Arsenal FC 1-3 Manchester United FC: United mandou em Londres

    Cabeçalho Liga Inglesa

    Um dos duelos mais aguardados da época da Premier League aconteceu hoje em Londres, entre Arsenal e Manchester United, entre Londres e Manchester, entre Àrsene Wenger e José Mourinho… Duas equipas do top four inglês e dois técnicos cuja relação nunca foi a melhor, marcada por vários conflitos e momentos de tensão ao longo dos anos, estiveram hoje frente a frente no Emirates Stadium, no jogo cabeça de cartaz da 14ª jornada da liga inglesa.

    Mal a bola começou a rolar no relvado do Emirates logo se percebeu que este seria um jogo de grande intensidade e de grande entrega de cada uma das equipas ao jogo, tal era o ritmo que se verificou nos primeiros minutos, durante os quais o Manchester conseguiu construir uma vantagem de dois golos, ainda antes do quarto de hora!

    O primeiro golo nasce de um péssimo passe de Koscielny na defensiva gunner. Valencia antecipou-se a Kolasinac, entregou a Pogba, que com muita calma devolveu ao equatoriano para este fazer o primeiro do encontro, enviando a bola pelo meio das pernas de Petrc Cech aos quatro minutos.

    Apenas sete minutos depois, novo erro defensivo do Arsenal não perdoado pelos red devils. Lukaku passa a Martial, e este assiste Lingard, que isolado na área atira a contar à baliza do guardião checo. 2-0 e a equipa de Wenger estava em muito maus lençóis.

    A reação gunner não demorou, através de Ramsey e Lacazette, colocando em sentido a equipa de Mourinho. O Arsenal ia ameaçando a vantagem do adversário, mas este continuava sem sofrer golos. Projetava-se um excelente jogo de futebol, tantas eram as oportunidades de golo que se iam verificando.

    E a melhor para o Arsenal chegou ao minuto 32. Lacazette, na área, com tudo para fazer golo, mas rodeado de jogadores do United, remata contra de Gea, a bola ainda vai à barra, sobra para Granit Xhaka, mas este, com o pé esquerdo, remata ao lado, dissipando o perigo. Grande oportunidade para a equipa da casa, mostrando que a partida ainda não estava resolvida, de maneira nenhuma. O jogo continuava muito aberto – ora atacava o United, ora atacava o Arsenal, e os adeptos entusiasmavam-se cada vez mais.

    Perto do intervalo, três grandes defesas de de Gea no mesmo lance. Primeiro Bellerín e depois Kolasinac, ambos de fora da área, remataram forte para duas boas ações do guarda-redes espanhol que, pouco depois, foi novamente chamado a intervir com mais uma excelente defesa a parar um desvio de Lukaku para a sua própria baliza. Excelente momento do guardião do United.

    Após este lance, o ritmo baixou um pouco, compreensivamente. O Arsenal ia construindo mais perto da área, e o United apostava mais no contra-ataque, mas com ritmo mais baixo do que o que verificara até então. Apesar disso, o jogo continuava bastante interessante e emotivo, mas, infelizmente para todos os que assistiam a este confronto, o intervalo chegou. Era tempo para recarregar baterias e pensar a segunda parte. O Arsenal precisava urgentemente de um golo para voltar a lutar pelo resultado e era necessário tomar medidas para isso. Já na equipa de Mourinho, pouco havia a mudar. O resultado estava a seu favor, a equipa procurava o contra-ataque para ferir o adversário, e isso ia dando resultados. Esperava-nos uma grande segunda parte, à imagem da primeira.

    Petr Cech nada pôde fazer para parar o remate de Lingard e evitar o segundo golo do United  Fonte: Premier League
    Petr Cech nada pôde fazer para parar o remate de Lingard e evitar o segundo golo do United
    Fonte: Premier League

    O segundo tempo começou praticamente com o golo de que o Arsenal tanto precisava. Os gunners apanharam a defensiva do United de surpresa e, na cobrança de um livre lateral, conseguiram colocar Ramsey e Lacazette isoladíssimos à frente de de Gea. Houve tempo para tudo, Ramsey atrasou para o francês rematar e diminuir a vantagem do United. Muita distração dos defesas do Manchester, ao falhar redondamente na tentativa de apanhar o Arsenal na armadilha do fora-de-jogo. Os londrinos estavam de volta ao encontro.

    Logo depois, nova oportunidade para o Man United, que enviou uma bola à barra da baliza de Cech, através de Lingard.

    Aos 11 minutos da segunda parte, David de Gea voltou a brilhar. Lacazette rematou dentro da área para uma grande defesa do espanhol e, na recarga, Alexis Sanchéz, praticamente em cima da baliza, atira para mais uma enorme defesa com os pés.

    O Arsenal parecia estar melhor neste início de segunda parte, mas, aos 62 minutos, foi o Manchester United que voltou a marcar. Lingard saiu em contra-ataque com apensa um opositor, passou para o lado para Pogba, que correu, ultrapassou um defesa e assistiu Lingard para um golo fácil, o seu segundo golo da partida.

    A pouco mais de 15 minutos para o final do encontro, Pogba viu cartão vermelho após uma falta duríssima sobre Bellerín, onde o francês calcou a perna do lateral. Contrariedade para José Mourinho a poucos minutos dos 90, que perde também o médio para o dérbi de Manchester da próxima semana, frente ao primeiro classificado City.

    Até ao fim do jogo, foi o Arsenal a única equipa a tomar iniciativa. O United limitou-se a defender a sua baliza enquanto o adversário ia rodeando a área. A tática resultou, o Arsenal não marcou mais nenhum golo, e o resultado final foi mesmo o 1-3.

    Nova derrota do Arsenal num jogo grande e mais uma vitória do Manchester United, que continua a correr atrás do City na classificação. O resultado é justo, embora de Gea tenha tido muito impacto neste. Está lá para isso, é um dos melhores da equipa de Mourinho e hoje foi o melhor em campo.

    O mau início de jogo do Arsenal custou-lhes o resultado, mas há agora que olhar para a frente e para o que resta do campeonato. O espetáculo tem que continar.

     Foto de capa: SkySports

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    Nuno Couto
    Nuno Coutohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família portista, o Nuno não podia deixar de seguir o legado e faz questão de ser um membro ativo na ação de apoiar o seu clube, sendo presença habitual no Estádio do Dragão, inserido na claque Super Dragões. Para ele, o futebol é quase uma terapia, visto que quando está a assistir a algum jogo se esquece de todos as preocupações. Foi futebolista federado, mas acabou por entender que o seu papel era fora das quatro linhas, e também para seguir os estudos em Novas Tecnologias da Comunicação.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.