A CRÓNICA: EMPATE EM CASA OBRIGA OS REDS DEVILS A UM “MILAGRE” POR UM LUGAR NA LIGA DOS CAMPEÕES
O Manchester United FC recebeu esta quinta-feira, dia 28 de abril, o Chelsea FC num jogo onde além dos 3 pontos se disputava o futuro europeu da equipa de Manchester.
Duas equipas em fases completamente diferentes. Um United débil, vindo de duas derrotas pesadas contra Liverpool FC (4-0) e Arsenal FC (3-1), contra um Chelsea, que apesar da instabilidade exterior que enfrenta, se apresentava tranquilo e confiante por já ter lugar garantido na Liga dos Campeões em 2022/23.
Uma primeira parte controlada pelos londrinos, com algumas oportunidades (maioritariamente dos Blues) e onde, mais uma vez, De Gea ia mantendo em jogo a equipa orientada por Ralf Rangnick. Do lado do Chelsea ia-se destacando Reece James, autor dos lances de maior perigo, aproveitando a “anarquia” defensiva dos Reds e criando superioridade no lado direito, juntamente com Mason Mount.
We’ve had more in the way of chances but still all even! ⚖️#MunChe pic.twitter.com/grSQqQ3KM0
— Chelsea FC (@ChelseaFC) April 28, 2022
Na segunda parte a história repetiu-se. Chelsea por cima e sempre mais perto de chegar ao golo, contra um Manchester “pálido” e sem forças. Aos 60 minutos, e com alguma naturalidade, os Blues chegam ao golo em mais uma incursão de Reece James pelo lado direito e que terminou num belo golo de Marcos Alonso, inaugurando assim o marcador.
Dois minutos depois, e contra a corrente do jogo, numa das primeiras vezes em que os Red Devils pressionaram alto, um erro da equipa londrina permite a Matic isolar Cristiano Ronaldo que voltou a igualar o marcador, e assim se manteve até ao fim.
A FIGURA
The cleanest connection on that left foot! 🖇#MunChe pic.twitter.com/dFQ9N3WCCv
— Chelsea FC (@ChelseaFC) April 28, 2022
Reece James – Mais um “jogaço” do lateral inglês, que vem confirmar a grande época que está a realizar. Uma autêntica locomotiva no corredor direito do Chelsea, que parece ter dois ou três pulmões. Uma verdadeira dor de cabeça para os Red Devils durante todo o jogo.
O FORA DE JOGO
“Ele [Rashford] precisa fazer mais. Toda vez que o vejo se aquecendo, ele está sempre sorrindo. Não gosto de jogadores que sorriem demais. Você pode sorrir quando marca um gol, mas sorri no aquecimento?”
– Roy Keane pic.twitter.com/cXIeExY4fm
— TheatreOfDreamsBR🔴🇧🇷 (@br_theatre) April 28, 2022
Marcus Rashford – Jogo muito negativo do avançado inglês, muito por culpa do homem citado anteriormente. Com bola sempre muito desligado da equipa e com uma clara quebra de confiança, não parece, de todo, o mesmo jogador de épocas anteriores. Além disso falhou bastante no processo defensivo, deixando Alex Telles (principalmente) em inferioridade numérica bastantes vezes.
ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER UNITED FC
Os comandados por Rangnick entraram em campo no típico 4-2-3-1, com Ronaldo como referência ofensiva. Atrás de si, Bruno Fernandes ao centro, Rashford à esquerda e Elanga à direita. Mais uma vez o United optou por dar a iniciativa de jogo ao adversário, não pressionando a primeira fase de construção dos Blues.
Como referido anteriormente, este Manchester vive uma verdadeira “anarquia” defensiva nos dias de hoje (7ª pior defesa do campeonato), e neste tipo de jogo, onde maior parte do tempo é passado a defender, as debilidades são notórias e gritantes.
Deficiente acompanhamento defensivo perante os laterais do Chelsea, o que obrigava os médios defensivos (Matic e McTominay) a cair nas laterais, criando assim um fosso enorme entre o meio-campo e a defesa, espaço aproveitado pelos criativos da equipa visitante.
Ofensivamente, pouco a dizer, alguns bons momentos de Elanga, Bruno e Cristiano, e até de Mata (entrada aos 79 minutos, juntamente com Phil Jones e onde o Manchester passou a jogar em 3-5-2) mas nada capaz de assustar verdadeiramente a equipa londrina.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
De Gea (6)
D. Dalot (5)
V. Lindelof (5)
R. Varane (5)
Alex Telles (5)
Scott McTominay (5)
N. Matic (7)
A. Elanga (6)
Bruno Fernandes (6)
M. Rashford (4)
C. Ronaldo (7)
SUBS UTILIZADOS
Phil Jones (-)
Juan Mata (6)
A. Garnacho (-)
ANÁLISE TÁTICA – CHELSEA FC
Apesar do resultado amargo, jogo muito completo e de grande personalidade dos londrinos. Os comandados por Thomas Tuchel entraram em campo no seu usual 3-4-1-2 (ou 3-4-2-1 em vários momentos de jogo), com um triângulo ofensivo constituído por Mount, Werner e Havertz, que não deu referências de marcação durante todo o jogo.
Uma equipa energética, confiante e que entrou em campo, desde o 1º minuto, para conquistar os 3 pontos. Sempre com muita bola, o Chelsea aproveitava a falta de pressão do Manchester United para sair a três, com os laterais bastante abertos, e ligando o jogo por dentro através de Jorginho e Kanté, que rapidamente faziam a bola chegar ao seu meio-campo ofensivo.
Como referido anteriormente, os Blues aproveitaram-se bastante dos erros defensivos da equipa da casa, fosse a constante superioridade numérica nos corredores, fosse o espaço entre a defesa e meio-campo do adversário.
Defensivamente quase irrepreensível, a equipa de Tuchel ganhou quase todas as segundas bolas (com Kanté fica sempre mais fácil), recuperava a bola ainda no meio-campo contrário, e praticamente não deixou o Manchester criar perigo junto da baliza de Mendy.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Mendy (6)
C. Azpilicueta (6)
T. Silva (6)
Rudiger (6)
R. James (8)
N. Kante (7)
Jorginho (6)
M. Alonso (7)
Mason Mount (6)
Timo Werner (6)
Kai Havertz (6)
SUBS UTILIZADOS
Lukaku (5)
C. Pulisic (5)
R. Loftus-Cheek (-)
Rescaldo redigido por Renato Soares