West Ham United: Do entusiasmo de Bilic à frieza defensiva de Moyes

O West Ham continuaria a sua senda positiva contra equipas favoritas e aproveitando o “embalo” da vitória caseira frente ao Chelsea, os Hammers arrancaram um empate em casa frente ao Arsenal, num jogo onde David Moyes operou apenas uma substituição. Depois de três jogos contra equipas favoritas, voltavam os jogos do “campeonato” do West Ham e desta vez vinha a deslocação ao terreno do Stoke City, um jogo interessante desde logo para se perceber a abordagem de David Moyes agora contra uma equipa menor. Não sei se o treinador escocês é uma pessoa supersticiosa, mas a (quase) manutenção do mesmo 11 em campo, mudanças apenas uma e na defesa entre Winston Reid e James Collins, sem uma referencia clara no ataque, Chicharito e Sakho continuavam no banco, mostravam pouca ambição por parte dos Hammers que precisavam de conquistar bons resultados contra equipas como o Stoke. A grande penalidade convertida pelo capitão Noble na primeira parte até permitiu ao West Ham sair na frente do marcador, mas a tranquilidade só foi alcançada com a entrada dos dois bons avançados que esta equipa possui e que eu referi anteriormente. O West Ham continuava o seu bom momento e ganhava por 3-0 no terreno do Stoke, Chicharito e Sakho enviavam mensagens claras a David Moyes de que esta equipa também precisa de referencias atacantes.

Arnautovic tem-se revelado uma peça fundamental para David Moyes   Fonte: West Ham United FC
Arnautovic tem-se revelado uma peça fundamental para David Moyes
Fonte: West Ham United FC

David Moyes não se mostrou recetivo a essa mudança e permaneceu no mesmo sistema tático, Chicharito, Sakho e Andy Carroll começaram a partida seguinte para a Liga Inglesa frente ao Newcaslte no banco, um caso no mínimo estranho, três avançados no banco. A equipa voltava assim a entrar numa espiral negativa com a derrota caseira frente ao Newcastle e o empate em Bournemouth. Talvez forçado por este pequeno ciclo negativo David Moyes decidiu finalmente arriscar numa referência atacante no seu jogo, o treinador escocês começava a partida frente ao West Bromwich com um ponta de lança de raiz, Andy Carroll, que se veio a revelar extremamente importante para o desfecho do jogo, dois golos do ponta de lança inglês, uma vitória sofrida e arrancada no minuto 94.

De seguida vieram complicações extra para David Moyes, as lesões começaram a acumular-se no plantel dos Hammers , ainda assim o West Ham conseguiu sair de Wembley com um ponto depois de empatar frente ao Tottenham e conquistou uma vitória categórica forasteira, muito importante, frente ao Huddersfield. A equipa londrina e o seu treinador consequentemente mostravam estar a conseguir lidar com esta crise de lesões que marcava o plantel do West Ham.

Depois de pegar numa equipa que se encontrava no penúltimo lugar, David Moyes conseguiu conquistar pontos importantes, mesmo frente a equipa mais fortes e subir na classificação, a equipa ocupa neste momento o 11º lugar da classificação da Liga Inglesa, um lugar muito mais confortável do que aquele em que se encontrava anteriormente. O treinador escocês parece estar, segundo a imprensa inglesa, a mandar uma mensagem, de carência de jogadores e de necessidade de reforços, para a direção do clube ao optar por levar apenas 6 suplentes (o máximo permitido são 7) para os seus jogos. Esperam-se chegadas e saídas do plantel do West Ham com Chicharito na porta principal de saída do clube londrino, há ainda a possibilidade de Andy Carroll ingressar no Chelsea.  Veremos se será desta que finalmente David Moyes consegue dar um novo rumo à sua carreira depois de um acumular de experiencias fracassadas e se o West Ham irá ganhar algo mais com o seu comando, para já os sinais têm sido positivos e o momento de forma do West Ham isso confirma, mas no futebol as coisas mudam muito rapidamente, Slaven Bilic que o diga.

 Foto de capa: West Ham United FC

Rui Pedro Cipriano
Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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