Manchester City FC 2-3 Liverpool FC: Mais uma final para o Liverpool

    A CRÓNICA: JOGO RESOLVIDO EM PRIMEIRA PARTE PERFEITA DOS REDS

    O Liverpool FC venceu o Manchester City FC por 3-2, em Wembley, apurando-se assim para a final da Taça de Inglaterra. A equipa de Klopp esteve a ganhar por três golos.

    A primeira parte foi completamente controlada pelo Liverpool. O City tentou sempre construir jogo desde trás, mas a pressão dos reds neutralizou toda a estratégia dos citizens.

    Aos nove minutos, o Liverpool confirmou a força que tem nas bolas paradas: canto de Andy Robertson e elevação de Konaté para o primeiro golo. Aos 17 minutos, dá-se um erro colossal do guarda-redes do City, Zack Steffen, que recebe mal a bola com os pés e vê Sadio Mané interceptar de carrinho para dentro da baliza.

    Mesmo em cima do intervalo, num trabalho entre Alexander-Arnold e Thiago, o médio espanhol levanta para Mané e este atira para o fundo das redes, carimbando a vantagem de três golos com que o Liverpool saiu para o intervalo.

    Houve apenas um remate da parte dos citizens na primeira parte. Os reds tiveram eficácia total nos remates à baliza no primeiro tempo e tiveram mais posse de bola (54%).

    Com apenas dois minutos jogados na segunda parte, o City consegue reduzir o marcador, após finta de Gabriel Jesus na área do Liverpool e finalização de Jack Grealish. Os comandados de Pep Guardiola melhoraram substancialmente o desempenho em relação aos primeiros 45 minutos. Por duas vezes, Gabriel Jesus apareceu na cara de Alisson, mas em ambas as ocasiões viu o compatriota negar-lhe o golo.

    Já a melhor ocasião da turma de Klopp na segunda parte passou por um erro de Zinchenko. O defesa atrasa a bola de cabeça na direção de Steffen. Salah desvia a bola, picando-a para a malha lateral. E é apenas nos descontos que o City faz o segundo golo, numa incursão de Ryhad Mahrez, que assiste para o tento de Bernardo Silva.

    Esta é mais uma final para a qual o Liverpool se apura. Já venceu a final da Taça da Liga frente ao Chelsea FC e também está nas meias finais da Liga dos Campeões, onde vai defrontar o Villarreal, havendo a hipótese de encontrar o City na final da prova.

    Klopp está, esta época, a quebrar a maldição que tem tido nas Taças, onde não tem obtido qualquer sucesso pelos reds. Em sentido inverso, o sucesso de Guardiola neste tipo de competições em Inglaterra não se repetiu este ano. Até mesmo na Supertaça foi derrotado, no caso pelo Leicester City.

    A FIGURA

    Liverpool Benfica
    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Sadio Mané – Teve mais um desempenho de alto nível. Está claramente muito bem adaptado ao papel de referência ofensiva da equipa, quando Luís Díaz joga e atua pela esquerda. O ataque do Liverpool fica muito forte na transição com estes dois em campo e a equipa também fica enérgica na pressão.

    Curiosamente, nenhuma das equipas joga com uma referência ofensiva clássica. O esquema de Guardiola resulta muitas vezes. No entanto, desta vez foi Klopp quem preparou melhor a estratégia, com uma pressão muito forte na primeira parte, a começar pelo avançado centro, Sadio Mané.

    O FORA DE JOGO

    Zack Steffen – Não tem, de todo, a destreza no jogo de pés de Éderson. O que é facto é que o City não muda a forma de sair a jogar apesar disso. Neste jogo, essa coerência saiu cara. Depois do erro que cometeu, notou-se que passou a arriscar menos. Mesmo assim, ainda ofereceu uma possível bola de golo a Roberto Firmino já nos descontos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER CITY FC

    O Manchester City apresentou-se num 4x3x3 que por vezes se transformava em 4x4x2. Grealish preencheu o espaço central do ataque. Foden recuou para o meio campo. Esta solução não teve o sucesso que Guardiola tem alcançado com a colocação de Foden como falso nove.

    No último jogo entre as duas equipas, os citizens colocaram muito mais bolas longas. Desta vez, procuraram com insistência sair a jogar desde trás. Foram menos pragmáticos.

     

    ONZE INICIAL

    Steffen – 3

    Cancelo – 6

    Stones – 5

    Aké – 5

    Zinchenko – 5

    Fernandinho – 5

    Bernardo Silva -6

    Foden – 6

    Jesus -7

    Sterling -6

    Grealish -6

    SUBS UTILIZADOS

    Mahrez – 4

     

    ANÁLISE TÁTICA – LIVERPOOL FC

    O Liverpool teve uma primeira parte exuberante. Não é fácil ter mais bola que o City, mesmo para o Liverpool. A capacidade de pressão e recuperação de bola foi elevadíssima.

    As escolhas de Klopp mostraram-se certeiras: Konaté voltou a marcar, este trio meio campo continua sólido e este ataque mais móvel continua a causar muitos dissabores às defesas contrárias.

     

    ONZE INICIAL

    Alisson – 7

    Alexander-Arnold -7

    Konaté -8

    Van Dijk -8

    Robertson -7

    Fabinho -7

    Thiago -8

    Keita – 7

    Salah -7

    Luís Díaz – 8

    Mané -9

    SUBS UTILIZADOS

    Henderson -4

    Jones – 3

    Jota- 3

    Firmino – 4

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Miguel Bravo Morais
    Miguel Bravo Moraishttp://www.bolanarede.pt
    O Miguel atualmente reside em Lisboa. Quis seguir Jornalismo, área em que se licenciou na Escola Superior de Comunicação Social, porque gosta de aprender um pouco todos os dias. Na Escola Primária, usava uma camisola do Rui Costa três vezes por semana. Muitas vezes chorou com o futebol. Com o passar dos anos, tornou-se um estudioso do fenómeno. Hoje, o que o faz vibrar é a inteligência tática dos jogadores e das equipas, mas isso não significa que não tenha a mesma paixão, que não chore, que não grite.