Juventus FC 1-1 AS Roma: Giallorossi conquistam ponto com esforço mínimo

    A CRÓNICA: RESULTADO ENGANADOR CASTIGA A JUVENTUS COM UM EMPATE

    A terceira jornada da Liga Seria A teve como jogo cabeça-de-cartaz um grande clássico italiano: Juventus FC – AS Roma.

    Estava prometido espetáculo no Allianz Stadium – apesar das baixas -, sobretudo devido ao grande regresso de Paulo Dybala como adversário, pela primeira vez, em Turim. Mas também pelas visões diametralmente opostas de José Mourinho e Massimiliano Allegrino, no que diz respeito à vertente tática.

    Certamente, a melhor exibição desta partida foi a da Juventus FC, dona do campo por boa parte do jogo, e teria merecido a vitória, considerando o grande domínio em termos de posse de bola e em fase de construção de jogo.

    Não foi necessário esperarmos muito para ter o primeiro momento de emoção do encontro, com o golo de Vlahovic apenas depois de 1 minuto e 20 segundos do apito inicial. O sérvio pincelou um pontapé livre da direita, que não deu hipótese a Rui Patrício. Estava feito o 1-0 em Turim.

    Os bianconeri continuaram a atacar insistentemente e com eficácia, pressionando, sobretudo, os portadores da bola, impedindo os romanistas de reorganizar as ideias, forçando-os a inúmeros erros na reposição de jogo.

    A insistência da Juventus FC foi premiada, pela segunda vez, com um remate de Locatelli, aos 25 minutos, que deu em golo. No entanto, o árbitro reverteu a decisão por uma precedente falta de braço de Vlahovic.

    A primeira parte da partida terminou com a Juventus FC absolutamente dona do campo, e com uma AS Roma, sobretudo no miolo, muito cinzenta nas intervenções e incapaz de reagir adequadamente ao golo sofrido.

    O regresso ao relvado foi uma fotocópia do primeiro tempo. A SS Roma continuou a não encontrar o fio do jogo, apesar das alterações realizadas por José Mourinho, que colocou El Shaarawy a formar um tridente de ataque com Dybala e Abraham, e trocando Zalewski por um apagado Spinazzola.

    Apesar de uma contínua posse de bola da Juventus FC, que não deu muitas oportunidades à AS Roma de chegar ao último quarto do terreno, o plantel de Mourinho alcançou inesperadamente o empate.

    Aos 69 minutos, na sequência de um pontapé de canto na esquerda, de Pellegrini, Abraham cabeceou para o golo do empate, aproveitando uma incrível assistência de Dybala na grande área.

    O equilíbrio no resultado – que não mudou até o fim – não influenciou a conduta dos jogadores de Allegri, que continuaram a pressionar à procura da vantagem. No entanto, até arriscaram sofrer o golo da vantagem romanista por intermédio de Ibañez, com Milik, que fez a sua estreia, salvando o resultado em cima da linha da baliza de Szczęsny.

    Empate injusto para o que se viu em campo, mas com um Allegri que certamente pode ficar satisfeito pela atitude que a sua equipa teve. Já a AS Roma precisará de um retiro espiritual em Trigoria para perceber onde deixou a lucidez que hoje faltou.

    A FIGURA

    Dusan VlahovicO sérvio respondeu às críticas da sua prestação contra a Sampdoria com um pontapé livre de alta categoria, após um só minuto de jogo. Nem deu tempo ao adversário de se posicionar no terreno, que a pincelada da vantagem já estava dada.

    Hoje, o avançado esteve sempre envolvido no jogo ofensivo e batalhou todas as bolas com Smalling, que só não lhe deu a satisfação de bisar por causa de uma prestação igualmente elevada do defensor inglês.

    A corrida pelo título de goleador iniciou oficialmente.

     

    O FORA DE JOGO

    Bryan Cristante – Geralmente guardião eficaz e de confiança diante da defesa giallorossa, hoje o médio romanista esteve os 90 minutos completamente perdido, incapaz de contrastar as incursões centrais de Miretti e Locatelli. Cometeu inúmeros erros que facilitaram a recuperação de bola por parte da Juventus FC, lançando-a em perigosos contra-ataques. Uma prestação absolutamente para esquecer.

     

    ANÁLISE TÁTICA –  JUVENTUS FC

    Massimiliano Allegri orientou a equipa num 4-3-3, escolhendo como titular o jovem Miretti no miolo do meio-campo juventino, no lugar de Mckennie, e com Danilo colocado centralmente na defesa em dupla com Bremer.

    O meio-campo juventino foi absolutamente avassalador hoje, trabalhando com ritmos altos e cometendo pouquíssimos erros. A rapidez de Miretti, apoiado por Cuadrado e Kostic nas laterais, garantiu uma ótima posse de bola, e facilitou as incursões da equipa de Allegri pela via central.

    Os movimentos de Locatelli e Rabiot fizeram de elo entre a defesa e o ataque, forçando o meio-campo romanista sempre a recuar, dificultando a vida, sobretudo, a Matic e Cristante no miolo, com este último a ser falível e culpado de vários erros que permitiram os contra-ataques da Juventus FC.

    Vlahovic foi uma máquina, exatamente o que precisava Allegri. Conseguiu castigar, logo à primeira, a defesa romanista, esteve sempre ativo e presente em todas as ações ofensivas da Juventus FC, e viu-se uma boa afinidade também com o Kostic, na lateral esquerda.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Szczęsny (6)

    De Sciglio (6)

    Danilo (6)

    Bremer (6)

     Alex Sandro (6)

    Miretti (7)

    Locatelli (6)

    Rabiot (6)

    Cuadrado (6)

    Vlahovic (7)

    Kostic (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Zakaria (5)

    McKennie (6)

    Milik (6)

    Rovella (-)

    Kean (-)

    ANÁLISE TÁTICA – AS ROMA

    José Mourinho optou por um 3-4-2-1, com um meio-campo mais robusto, colocando Matic em eixo com Cristante no miolo, e com Pellegrini e Dybala a apoiar Abraham na linha da frente.

    Os primeiros 45 minutos foram um desastre para a AS Roma que, no meio-campo, encontrou as maiores dificuldades em conter os assaltos de Miretti, Locatelli e Rabiot, que ganharam quase sempre as lutas pela posse de bola com Cristante e Matic.

    O número excessivo de erros forçou Mourinho, logo no início do segundo tempo, a optar por um 4-3-3, inserindo Zalewski no lugar de um apagado Spinazzola, e apostando no tridente ofensivo formato por Dybala, Abraham e El Shaarawy, recuando Pellegrini na linha do meio-campo.

    A entrada também de Celik, por Karsdorp, deu mais dinamismo no corredor esquerdo, tanto que a AS Roma conseguiu conquistar alguns pontapés de canto, um dos quais converteu-se no golo de Abraham. Excluindo Smalling, sempre forte nas suas recuperações e pressão sobre Vlahovic, o resto da equipa estava visivelmente carente de concentração e lucidez para realmente poder ambicionar a algo mais que não fosse o empate.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Rui Patrício (5)

    Mancini (5)

    Smalling (7)

    Ibañez (5)

    Spinazzola (4)

    Matic (5)

    Cristante (4)

    Karsdrop (4)

    Pellegrini (5)

    Dybala (5)

    Abraham (6)

    SUBS UTILIZADOS

    El Shaarawy (5)

    Zalewski (5)

    Celik (6)

    Kumbulla (-)

    Bove (-)

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Paola Amore
    Paola Amorehttp://www.bolanarede.pt
    A Paola nasceu e cresceu na Itália, mas há seis anos foi “adotada” por Lisboa, onde atualmente reside. Formou-se em Comunicação e Jornalismo na Sapienza - Universitá degli Studi di Roma, e atualmente está a tirar uma Pós-Graduação na Universidade Católica Portuguesa em Comunicação e Marketing de Conteúdos. Viu a sua primeira partida de futebol com seis anos e nunca mais parou, decidindo que um dia ia tornar jornalista de desporto, sonho que concretizou aos 21 anos, quando adquiri a sua carteira profissional. Adora ouvir os jogos de futebol no rádio, sobretudo Liga Serie A e Liga Portugal, e adora visceralmente o Alessandro Del Piero. É mais fácil encontrá-la em qualquer estádio ou pavilhão - porque também gosta de vólei e futsal – que não na sua casa!