Vecchia Signora controladora em Verona

A Juventus impôs-se ao Hellas Verona, vencendo por três bolas a zero, repetindo assim o resultado alcançado na jornada inicial do campeonato italiano. Com esta vitória, os comandados de Thiago Motta ascendem à liderança da Serie A, revelando sinais promissores neste início de temporada. Abaixo, destaco alguns detalhes técnico-táticos que explicaram em parte a vitória da Juventus frente ao Hellas Verona.

Erros individuais saíram caros ao Verona

Nos primeiros 25 minutos da partida, o Hellas Verona apresentou-se de forma organizada e notavelmente coesa, causando considerável desconforto à Juventus. Durante este período, os comandados de Thiago Motta enfrentaram dificuldades substanciais para avançar no terreno e gerar ocasiões de golo, consequência direta da pressão exercida e da organização defensiva imposta pela equipa da casa.

Contudo, a partir do minuto 28, a equipa de Paolo Zanetti foi acumulando erros, especialmente individuais, que contribuíram para o desfecho final. O primeiro golo do emblema de Turim surgiu após uma perda de bola de Ondrej Duda numa zona crítica, sendo que a qualidade dos intérpretes da Juve revelou-se determinante (Locatelli a roubar e Yildiz a assistir Vlahovic).

Hellas Verona x Juventus
Jogada que antecede o primeiro golo do jogo Fonte: Sport TV

Apesar de estar rodeado por vários jogadores da Juventus, Duda retardou em demasia a sua tomada de decisão, sendo por demais clarividente o espaço existente no flanco esquerdo do Hellas Verona.

Não obstante a qualidade dos jogadores da Vecchia Signora, o segundo tento da partida resultou de uma combinação entre um erro coletivo e falhas individuais.

Hellas Verona x Juventus
Fonte: Sport TV

Primeiramente, a transição defensiva do Hellas Verona pecou pela falta de agressividade, sendo necessário recorrer à falta de modo a travar a iniciativa de Savona. Em segundo lugar, a distância entre a linha defensiva e a linha média revelou-se excessiva, com responsabilidades atribuíveis ao setor mais recuado, que deveria ter encurtado distâncias em relação ao setor intermédio. Com tanto espaço, Cambiaso rodou e aproveitou a velocidade do belga Mbangula, que assistiu Savona com um belo cruzamento (Elevado nível técnico/tático de Cambiaso). Terceiramente, no momento antecedente ao passe de Cambiaso para Mbangula, ambos os defensores Dawidowicz e Coppola foram atraídos pelo italiano. O posicionamento de Coppola é deveras questionável, ao defender numa zona excessivamente central e abrir o corredor para Mbangula, que dispôs de imenso tempo para executar o cruzamento.

O último golo do confronto surgiu de uma grande penalidade, resultante de uma abordagem imprudente de Tchatchoua, que derrubou o sempre irrequieto Mbangula (Vlahovic bisou).

Juventus defendeu-se com bola

O momento defensivo não pode ser apenas valorizado por aquilo que permite perto da baliza, e de forma redutora pelo que permite na defesa da mesma. O futebol é um jogo onde atacas a defender e defendes a atacar. A tese de Thiago Motta (The value of the ball), aborda diversos princípios que estão bem patentes no jogo da Juventus.

A equipa defende-se com bola, o que foi especialmente evidente ao longo da segunda parte. A Juve demonstrou segurança em quase todos os períodos de posse e, embora não tenha produzido assim tanto no último terço, nunca permitiu uma reação por parte dos visitados. Elementos como Locatelli, Fagioli, Cambiaso e Douglas Luiz, que entrou posteriormente, potenciam a ideia de retenção da bola, pretendida por Thiago Motta.

Solidez defensiva dos Bianconeri

A Juventus, nova equipa de Francisco Conceição, tem manifestado uma enorme solidez defensiva, em grande parte devido ao que foi mencionado acima. Além disso, o conjunto de Turim tem mostrado excelentes níveis de agressividade no momento da perda da bola e uma grande coesão entre setores.

Tal como se viu no jogo frente ao Como 1907, a Juve voltou a conceder pouquíssimos lances de perigo ao seu adversário, com o Hellas Verona a registar apenas um remate enquadrado.

Locatelli e Mbangula

Sob o comando de Allegri, Manuel Locatelli foi dos jogadores mais negativamente aproveitados. O médio italiano possuía tarefas meramente defensivas.

Com a chegada de Thiago Motta, Locatelli tem vindo a ganhar preponderância. Com um elevado grau de sobriedade em todas as suas ações, fez a ligação entre setores e, no capítulo defensivo, recuperou bolas em zonas altas. O seu posicionamento diferiu em relação ao jogo frente ao Como 1907 (Mais fixo frente ao Hellas Verona). No entanto, o antigo centrocampista do Sassuolo rubricou duas belas exibições, o que realça as suas faculdades táticas e posicionais.

Samuel Mbangula, com apenas 20 anos, tem sido uma fantástica surpresa (Aposta corajosa de Motta no talento jovem).

Atua no lado esquerdo, sendo destro, preferencialmente, com movimentos de fora para dentro. É rápido e apresenta argumentos no um para um. Já havia marcado e assistido na ronda inaugural, tendo estado novamente envolvido em dois golos contra o Hellas Verona: assistiu para o segundo e conquistou a grande penalidade convertida por Vlahovic.

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