A última dança no Teatro dos Sonhos. Para o treinador, um dia triste. Para milhões e milhões de adeptos de futebol, um dos dias mais aguardados dos últimos tempos: a demissão de Ole Gunnar Solskjaer.
Se, em tempos, levou o Manchester United FC à glória e ao céu, hoje em dia estava a enterrá-lo em direção ao inferno do fracasso. Tal como o ZeroZero perguntou a Fernando Santos, como é que um clube com tanta qualidade e talento, joga tão pouco futebol? Culpa inteiramente do treinador. Quem não sabe dançar, diz que a sala está torta.
Manchester United can confirm that Ole Gunnar Solskjaer has left his role as Manager.
Thank you for everything, Ole ❤️#MUFC
— Manchester United (@ManUtd) November 21, 2021
Com contrato até 2024, Solskjaer estava no comando técnico desde dezembro de 2018. Foram 92 vitórias, 35 empates, 41 derrotas e zero troféus em 168 jogos, como treinador. A realidade é que a onda de maus resultados já estava forte de mais e a derrota pesada de 4-1 frente ao Watford FC foi a gota de água.
Na Liga Inglesa, ocupa o sétimo lugar a seis pontos da zona de Liga dos Campeões e a 12 pontos do primeiro lugar. Algo impensável para um clube da dimensão do Manchester United FC. E mais, nos últimos sete jogos apenas venceu um.
No lugar da vitória, veio a humilhação: em casa, perdeu o dérbi de Manchester (0-2), foi destruído pelo Liverpool FC (0-5), superado pelo Aston Villa FC (0-1) e, ainda, eliminado pelo West Ham United FC (0-1) na Taça da Liga Inglesa (EFL Cup). Não esquecendo que, fora de portas, ainda encheu o saco com quatro bolas do Leicester City FC.
Na Liga dos Campeões, por sorte ou por Cristiano Ronaldo, os resultados ainda apareceram e lideram o grupo F com sete pontos, os mesmos que o Vilarreal CF. Ainda assim, com o seu lote riquíssimo de jogadores, estão muito aquém das expetativas com performances pobríssimas, em qualquer competição.
Aliás, durante a sua estadia em Manchester, o que o salvou muitas vezes foi a qualidade individual, pois o coletivo e o trabalho tático que apresentou foi fraquíssimo. E por isso, afirmo o que a maioria acredita: finalmente, Solskjaer é despedido.
Por incrível que pareça (ou não), é o primeiro treinador do Manchester United FC a não conseguir ganhar um troféu, depois da era Sir Alex Fergurson. E se continuasse no cargo, este ano seria mais do mesmo.
Contudo, o treinador norueguês não sai de mãos a abanar. De acordo com a imprensa inglesa, receberá uma indemnização à volta de nove milhões de euros. Muito “papel” para um trabalho tão mau.
Ainda assim, a sua fase negra enquanto treinador não poderá apagar o seu legado enquanto jogador. Apesar de tudo, Ole Gunnar Solskjaer será sempre uma lenda do clube.
Substituição de treinadores, em Manchester. Sai Solskjaer, mas falta entrar alguém. A pergunta é: quem?
Para já, Michael Carrick fica como treinador interino, mas naturalmente já foram apontados vários nomes. Entre eles, Erik ten Hag (AFC Ajax), Brendan Rodgers (Leicester City FC), Luis Enrique (selecionador de Espanha) e Zinédine Zidane (sem clube).
😅 Luis Enrique on the rumours linking him to the @ManUtd job…
📆 “Is it April fools day?” pic.twitter.com/8s5JDd3rFv
— SPORF (@Sporf) November 21, 2021
Na minha perspetiva, duvido que os três primeiros saiam dos seus lugares e tudo parece bater certo com o técnico francês. Acredito no regresso da dupla maravilha Zidane-Ronaldo e, a meu ver, é a peça final que falta ao puzzle dos Red Devils. Mas isso, só o tempo o dirá e teremos de aguardar por atualizações. O importante é não ser Solskjaer ao leme, o resto é conversa.