McTominay decide clássico a favor do United

    Dois históricos do futebol inglês chegaram a este clássico com histórias completamente diferentes dos duelos anteriores. O Manchester United FC vinha de uma derrota, em St. James Park, por uma bola a zero e tendo apenas um remate à baliza do Newcastle UFC, em mais uma exibição para esquecer da turma de Ten Hag, que semana após semana vivem uma “novela”. Os visitantes, chegavam moralizados após uma vitória frente ao Brighton & Hove Albion FC de De Zerbi (3-2) e com o objetivo de vencer, novamente, em Old Trafford, algo que não acontece desde 2013.

    Olhando para a necessidade de vencer de ambas as equipas, a primeira parte demonstrou isso mesmo, principalmente do lado dos Red Devils. Intensos, rápidos ainda que a pecarem muito na tomada de decisão no último terço. De relembrar que o United perdeu um penálti batido por Bruno Fernandes.

    Contudo, a vantagem justa analisando os primeiros 25 minutos acabou por surgir de forma natural com o suspeito do costume, Scott McTominay que voltou a fazer um jogo muito competente. Do lado do Chelsea FC, a agressividade do Mancheste United foi um “osso duro de roer” para sair da pressão, mas aquando saiam e a defesa adversária ficava exposta, o “festival” de erros, uma vez mais, era evidente, com Onana a ter que intervir por diversas vezes. A falta de acerto de Nikolas Jackson e Mudryk foram a salvação para um barco que temia em não parar de afundar. E o golo de um dos craques da liga inglesa, Cole Palmer, veio confirmar isso mesmo.

    Na segunda metade o equilíbrio foi mais óbvio, com o Chelsea a ter muitos momentos de controlo em posse e a conseguir que os Red Devils não criassem oportunidades, mas o futebol por vezes é injusto e apesar de uma maior preponderância ofensiva dos visitantes, a vantagem voltaria para o “Manchester United de McTominay” que se isola na lista de marcadores da equipa com seis tentos, algo que simboliza bem o momento do clube. Com todo o respeito ao internacional escocês, mas há nomes no plantel, à cabeça Bruno Fernandes e Rasmus Hojlund, que deveriam ocupar este posto.

    De qualquer forma, é inequívoco dizer que o “39” do United tem sido importante, além dos golos, para a equipa. A sua inteligência para fazer os movimentos de rotura para a área decidem jogos, a forma como é sempre muito correto a jogar, seja ofensiva ou defensivamente dá segurança aos seus colegas e consequentemente, é fulcral para os resultados positivos do Manchester United.

    Um clássico que espelhou bem as lacunas defensivas dos dois conjuntos, pois no último terço há muita qualidade e se não houvesse dois guarda-redes inspirados o resultado podia ter sido bem diferente.

    No entanto, e apesar destes erros que falo, esta foi uma das melhores exibições do Manchester United, em tempos, e tendo abdicado de nomes importantes como o Rasford e Varane, por exemplo, o treinador neerlandês, Ten Hag sai com méritos e a três pontos do Manchester City.

    Em suma, é uma vitória que pode ser um “abre olhos” para a equipa de Manchester que vem de semanas amargas, tanto dentro como fora das quatro linhas. O Chelsea, que vinha de uma toada positiva, esbarra contra um improvável McTominay e, num Onana que acabou por ser fundamental em dois ou três momentos para segurar a vitória do United.

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    Miguel Costa
    Miguel Costa
    Licenciado em Jornalismo e Comunicação, o Miguel é um apaixonado por desporto, algo que sempre esteve ligado à sua vida. Natural de Santiago do Cacém, o jornalismo desportivo é o seu grande objetivo. Tem sempre uma opinião na “ponta da língua”, nunca esquecendo a verdade desportiva. Escreve com acordo ortográfico.