Diogo Jota | De olhos postos no Euro 2020 com ajuda portuguesa

    Liga Inglesa é, indiscutivelmente, a melhor liga do mundo, e por isso a mais desejada pela maior parte dos jogadores, incluindo Diogo Jota. É como se de um planeta à parte se tratasse, onde a cultura futebolística é bem distinta da dos outros países, o que a torna tão especial. Nos últimos anos tornou-se numa realidade cada vez mais presente para nós, portugueses, uma vez que um grande leque de jogadores que passaram pelo nosso campeonato se tem vindo a transferir para solo britânico.

    De todos, eu destacaria aqueles que não tiveram um sucesso por aí além em Portugal, mas que agora são peças importantes nas respetivas equipas. E é neste âmbito que se evidencia a equipa mais portuguesa de Inglaterra, o Wolverhampton, que adquiriu jogadores como Willy Boly, Rúben Neves, Pedro Neto, Raul Jimenez e Diogo Jota. Todos eles foram pouco aproveitados em Portugal, mas estão atualmente a fazer uma grande época nos “Lobos”.

    Destes 5 creio que há um que, esta temporada, se tem sobressaído pelas belas exibições que tem feito e pelos números que tem conseguido. É Diogo Jota, ex-jogador do Futebol Clube do Porto, que parece ter encontrado no Molineux a rampa de lançamento para palcos ainda maiores.

    É verdade que a temporada não começou da melhor forma, algo que foi visível em toda a equipa, que não conseguia obter resultados interessantes. À medida que os jogos foram passando, a equipa de Nuno Espírito Santo encontrou-se e começou a praticar bom futebol, fazendo assim com que os seus craques se fossem mostrando. Atravessam agora um grande momento de forma, que parece andar ao ritmo do português dono da ala esquerda dos Wolves. Nas últimas três partidas em que participou, Jota faturou seis vezes e esteve em oito dos dez golos que a equipa marcou. Depois do hat-trick frente ao Espanhol para a Liga Europa, voltou a fazer das suas contra o Norwich, onde apontou dois golos no espaço de 11 minutos. Na última jornada, contra o Tottenham, esteve na jogada do primeiro golo, marcou o segundo, e assistiu para o terceiro, numa arrancada de génio, onde deixou para trás três adversários, consumando assim a reviravolta que lhes daria os três pontos.

    Fonte: Wolverhampton Wanderers FC

    Com a equipa a produzir tanto e com tanta qualidade, é de prever que esta excelente forma se venha a manter, e se assim for, importa já começar a especular sobre o futuro do jogador. O primeiro objetivo é certamente a nível coletivo, que se prende com o alcance de lugares que dão acesso à Liga dos Campeões. Com Liverpool e Leicester basicamente “apurados” e com a exclusão do Manchester City das provas europeias, a luta promete-se acesa entre Chelsea, United, Wolves, Tottenham e até Sheffield.

    Depois, num futuro um pouco mais distante, é obviamente relevante o Campeonato da Europa que se aproxima. Fernando Santos tem à sua disposição jogadores de enorme qualidade, e Diogo Jota terá que ser uma dor de cabeça para o selecionador nacional. Gonçalo Guedes, que tem vindo a ser aposta do lado esquerdo, está muito longe da sua melhor forma e creio que não será a principal solução. Há ainda extremos/alas de muita qualidade como Bernardo Silva, Rafa, Bruma, Pizzi ou João Mário, mas a continuar assim, o jogador de 23 anos terá certamente lugar na convocatória, e até no 11 inicial da seleção portuguesa.

    Para além disto, importa também a próxima temporada. É verdade que o Wolverhampton se tem vindo a tornar num grande clube, mas está ainda distante daquelas que consideramos como as grandes equipas europeias. Diogo Jota é, jogo após jogo, o jogador mais da turma dos Lobos, e com apenas 23 anos poderá perfeitamente chegar a uma equipa de topo, e afirmar-se como peça fulcral no esquema de qualquer treinador.

    Todos estes objetivos dependerão de como vai decorrer o resto da temporada. Faltam ainda 10 jogos no campeonato e o objetivo do quinto lugar parece mais que possível. A par disso há ainda a Liga Europa, competição onde o português parece gostar de brilhar. A próxima eliminatória será contra o Olympiakos, de Pedro Martins, e as hipóteses de passarem à próxima fase parecem também bastante boas.

    O fim ainda está longe, e é difícil de prever como tudo irá acabar. Assim, a única certeza com que ficamos é de que temos aqui um jogador de enorme qualidade que, se continuar nesta forma soberba, nos irá ajudar muito na competição que todos queremos voltar a ganhar.

    Foto de Capa: Wolverhampton Wanderers FC

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    Guilherme Vilabril Rodrigues
    Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.