A CRÓNICA: SEM QUASE TOCAR NA BOLA, TOTTENHAM NÃO SABE O QUE É VENCER DO CHELSEA HÁ QUATRO JOGOS
Como era de se esperar, o derby londrino começou no típico ritmo da Liga Inglesa. Alta velocidade e rápido raciocínio estiveram presentes logo nos primeiros minutos em Stamford Bridge. O Chelsea FC rodeava e levava perigo apenas pelo lado esquerdo da defesa do Tottenham Hotspur FC, enquanto estes esperavam o melhor momento ou erro para concretizar um contra-ataque em velocidade.
A meio da primeira parte, o Chelsea bem que pressionava e criava certas oportunidades com Lukaku e Ziyech. Desta forma, com mais presença e mais posse da bola, o Chelsea gerou uma pequena vantagem, mas a proeminência de um jogo defensivo dos Spurs fez com que a partida permanecesse por 45 minutos sem qualquer finalização no fundo da baliza.
Por outro lado, com pouco menos de um minuto na segunda parte, Ziyech livre, dominou a bola e rematou de perna esquerda, para onde a coruja mora. A bola com classe beijou as redes da baliza de Lloris, que apenas ficou a olhar o golo digno do prémio Puskas.
Depois disso, a superioridade dos Blues aumentou exponencialmente. Ziyech manteve a sua movimentação com espaço e o Tottenham não teve tempo para assimilar o golpe adversário. Em menos de dez minutos, numa bola parada, Thiago Silva aproveitou um cruzamento de Mount e jogou a bola entre os defensores, para o fundo da rede.
A equipa visitante bem que mostrou algum rápido poder de reação, no entanto, a superioridade técnica e a imposição tática da equipa de Tuchel não deixou que o Chelsea sofresse maiores perigos após o segundo golo.
Desta forma, como foi observado na Taça da Liga Inglesa, o Chelsea aumenta para quatro jogos a sequência de vitórias contra o Tottenham. Por outro lado, os Spurs quebraram a invencibilidade de nove jogos que António Conte manteve no comando do Tottenham, na Liga Inglesa.
A FIGURA
Great match performance today, important 3 point. Good to be back. 💙✌️ pic.twitter.com/rVjWs9vYEa
— Hakim Ziyech (@HaZiyech) September 11, 2021
Hakim Ziyech – O ex-destaque do AFC Ajax, desde que chegou a Londres, enfrenta dificuldades para manter uma sequência de bons desempenhos. Porém, lentamente, o marroquino ganha o espaço esperado, especificamente em jogos como na noite deste domingo. Ziyech foi o principal nome no que se diz respeito ao ataque dos Blues. Grande movimentação, uma visão fora do comum, uma precisão e habilidade em toques e remates de longa distância fizeram com que o Chelsea saísse como vencedor no derby londrino.
O FORA DE JOGO
Great game to finish off a great month! Always nice to get on the scoresheet #COYS #3points #awaydays pic.twitter.com/KSxXwS9Fqa
— Ben Davies (@Ben_Davies33) September 30, 2017
Ben Davies – Num jogo em que muitos pontos negativos foram produzidos pelo Tottenham, Davies destaca-se por estar presente na maioria deles. Com baixíssima precisão de passe, a sua saída de jogo no setor esquerdo ficou comprometida. Além disso, a sua melhor qualidade, o poder defensivo, não foi suficiente para impedir a grande noite de Mount e Ziyech.
ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA FC
Mesmo em momento turbulento na época, o Chelsea manteve a tática padrão escolhida por Tuchel. Com um 4-1-4-1 sem a bola e um 4-3-3 no ataque, viu avanço de Mount pelo lado direito e por vezes troca de posição entre Jorginho e Kovacic. Face ao aumento da posse de bola do Tottenham no segundo tempo, Tuchel renovou o fôlego do meio-campo e novamente contou com a imposição física dos seus jogadores para manter a soberania no jogo.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Kepa (6)
Azpilicueta (4)
Rudiger (5)
Thiago Silva (7)
Sarr (6)
Jorginho (6)
Kovacic (6)
Mason Mout (7)
Ziyech (8)
Hudson-Odoi (6)
Lukaku (5)
SUBS UTILIZADOS
Kanté (6)
Saúl (6)
ANÁLISE TÁTICA – TOTTENHAM HOTSPUR FC
O italiano Antonio Conte, já há pouco mais de um mês sob o comando dos Spurs, cria maiores evoluções e características no plantel. Na parte ofensiva, o Tottenham iniciou com o costumeiro e consagrado 3-5-2. Porém, o grande poder ofensivo do Chelsea fez com que o mister italiano projetasse Tanganga para ajudar a parte defensiva, ao formar um setor defensivo com quatro jogadores.
Por outro lado, os alas Sessegnon e Doherty continuaram pelos lados do campo. Por fim, os dois avançados ficaram mais à frente para segurar e acelerar os contra-ataques. Após o primeiro golo, Conte rapidamente mudou o padrão tático para um 4-2-3-1, com a entrada de Lucas Moura como central, enquanto Bergwijn foi para o setor lateral do meio-campo.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Lloris (7)
Tanganga (6)
Sanchez (5)
Dier (5)
Davies (6)
Sessegnon (6)
Winks (8)
Doherty (7)
Hojbjerg (7)
Bergwijn (7)
Kane (7)
SUBS UTILIZADOS
Gill (5)
Lucas Moura (5)
O. Skipp (5)