Juventus FC 0-1 Atalanta BC: “Zapatada” na “Velha Senhora”

    A CRÓNICA: TEMPERATURA FRIA, JOGO GELADO

    A jornada 14 da Liga Italiana teve como um dos encontros “cabeça-de-cartaz” o embate entre Juventus FC e Atalanta BC, em Turim. Entre duas equipas abaixo do esperado, a luta pelos três pontos esperava-se intensa, mas a partida foi pouco emocionante.

    O jogo começou com os bergamascos a serem mais ofensivos, remetendo a equipa da casa ao seu meio-campo e a uma tarefa exclusivamente defensiva. De cada vez que a “Velha Senhora” recuperava a bola, era-lhe muito difícil mantê-la na sua posse.

    A partir do quarto de hora de jogo, a balança começou a equilibrar e a Juventus foi aparecendo. Aos 20 minutos, Federico Chiesa apareceu isolado na cara de Juan Musso, mas Rafael Toloi recuperou bem e estorvou uma finalização que parecia destinada ao fundo das redes.

    Apesar da maior divisão na posse de bola, quem inaugurou o marcador foi mesmo a Atalanta. Djimsiti lançou Duvan Zapata e, perante a imobilidade da defensiva da Juventus, o colombiano disparou um míssil para o fundo das redes de Szczesny. Estava aberto o marcador perto da meia hora de jogo.

    O jogo entrou numa fase um pouco mais quezilenta até ao fim da primeira parte, o que fez com que tivéssemos que esperar pelo segundo tempo para voltar a ter lances de interesse.

    A Juventus foi trazendo para si a supremacia nos números da posse de bola, mas não era capaz de criar lances de perigo. A desinspiração era evidente no conjunto de Massimiliano Allegri, que circulava a bola sem chegar a zonas de finalização.

    Aos 66 minutos, Musso foi finalmente obrigado a intervir, depois de um pontapé de meia-distância de Adrien Rabiot. Contudo, este lance de perigo foi caso isolado.

    A Atalanta foi-se fechando cada vez mais no seu meio-campo, atacando apenas através de raras transições rápidas, o que dificultou ainda mais a tarefa dos homens da Juventus. Assim, a toada dos últimos minutos foi a mesma da segunda parte: um jogo com muito poucas oportunidades de golo.

    No último minuto, Paulo Dybala ainda dispôs de um livre direto bem perto da área da Atalanta, mas o ’10’ da Juventus acertou na trave.

    A vitória em Turim coloca a Atalanta em igualdade pontual com o FC Internazionale Milano, nos 28 pontos. Já a Juventus, para além de estar a sete pontos do rival de hoje, pode ficar a 14 do primeiro lugar.

     

    A FIGURA

    Duvan Zapata – O ponta de lança da Atalanta apontou o único golo do desafio, através de um pontapé potente e indefensável. Não dispôs de muitas mais ocasiões para “fazer o gosto ao pé”, mas é disto que se faz um goleador: aproveitar a mínima chance que tem.

     

    O FORA DE JOGO

    Matthijs de Ligt – Foi ele que colocou Zapata em jogo no lance do golo, por estar completamente desalinhado com a restante defensiva da Juventus. No início da segunda parte, voltou a comprometer, num lance que poderia ter dado o 0-2. Mais uma partida para o jovem central neerlandês esquecer.

     

    ANÁLISE TÁTICA – JUVENTUS FC

    A equipa de Turim apresentou-se alternando entre o 4-4-2 e o 4-3-3, com McKennie a ser ala direito, por vezes, mas também o terceiro médio, junto a Rabiot e Locatelli.

    No apoio mais direto a Morata esteve Dybala, ficando Chiesa sempre mais entregue à extrema esquerda. Na direita, eram as incursões de Cuadrado que podiam agitar, mas poucas vezes aconteceu.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Wojciech Szczesny (5)

    Juan Cuadrado (6)

    Leonardo Bonucci (6)

    Matthijs de Ligt (4)

    Alex Sandro (5)

    Weston McKennie (6)

    Manuel Locatelli (5)

    Adrien Rabiot (5)

    Federico Chiesa (5)

    Paulo Dybala (6)

    Alvaro Morata (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Federico Bernardeschi (5)

    Moise Kean (5)

    Kaio Jorge (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – ATALANTA BC

    A formação de Gasperini alinhou em 3-4-2-1, com Zapata solto na frente de ataque, mas sempre apoiado por Malinovsky e Pessina. As alas estiveram entregues a Zappacosta e a Maehle, que tinham liberdade total para se juntarem ao ataque.

    Na “casa de máquinas”, Freuler e de Roon foram os equilibradores de serviço, também eles com liberdade para lançar o ataque bergamasco, uma vez que tinham as “costas quentes” pela linha de três centrais.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Juan Musso (6)

    Rafael Toloi (6)

    Merih Demiral (6)

    Berat Djimsiti (6)

    Davide Zappacosta (6)

    Remo Freuler (6)

    Marten de Roon (6)

    Joakim Maehle (5)

    Ruslan Malinovsky (5)

    Matteo Pessina (5)

    Duvan Zapata (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Mario Pasalic (5)

    Jose Palomino (5)

    Teun Koopmeiners (-)

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.