Quando o Barcelona venceu a Juventus na final da Liga dos Campeões em 2014, confesso que me ficou um sabor amargo na boca. Não por achar que os catalães não eram uns justos vencedores, mas antes porque tinha acompanhado todo o trajeto da Vecchia Signora e achei que a turma de Pirlo e companhia merecia mais.
O verão passado, aquando das contratações de Higuaín e Dani Alves, pensei para mim que não haveria melhor altura para a Juve terminar com a malapata e tocar no céu europeu. E fiz desse pensamento, uma crença. Desde o início até ao fim apostei sempre numa vitória bianconeri que não chegou a confirmar-se por muito pouco.
Pois bem, continuo a crer que a Juventus será campeã europeia num futuro muito próximo.
A base está lançada. Allegri pegou na herança pesada de Conte e não só deu seguimento à hegemonia interna, como deu outra dimensão europeia à equipa – as duas finais em dois anos são bem demonstrativas disso.
Apoiada numa enorme solidez tática, a Juve conta com um plantel capaz de ombrear com todas as equipas. Defensivamente é irrepreensível e ofensivamente, à boleia da genialidade de Dybala, do faro de golo de Higuaín e da capacidade de trabalho de Mandzukic – que transformação –, os italianos prometem continuar a varrer tudo em Itália e, a nível europeu, continuarão de certeza a lutar pela Liga dos Campeões que teima em fugir desde a década de 90. Até porque Buffon, mais do que ninguém, merece-a.
Foto de Capa: AFP