Se tens Cole Palmer, tens tudo | Chelsea

    Quem os viu e quem os vê. Os anos passaram e Chelsea e Manchester United, dois grandes clubes ingleses, vêm de anos muito complicados a todos os níveis. Ao longo da semana várias foram as críticas. As épocas não estão a ser consistentes e as últimas exibições comprovam isso mesmo.

    Ambas as equipas chegaram a este clássico inglês vindas de empates a contar para a Liga Inglesa. O Chelsea entrou neste duelo vindo de uma receção desastrosa ao conjunto do Burnley (1-1), enquanto o Man United empatou diante do Brentford (2-2).

    Este que se nomeava o 195.º jogo entre os Blues e os Red Devils, perspetivasse muito equilibrado, e não pelas melhores razões. Sendo que os visitados posicionavam-se na 12.ª posição da tabela classificativa com 40 pontos, não esquecendo que nesta altura tinham menos dois jogos que os seus adversários diretos, e os visitantes no 6.º lugar com 48.

    A melhor defesa é, sem dúvida, o ataque…

    O equilíbrio previamente descrito rapidamente se dissipou. Aos quatro minutos, o internacional português, Diogo Dalot, perde a bola ainda em zona defensivamente e Malo Gusto assiste Gallagher que sem oposição finaliza e faz o primeiro na partida. Uma jogada que, à semelhança do duelo com o Brentford a transição defensiva e todos os processos que o definem foram esquecidos.

    Durante a primeira meia-hora do jogo, o Chelsea foi quem aproveitou melhor as debilidades do adversário. Já o United acumulava erros e com naturalidade os blues conquistaram uma penalidade e, posteriormente, a vantagem de dois golos com Cole Palmer a chegar ao 14.º tento na Liga Inglesa. Uma vez mais, os red devils a demonstrarem que enquanto não forem sólidos defensivamente não poderão dar o salto competitivo.

    Quem acaba por colocar o United em jogo foi o próprio Chelsea. Caicedo numa primeira instância a “meter água”, num erro que acontece, mas tem sido recorrente no jogo do equatoriano. E de seguida uma falha defensiva, onde Bruno Fernandes surge sozinho nas costas de Cucurella.

    Sem dúvida uma montanha-russa, algo que espelha a época das duas equipas. Há qualidade no último terço, mas defensivamente são muito permeáveis.

    Ataque contra a ataque

    Com a necessidade de vencer, o jogo partiu-se. Tanto o United como os blues pressionavam, mas sem êxito. Facilmente os dois conjuntos saiam da pressão e chegavam, quase sempre, em superioridade numérica ao último terço.

    E o clássico ficou ao gosto do Manchester United que, nos dias de hoje, é a forma como se sentem mais confortáveis e com a “ajuda” de Badiashile, os visitantes fazem a reviravolta com Anthony (que jogão) a “trivelar” para Garnacho cabecear.

    Após este momento, a partida remou apenas para um lado, a baliza de Onana. No entanto, o Chelsea não conseguiu criar uma oportunidade clara de golo. E a prova disso são as substituições de Pochettino: Sterling, Chukwuemeka, Madueke foram as cartas lançadas e tiveram impacto.

    Madueke conquista o penálti que daria a igualdade, onde Cole Palmer começaria a escrever mais um capítulo na sua história. Posteriomente, e com mais uma desatenção do United, o “20” dos blues levaria o Stramford Bridge à loucura com o 4-3, numa das partidas do ano, não pelo espetáculo futebolísitico, mas sim pela “chuva” de golos.

    Um resultado que espelha o que estão a ser as épocas. Os blues apenas se podem queixar de si próprios por não terem segurado, desde cedo, o resultado. Estiveram a vencer por dois golos e não foram consistentes, novamente, para segurar a vantagem, dando motivação para que o Man United corresse atrás do prejuízo. Acabam por vencer, mas não apaga os erros que existiram.

    Destacar a afirmação de Garnacho no Manchester United. Numa época, onde os resultados e os destaques são poucos na equipa de Erik Ten Hag, o argentino, jogo após jogo, dá sinais de melhorias, seja ao nível da tomada de decisão como na representatividade na relação com os adeptos. Salientar, também, a exibição de Anthony que depois de uma aura de negatividade a rondar o seu jogo, prova que é capaz de responder em campo.

    E por fim, Cole Palmer, novamente ele, a ser o “algo a mais” neste Chelsea. Hat-trick e uma exibição que fica para a eternidade. Além dos golos que são decisivos, é pelo inglês que todo o jogo londrino fluí. Sem dúvida um dos principais nomes desta edição da Liga Inglesa.

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    Miguel Costa
    Miguel Costa
    Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.