De Rossi: o capitão do futuro

    Daniele De Rossi faz 31 anos este ano. Para muitos passou ao lado de uma carreira fenomenal, principalmente em termos de conquistas, muito por causa do seu amor incondicional à AS Roma – situação parecida com a de Francesco Totti. Não me verão a mim proferir uma palavra de desagrado com esta situação, pois folgo em saber que ainda existem jogadores que preferem o amor ao clube e à camisola ao dinheiro, isto apesar de De Rossi ser o jogador mais bem pago a actuar na Serie A, auferindo um salário anual de 6,5 milhões de euros. Já o pai de De Rossi, Alberto, foi jogador da Roma e subsequentemente treinador dos escalões de formação do clube, logo a paixão pela Roma é uma herança de família.

    De Rossi juntou-se às camadas jovens da Roma em 2000, vindo do Ostia Mare, onde jogava como avançado. Estreou-se pela equipa principal dos giallorossi em 2001 num jogo da Liga dos Campeões contra o Anderlecht, mas o seu primeiro jogo na Serie A veio apenas em 2003 contra o modesto Como. A sua primeira titularidade, nesse mesmo ano, deu-se contra o Torino, jogo onde apontou também o seu primeiro golo pelo clube.

    De Rossi é um dos médios mais completos da actualidade. Mais do que ele talvez apenas o gigante do meio-campo do Manchester City Yaya Touré. É um faz-tudo no meio-campo da Roma e da Itália. É forte e rápido e tanto rouba bolas como as passa e remata. Defende e ataca com mestria, constrói e destrói jogo com facilidade. O que quer que a equipa precise ele fornece. Arrisco dizer que é o melhor médio defensivo do mundo, o que explica as constantes propostas de Real Madrid, Chelsea ou Manchester United para a aquisição do jogador. Continua a ser importantissimo no meio-campo da Roma, estando a ser um dos maiores responsáveis pela excelente época que a Roma está a fazer este ano. É também figura fundamental no meio-campo da selecção italiana que disputa este Verão o Mundial no Brasil. Uma boa campanha da squadra azzurra passará com certeza pelos pés deste excelente jogador.

    Daniele de Rossi é um dos pilares da Roma e da selecção italiana Fonte: Getty Images
    Daniele de Rossi é um dos pilares da Roma e da selecção italiana
    Fonte: Getty Images

    De Rossi usa desde 2005/2006 o número 16 nas costas da sua camisola devido ao nascimento da sua filha a 16 de Julho de 2005. Antes disso usou os números 27 e 4.

    O palmarés de De Rossi pela Roma inclui apenas duas Taças de Itália e uma Supertaça Italiana, mas junta a isso um Campeonato da Europa de sub-21 e o Mundial de 2006 pela selecção transalpina. Foi eleito o jovem do ano em Itália em 2006 e em 2009 ganhou o prémio de jogador italiano do ano.

    Totti ganhou a sua única Serie A pela Roma na época de 2000/2001, jogando ao lado de jogadores como Samuel, Cafú, Emerson, Nakata, Montella ou Batistuta. De Rossi continua e continuará atrás desse título, tendo ficado em segundo lugar por seis ocasiões se contarmos com esta época. Contudo, a Roma está no bom caminho e com um pouco de sorte De Rossi conseguirá a tão cobiçada Serie A antes de pendurar as botas. Ninguém o merece mais que ele.

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Atlético Madrid comunica mais uma baixa por lesão no plantel

    O Atlético Madrid confirmou que Gabriel Paulista é baixa...

    Manchester United de olho em defesa da Bundesliga

    O Manchester United está interessado em Castello Lukeba, defesa-central...

    Defesa do Real Madrid pode estar a caminho da Premier League

    O Real Madrid pode perder Ferland Mendy no próximo...

    Olivier Giroud vai deixar o AC Milan e já tem destino confirmado

    Olivier Giroud está a caminho da MLS para representar...
    João Folgado
    João Folgadohttp://www.bolanarede.pt
    O João defende que o Porto devia acabar e o Sporting nunca devia ter existido. Carrega, Benfica! Fora de brincadeiras, para além desta paixão cega pelo clube da Luz, venera Mourinho, despreza Villas-Boas e é fã dos Boston Celtics e dos New England Patriots.                                                                                                                                               O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.