BVB Dortmund 2-3 FC Bayern: O vencedor do costume por terras germânicas

    A CRÓNICA: ERROS DEFENSIVOS E MUITA CLASSE NO ATAQUE

    Der Klassiker a meio da semana… maravilha! Estamos a falar de duas grandes equipas que vinham de derrotas na segunda jornada da Primeira Liga Alemã e que chegam aqui para tentar vencer o primeiro troféu da época.

    A partida começou muito dividida, com o Borussia Dortmund ligeiramente melhor. No entanto, já sabemos que o FC Bayern é muito perigoso, principalmente em contra-ataques, e foi precisamente numa transição ofensiva rápida que apanharam os auri-negros descompensados e Tolisso, no coração da área, atirou a contar para o 0-1.

    O golo fez claramente mal à equipa de Lucien Favre – algo que já não é propriamente novo – e os bávaros, com naturalidade, acabaram por aumentar a vantagem, por intermédio de Muller, a finalizar de cabeça um excelente cruzamento de Alphonso Davies. Porém, não íamos ficar sem divertimento. Aos 39 minutos, uma perda de bola em zona proibida do FC Bayern, voltou a colocar o Borussia Dortmund em jogo. Brandt, assistido por Haaland, não perdoou. Intervalo e 2-1 no marcador, numa primeira tipicamente alemã, com três golos (que podiam ter sido mais).

    A segunda parte começou como a primeira, com uns auri-negros melhores em campo, só que desta vez, conseguiram mesmo marcar! Halaand isolado atirou a contar, depois de um erro de Javi Martinez. Defesas inconsistentes e os ataques, mesmo sem brilharem, aproveitavam as oportunidades concedidas. Fixava-se o 2-2 no marcador mas não podíamos desviar muito a atenção, porque logo a seguir, Haaland teve outro confronto com Neuer, só que desta vez a “muralha alemã” levou a melhor.

    A partida parecia ter acalmado, encaminhando-se para as grandes penalidades, mas aos 82 minutos, através de ressalto, o FC Bayern fez o 3-2, um auto-golo do experiente polaco Piszczek. Até ao fim não houve mais reacção por parte do Borussia Dortmund e a Supertaça ficou naquele mesmo estádio onde se realizou a partida.

    Nota final para Bibiana Steinhaus, a “árbitra” deste jogo. Sim, leu bem. Mais uma vez, a Federação Alemã na vanguarda do futebol mundial, com ideias que se aplaudem.

     

    A FIGURA

    Erling Haaland – Fantástico o possante ponta-de-lança norueguês. Fez claramente a diferença pela sua qualidade técnica, percepção do jogo, velocidade e, sobretudo, liderança. Com aquele estilo meio arrogante a fazer lembrar Zlatan Ibrahimovic, ele é que mandava pressionar, coordenava a movimentação ofensiva… Fantástico. A médio prazo será um dos três melhores jogadores do mundo, não tenho quaisquer dúvidas sobre isso.

     

    O FORA DE JOGO

     Lucien Favre – Até aos 65 minutos, a minha escolha iriam ser as defesas das equipas, e iria explicar que na verdade até queria dizer “os erros defensivos de ambas”. No entanto, depois do treinador suíço ter tirado o Haaland do campo (que só percebo se fosse por queixas físicas, mas não me parece), perdeu a partida.

    Estava sempre mais próximo de ganhar, por tudo o que já expliquei n’A Figura. Assim, perdeu presença na frente de ataque e, consequentemente, a taça. Contra o FC Bayern, se não marcas, acabas por sofrer.

     

    ANÁLISE TÁTICA – BVB DORTMUND

    Lucien Favre tem o seu primeiro grande compromisso da época: a Supertaça da Alemanha. Encara-o com a mesma tática que tem encarado o campeonato, apenas com algumas mudanças – a tal “rotatividade” – em quem desempenha as funções. Será um 3-5-2 com o capitão Reus a voltar à titularidade depois de uma longa paragem por lesão, Hitz na baliza e Brandt, que esta época ainda não tinha sido titular, a ter aqui a sua oportunidade para brilhar.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Hitz (5)

    Akanji (6)

    Hummels (5)

    Can (6)

    Meunier (5)

    Delaney (6)

    Dahoud (6)

    Brandt (6)

    Passlack (5)

    Reus (6)

    Haaland (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Reinier (5)

    Schulz (5)

    Belligham (5)

    Piszczek (4)

    Reyna (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC BAYERN MUNIQUE

    Em estado de graça depois de ter vencido a “Champions”, Hansi Flick enfrentam o seu primeiro troféu da época também com mudanças naquele que será o “onze base” do FC Bayern. Javi Martinez, Lucas Hernandez, Tolisso e Coman serão alguns dos protagonistas deste 4-2-3-1, jogadores que (imagine-se!) não são titulares dos bávaros. O alemão mexe mas a qualidade é muita em todas as posições.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Neuer (6)

    Pavard (5)

    Sule (6)

    Javi Martinez (6)

    Lucas Hernandez (7)

    Kimmich (6)

    Tolisso (7)

    Coman (6)

    Muller (7)

    Davies (7)

    Lewandowski (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Gnabry (5)

    Richards (-)

    Zirkzee (-)

    Musiala (-)

     

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    Carlos Ribeiro
    Carlos Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
    Com licenciatura e mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura, o Carlos é natural de um distrito que, já há muitos anos, não tem clubes de futebol ao mais alto nível: Portalegre. Porém, essa particularidade não o impede de ser um “viciado” na modalidade, que no âmbito nacional, quer no âmbito internacional. Adepto incondicional do Sport Lisboa e Benfica desde que se lembra de gostar do “desporto-rei”.                                                                                                                                                 O Carlos escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.