas, mantendo o equilíbrio, como elemento mais fixo e recuado do meio-campo.

     

    O FORA DE JOGO

    Olympique Lyonnais – A equipa, no seu geral, não esteve bem. Entrou relativamente intensa, mas sentiu-se que os golos do PSG acabaram por afetar e acalmar o ímpeto inicial. A eficácia dos visitantes foi alta e a defesa esteve sempre incapaz de travar as investidas de Kylian Mbappé, principal dinamizador das jogadas de ataque. O ataque, como já referido, foi também ele incapaz. As entradas de Rayan Cherki e Slimani pecam por tardias. Rudi García até mexeu bem e sentiu-se que o relaxamento do PSG poderia ter sido aproveitado de melhor forma.

     

    ANÁLISE TÁTICA – OLYMPIQUE LYONNAIS

    Rudi García optou por apresentar um 4-3-3 para este duelo. A grande novidade foi a ausência de Léo Dubois, lateral-direito, que habitualmente costuma fazer parte das opções iniciais.

    O conjunto da casa até começou com um bloco alto a pressionar a saída de bola do PSG, mas rapidamente perdeu esse fulgor. A defesa foi muito permissiva e o ataque revelou-se sempre bastante limitado e previsível. As movimentações de Karl Toko Ekambi e Tino Kadewere, que realizavam incursões da ala para o meio foram insuficientes e a defesa contrária conteve, com aparente facilidade, as tentativas do Lyon.

    Memphis Depay funcionou como um falso-nove na frente de ataque, e procurou, tal como os outros dois parceiros de ataque, fazer movimentos de rutura nas costas dos defesas. Presnel Kimpembe, Marquinhos, e Abdou Diallo agigantaram-se na defesa e controlaram a maioria das ações combativas. A primeira parte foi desastrosa e a segunda pouco melhorou. A equipa que costuma rematar com relativa frequência, não o conseguiu fazer no primeiro tempo e entregou o jogo numa fase bastante embrionária. Ainda tentou reagir, mas sempre de forma pouco concisa.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Anthony Lopes (5)

    Maxwel Cornet (6)

    Jason Denayer (5)

    Marcelo (4)

    Mattia de Sciglio (4)

    Maxquence Caqueret (6)

    Thiago Mendes (5)

    Lucas Paquetá (5)

    Karl Toko Ekambi (4)

    Tino Kadewere (4)

    Memphis Depay (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Islam Slimani (7)

    Bruno Guimarães (6)

    Léo Dubois (5)

    Rayan Cherki (7)

    Sinaly Diomandé (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – PARIS SAINT-GERMAIN FC

    O Paris Saint-Germain não mudou e entrou em campo organizado num claro 4-2-3-1. Neste, já habitual esquema, os defesas-laterais jogaram sempre muito subidos e Di María flutuava para o meio com frequência para orientar jogo.

    Marco Veratti, recorrentemente visto como um jogador que pauta o jogo a partir de trás, esteve muito subido no corredor central, aparecendo com maior regularidade em zonas de finalização. Na segunda parte entrou Neymar e fez exatamente este papel. Danilo Pereira foi titular e jogou no lugar de Leandro Paredes. Na construção colocava-se entre os defesas-centrais, garantindo equilíbrio à equipa.

    No fim de contas, mais do que qualquer tática, a velocidade de Kylian Mbappé combinada com a magia de Ángel Di María fizeram a diferença e foi por aí que originou perigo. A intensidade baixou bastante depois do quarto golo e o adormecimento até podia ter saído mais caro aos parisienses.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Keylor Navas (7)

    Alessandro Florenzi (6)

    Marquinhos (7)

    Presnel Kimpembe (8)

    Abdou Diallo (8)

    Idrissa Gueye (7)

    Danilo Pereira (7)

    Kylian Mbappé (9)

    Marco Verrati (6)

    Ángel Di María (7)

    Moise Kean (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Neymar (5)

    Ander Herrera (5)

    Colin Dagba (-)

    Julian Draxler (-)

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    Gabriel Henriques Reis
    Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
    Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.