Atalanta BC 1-4 AS Roma: Espetáculo da equipa de Mourinho arrasa turma de Bergamo

A CRÓNICA: XEQUE-MATE ROMANO EM CASA DE LA DEA

Jogo pirotécnico no Gewiss Stadium de Bergamo, entre a Atalanta BC e a A.S. Roma, a contar para a 18ª jornada do campeonato italiano.

A equipa de Mourinho, apesar de um plantel limitado, focou-se num objetivo impensável na véspera do encontro: levar para casa os três pontos e arrasar umas das equipas mais em forma do campeonato.

O poker da AS Roma é absolutamente inesperado, e também um pouco mentiroso, sobretudo se olharmos para as percentagens de posse de bola por parte da Atalanta BC. Mas, já se sabe, a bola é redonda e ganha quem quer mais, quem marca mais, e, às vezes, quem arrisca mais.

A partida aqueceu logo depois de apenas um minuto de jogo, com o golo de Tammy Abraham, que foi servido centralmente por Zaniolo, libertando-se de Djimsiti e Musso e marcando o 1-0 para os giallorossi.

A reação da Dea foi rápida, tentando perfurar a defensiva adversaria, optando por lances longos e profundos para Zapata, hoje pouco sortudo na grande área adversária.

O jogo tornou-se mais complicado e musculado com o passar do tempo, com a equipa de Gasperini a pressionar, tentando encontrar soluções ofensivas, e com a AS Roma que ia contendo o adversário da melhor forma.

Quase perto da meia hora, e talvez no momento de maior pressão por parte da Atalanta BC, certamente muito desequilibrada pela frente, o plantel giallorosso dobra no marcador: desta vez, a pincelada é de Zaniolo, que, aos 27 minutos, rematou forte de pé esquerdo após uma assistência de Veretout.

O resultado favorável à equipa de Mourinho não desanimou os jogadores de casa, que continuaram a insistir na fase ofensiva com Ilicic e Zapata; deste último, aos 21 minutos, saiuva ocasião mais importante para a Atalanta BC no primeiro tempo, quefoi oportunamente travada por Rui Patrício, num canto.

A Dea não é conhecida por ser uma equipa que desiste e, aos 34 minutos, Gasperini percebeu que devia mudar algo. Então, saiu Djimsiti, que não tinha jogado nada mal, e entrou Muriel, para dar mais apoio na linha da frente bergamasca.

É mesmo o colombiano que, quase ao apitar do final do primeiro tempo, tem nos pés a bola para abreviar a distância no marcador: Ilicic encontrou Muriel no limite da grande área e este nem pensou duas vezes no remate forte e central, e, com a cumplicidade involuntária de Cristante, bateu Rui Patrício para o momentâneo 1-2.

O segundo tempo foi ainda muito vivaz e dinâmico, com as duas equipas a não se pouparem minimamente em fase de ataque, e sobretudo no meio do campo. O jogo, às vezes duro, ofereceu muitas contrapartidas da AS Roma, sobretudo nas linhas laterais, e com a Atalanta BC a tentar fazer circular a bola.

Aos 69 minutos, aconteceu o episodio que poderia reabrir a partida: pontapé de canto de Malinovskyi, com Zapata na grande área a tentar cabecear a bola que entra na baliza. Antes de poder celebrar o empate, o arbitro verificou no VAR a regularidade da ação e decidiu anular o golo, por posição de fora de jogo de Palomino.

A equipa de casa continuou a insistir na fase ofensiva, quase heroicamente, deixando irremediavelmente espaços para as contrapartidas da AS Roma, que marcou novamente aos 72 e aos 82 minutos. Primeiro, pir Smalling, que concretizou um pontapé livre de Veretout, e, depois, novamente com Abraham, que, de pé direito, fechou definitivamente o resultado em 4-1.

 

A FIGURA

Tammy Abraham – O avançado inglês esteve sempre presente no momento certo, no sítio certo. São seus o primeiro e último golos que encaminharam a AS Roma para a vitoria definitiva. O atacante está crescendo jogo após jogo, e o seu rendimento está a pagar a grande confiança de José Mourinho nele. Hoje, foi literalmente um pesadelo para a defesa da Atalanta BC.

 

O FORA DE JOGO

Defesa da Atalanta BC – Certamente, a linha defensiva dos bergamascos não teve vida fácil contra a vivacidade dos jogadores da AS Roma. Era inevitável arriscar mais na grande área, vista a necessidade de recuperar a desvantagem, mas a retaguarda podia certamente ter contido de forma mais eficaz as partidas e contrapartidas dos giallorossi.

 

 ANÁLISE TÁTICA – ATALANTA BC

Gian Piero Gasperini dispôs a equipa num 3-5-2, como Ilicic em campo desde o primeiro minuto. No meio campo, Pezzella foi preferido a Maehle, mas o jogador napolitano não deixou uma grande marca. O treinador bergamasco percebeu, já no primeiro tempo, que era preciso mudar algo e passar a um 3-4-3 mais ofensivo, metendo Muriel em campo no lugar de Djimsiti. Zapata, mais avançado de todos, lutou como um leão, e tentou todas as soluções possíveis para marcar golo; boas as intenções, mas muito pouca sorte em fase de concretização.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Musso (5)

Toloi (5)

Palomino (5)

Djimsiti (5,5)

Hateboer (5,5)

De Roon (5,5)

Freuler (5,5)

Pezzella (5)

Pasalic (5,5)

Ilicic (5)

Zapata (6,5)

SUBS UTILIZADOS

Maehle (5)

Malinovskyi (6)

Miranchuk (-)

Muriel (6)

Zappacosta (5,5)

 

ANÁLISE TÁTICA – AS ROMA

José Mourinho orientou a equipa num 3-5-2 muito ofensivo e atrevido. As invasões do Zaniolo e de Abraham na grande área, suportados por Veretout, deram muitas dores de cabeça à equipa de casa e, sobretudo, a possibilidade de muitas contrapartidas. De facto, a linha mediana giallorossa funcionou bem durante quase todo o jogo, dando profundidade e vivacidade. A defesa contou também com um Smalling absolutamente monumental e providencial em mais que uma ocasião.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Rui Patrício (6)

Mancini (6)

 Smalling (7)

Ibanez (6)

 Karsdorp (6)

 Veretout (7)

 Cristante (5,5)

 Vina (6)

 Zaniolo (7)

Mkhitaryan (6)

Abraham (8)

SUBS UTILIZADOS

Shomurodov (6)

Calafiori (-)

Bove (-)

Kumbulla (-)

 

Rescaldo da opnião de Paola Amore

Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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Paola Amore
Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!

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