O empate fica-lhes bem | Manchester City FC 1-1 Liverpool FC

    Era o duelo mais aguardado da 13.ª jornada da Premier League, ou não se tivessem defrontado no Estádio Etihad os dois primeiros classificados, separados apenas por um ponto. O líder Manchester City FC procurava uma vitória para ficar ainda mais destacado no topo da classificação, enquanto o Liverpool FC queria vencer num campo difícil e ultrapassar a formação orientada por Pep Guardiola. O técnico espanhol utilizou o esquema tático 3-2-4-1 e fez alinhar de início Rúben Dias e Bernardo Silva. Já Jurgen Klopp optou pelo seu já enraizado 4-3-3, com Diogo Jota no onze a jogar pela esquerda do ataque dos reds.

    O equilíbrio inicial entre ambas as equipas era expectável e foi isso que se verificou no primeiro quarto de hora. Os citizens entraram mais à vontade na partida, ou não estivessem a atuar perante o seu público, enquanto o Liverpool FC procurava mais o contra-ataque. Deixar jogar o adversário e ver no que dá, foi essencialmente isso que o conjunto da cidade dos Beatles quis dar a entender, que a espaços faziam uma pressão mais baixa. Mas foi precisamente o Liverpool FC a dar o primeiro ar da sua graça, por intermédio de Darwin Núñez, mas Ederson negou-lhe o golo com uma boa intervenção.

    Do lado do Manchester City FC, começava a dar nas vistas Jérémy Doku, um extremo direito de apenas 21 anos com bastante técnica e muito perigoso em situações de um para um. A defesa do Liverpool FC estava algo nervosa e isso parece ter contagiado o seu guarda-redes. E quando estamos a entrar em época natalícia, Alisson Becker quis fazer de pai natal e ofereceu uma prenda a Erling Haaland. O guardião brasileiro fez um mau passe, a bola foi ter com Nathan Aké e este serviu de bandeja o avançado norueguês, que assim se tornou no jogador mais rápido de sempre a chegar aos 50 golos na Premier League.

    Rúben Dias Manchester City FC
    Rúben Dias bem tentou marcar, mas a bola saiu por cima
    Fonte: Manchester City FC

    A vantagem do Manchester City FC aceitava-se, pois o Liverpool FC nunca conseguiu ser dominante nas transições defesa-ataque, e o seu meio-campo não estava a conseguir travar as investidas daquela linha de quatro jogadores de características mais ofensivas, como Phil Foden, Julián Álvarez, Bernardo Silva e Doku. E os citizens só não levaram uma vantagem de dois golos para a segunda parte, porque Alisson redimiu-se do disparate que tinha acabado de fazer e estragou a festa a Foden com uma grande defesa. O segundo tempo continuou com o Manchester City FC a jogar de forma tranquila, um pouco à imagem do que já tinha acontecido nos primeiros 45 minutos. Jurgen Klopp viu que o filme do jogo não se alterava e fez entrar novos atores na partida, sendo Diogo Jota um dos sacrificados. Para o seu lugar entrou Luis Díaz, ele que vinha com a confiança em alta, depois do bis pela seleção da Colômbia.

    O Liverpool FC continuava sem criar muitas oportunidades, muito por culpa do central Aké, que fez uma grande exibição, qual muralha, pois ali não passou nada. O único que conseguia criar perigo junto da área dos citizens era Darwin Núñez, mas mais uma vez Ederson disse não ao avançado uruguaio. Pep Guardiola não mexia na equipa e acabou mesmo por não fazer nenhuma substituição no tempo regulamentar. Não é uma situação inédita, mas também não é muito normal uma equipa começar e acabar com o mesmo onze. Talvez por isso, ou por algum excesso de confiança por parte do treinador espanhol, a equipa foi mantendo a posse de bola e convicta que a vantagem mínima era suficiente para levar os três pontos.

    Mas no futebol já se sabe que isso por vezes paga-se caro, e quando faltavam 10 minutos para o fim do tempo regulamentar, Alexander-Arnold fez gelar as bancadas do Ethiad com o empate, após assistência de Mohamed Salah. Até final, ambas as formações foram em busca da vitória, mas a divisão de pontos acaba por se aceitar, apesar do maior domínio do Manchester City FC em todo o encontro. Diria mesmo que este empate soube melhor para os reds, pois não viram o seu rival fugir ainda mais na classificação. Quem pode ganhar com isto é o Arsenal FC, que caso vença hoje o seu compromisso, passa a ser o novo líder da Premier League.

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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.