Liverpool FC 1-1 Chelsea FC: Lição de bem defender

    A CRÓNICA: “BLUES” TREMEM, MAS NÃO CAEM

    O duelo mais aguardado da terceira jornada da Liga Inglesa opôs Liverpool FC e Chelsea FC, com Anfield Road uma vez mais a servir de palco a grandes emoções. O embate entre dois recentes campeões europeus de clubes prometia e o ambiente na cidade dos Beatles esteve frenético de início ao fim!

    Em campo, no meio da “constelação” presente, o foco principal estava sobre o duelo direto entre Virgil van Dijk e Romelu Lukaku, dois dos jogadores fisicamente mais capazes desta Liga Inglesa.

    Os primeiros avisos foram do Liverpool, com Harvey Elliott a afinar a mira de longa distância e Jordan Henderson a falhar a resposta a um cruzamento de Trent Alexander-Arnold de forma clamorosa. Todavia, quem disferiu o primeiro golpe certeiro foi o Chelsea: canto cobrado por Reece James para o primeiro poste e Kai Havertz a aparecer com uma cabeçada exímia, fazendo um “chapéu” a Alisson. Notável finalização do criativo germânico.

    Apesar do golo dos “Blues”, foram os homens de Jurgen Klopp a manter vantagem nos números de posse de bola e a rondar durante mais tempo a área adversária. A recompensa chegou em cima do intervalo, num lance que teve tanto de caricato como de confuso e que terminou em penálti a favor do Liverpool. Reece James cometeu infração para castigo máximo e acabou mesmo expulso na sequência do lance. Na conversão do castigo máximo, Salah enganou Mendy e repôs a igualdade no marcador.

    Na segunda parte, os “Reds” entraram com uma postura ainda mais ofensiva, muito fruto da superioridade numérica de que passaram a gozar. Do lado do Chelsea, as saídas para o ataque valiam-se da condução de Mount ou Kovacic, ou então do jogo direto para Lukaku.

    O Liverpool tentou a meia e a longa distância, tentou levar a bola até à linha de golo e também tentou aproveitar os cruzamentos teleguiados de Trent e de Robertson, mas a linha recuada do Chelsea parecia estar intransponível. Era caso para dizer que os “Reds” podiam tentar durante todo o fim de semana, mas não conseguiam ultrapassar o sólido bloco defensivo dos londrinos.

    Até final, a melhor oportunidade até pertenceu aos “Blues”, com Kovacic a rematar para uma boa intervenção de Alisson. A resiliência e a coesão defensiva do Chelsea valeram um ponto aos homens de Tuchel numa difícil deslocação a Liverpool.

     

    A FIGURA

    César Azpilicueta – A central ou como ala direito, foi “pau para toda a obra”. No dia em que completa 32 anos e no qual fez o jogo 300 na Liga Inglesa, teve a melhor recompensa de todas ao capitanear a equipa numa exibição defensiva praticamente irrepreensível. Um dos jogadores mais subvalorizados do futebol inglês.

     

    O FORA DE JOGO

    Sadio Mané – Depois de ter começado bem a temporada, o extremo senegalês esteve desaparecido deste encontro. Pouco envolvido nas ações ofensivas do Liverpool, pedia-se que fosse um dos motores da reviravolta da equipa, mas esteve sempre longe da ação. A equipa sentiu a sua falta.

     

    ANÁLISE TÁTICA – LIVERPOOL FC

    Dispostos em 4-3-3, os “Reds” puxaram para si o controlo da posse de bola e tentaram rendilhar o seu futebol junto à área adversária. Perante um bloco defensivo do Chelsea sempre muito fechado, a velocidade de Salah e Mané foram as principais armas ofensivas do Liverpool, constantemente apoiados por Alexander-Arnold e Robertson. Por vezes, faltou objetividade ao ataque da equipa de Jurgen Klopp, algo que melhorou na segunda parte devido à superioridade numérica.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Alisson Becker (6)

    Trent Alexander-Arnold (6)

    Virgil van Dijk (6)

    Joel Matip (6)

    Andrew Robertson (5)

    Fabinho (6)

    Jordan Henderson (6)

    Harvey Elliott (5)

    Mohamed Salah (6)

    Roberto Firmino (5)

    Sadio Mané (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Diogo Jota (5)

    Thiago (5)

    Tsimikas (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA FC

    Uma lição de como defender! Durante a maior parte do tempo, os londrinos dispuseram-se em 5-2-3. Os dois alas juntaram-se aos três centrais para criar um bloco praticamente intransponível, apoiado ainda pelo duplo-pivô formado por Jorginho e Kanté. Nas saídas para o ataque, prejudicadas pela expulsão, as “três setas” apontadas à baliza de Alisson, Havertz, Mount e Lukaku, foram os principais dinamizadores das ofensivas dos “Blues”.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Édouard Mendy (6)

    Reece James (5)

    César Azpilicueta (6)

    Andreas Christensen (6)

    Antonio Rudiger (6)

    Marcos Alonso (6)

    Jorginho (6)

    N’Golo Kanté (6)

    Mason Mount (5)

    Kai Havertz (6)

    Romelu Lukaku (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Thiago Silva (6)

    Mateo Kovacic (6)

    Trevoh Chalobah (-)

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    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.