Se o meu colega João Martins escrevia ainda esta semana sobre a “guerra dos tronos”, fazendo alusão à luta renhida pela glória final no campeonato Inglês, eu, por outro lado, aproveito para referir a luta dos “pequeninos”. Fulham, Cardiff e Sunderland batalham pelo direito de continuar na, considerada por muitos, melhor liga do mundo. E, por favor, desenganem-se se pensam que qualquer uma destas equipas já não tem hipótese de assegurar a manutenção. Se há coisa que aprendi a ver a Premier League é que não há impossíveis; depois do título do Manchester City nos últimos segundos, quando no campo do rival já se festejava, eu acredito em tudo.
E acredito, até porque já vi acontecer, que as equipas do fundo da tabela podem perfeitamente ganhar às equipas que estão no topo. Aliás, todos podem ganhar a todos. Talvez seja essa a maior atracção, pelo menos para mim, do escalão principal das terras de Sua Majestade. Portanto, os cinco, seis e sete pontos que separam o Fulham, Cardiff e Sunderland, respectivamente, da linha de água não significam nada quando ainda há cinco jornadas por disputar, sendo que o Sunderland ainda tem três jogos em atraso.
É certo que, como já referi, qualquer um pode ganhar a uma equipa que luta pelos lugares cimeiros. No entanto, convém ter em mente que o Norwich – equipa que milita o 17º lugar – não tem um calendário nada simpático para as últimas jornadas. Vai jogar no terreno do Fulham num jogo que poderá ser decisivo para a equipa londrina, de seguida recebe o Liverpool, depois joga fora contra o Manchester United, volta a Londres para jogar em Stamford Bridge e finaliza a campanha a receber o Arsenal. Ou seja… o futuro não se agoira nada risonho para a equipa do ex-Sporting Wolfswinkel – que teve uma campanha excepcional, com 22 jogos e um golo.
Resta-nos apenas esperar para ver o que se vai passar na recta final deste sempre emocionante campeonato. Será que os três “patinhos feios” desta edição vão conseguir atingir a manutenção? Ou será que a equipa do Norwich vai dar uma de David e derrubar um, ou vários, Golias?