FC Barcelona 4-0 Sevilla FC: Magia de Suárez e classe Blaugrana derrotam Sevilla

    Camp Nou engalanou-se para receber duas equipas igualadas pontualmente na tabela classificativa.

    Barcelona e Sevilla é um duelo que suscita sempre grande interesse, a qualidade dos intérpretes de ambos os lados faz apimentar um duelo que, por norma, sorri sempre aos blaugrana.

    Um muito contestado Valverde apresentou alguma novidades no onze inicial. Desde logo na defesa, Jean-Clair Todibo foi o escolhido para emparelhar na defesa com Piqué. A lesão de Umtiti, a juntar ao castigo de Lenglet, “obrigou” o técnico espanhol a utilizar o francês. Outra das alterações surpresa, foi Nelson Semedo a jogar à esquerda.

    No Sevilla, Lopetegui, como habitual, promoveu algumas mexidas na equipa, mexidas normais e que não ofereceram qualquer tipo de surpresa. Destaco o regresso de Carriço ao eixo central, fazendo dupla com o brasileiro Diego Carlos.

    Como esperado, o Sevilla não vinha ao Camp Nou para ver o Barcelona jogar com futebol apoiado nas saídas de jogo, ou por Banega, ou por Oliver Torres. Os Rojiblancos, sem criar verdadeiro perigo, causavam frisson sempre que iam à área do adversário.

    Atrevo-me a dizer que o Barça, como tem sido apanágio nesta época, vive, cada vez mais, da inspiração de Messi, pois sem ele parece que o jogo dos blaugrana estagna.

    Desta vez essa inspiração chegou na pessoa de Luis Suarez!

    Antes disso, o Sevilla teve, por diversas oportunidades, ocasião para chegar ao golo, Luuk De Jong foi bastante perdulário e, com isso, o Sevilla pagaria caro mais adiante.

    Voltando ao momento mágico de Suárez, destaco a fantástica finalização do uruguaio, correspondendo a um cruzamento de Nélson Semedo de pé esquerdo, com um pontapé de bicicleta! Magistral, é o mínimo que se pode dizer deste golo que valeu o bilhete de quem foi ao estádio.

    O golo teve o condão de “libertar” os blaugrana. Começaram a jogar mais seguros, apostando, cada vez mais, no colectivo em vez do individual, deixando os homens de Sevilla em grandes dificuldades.

    Prova disso foram os minutos seguintes, um autêntico furacão blaugrana, que em cinco minutos fez mais dois golos. Num lance revisto pelo VAR, Vidal ampliava para dois zero, após assistência primordial de Arthur, e três minutos depois foi Dembele, num lance de grande qualidade individual, a voltar a virar o placard.

    A partir daqui, o Barça tomou conta do jogo, levando este resultado até ao intervalo.

    Fonte: FC Barcelona

    O Sevilla teve várias oportunidades para abrir o marcador e foi penalizado por não o ter feito, pois os blaugrana, com o golo inaugural, sentiram o seu jogo fluir melhor com naturalidade e com muita classe, e chegaram, justamente, à liderança do jogo.

    Depois desta primeira parte, especulava que o Sevilla tentasse a remontada. As substituições ao intervalo indicavam isso e Munir e Juan Jordan entraram, mudando, também, o esquema táctico da equipa.

    Notou-se  nos minutos iniciais a forte pressão do Sevilla para tentar chegar ao golo e, em mais uma grande oportunidade, Luuk de Jong atira a bola ao poste. O holandês, ainda sem marcar no campeonato, continuava com a sua malapata.

    O Barcelona conseguiu contornar a mudança táctica do Sevilla e tomou novamente as rédeas do jogo. Embora o Sevilla construísse lances com qualidade, não conseguiam concretizar e talvez tenha sido por isso que Lopetegui lançou Chicharito para o jogo.

    O jogo ia diminuindo de intensidade, mas não de qualidade: as diagonais de Messi, os pormenores de Arthur e as arrancadas de Nelson Semedo iam deliciando quem estivesse a ver o jogo.

    Nelson Semedo mostrou que a aposta de Valverde em colocá-lo à esquerda foi acertada, pois o jogo do português roçou quase o prefeito, estando ele a jogar fora da posição. O quatro a  zero chegaria já perto dos oitenta minutos, e foi um estreante a marcar… Leonel Messi, sim esse mesmo.

    Foi na cobrança de um livre directo, na sua terceira tentativa neste jogo, que Messi se estreou a marcar esta época e com um livre muito bem executado que, vindo de Messi, até parece fácil.

    O jogo encaminhou-se para o seu final e numa boa saída de jogo, Chicharito isola-se e é derrubado pelo estreante Araújo, num lance que valeu a expulsão do uruguaio, que tão cedo não esquecerá esta estreia, que durou pouco mais de quinze minutos. Quem também levou guia de marcha foi Dembele, que contestou a decisão de António Lahoz e este, sem contemplações, expulsou o francês.

    Se o árbitro foi rigoroso na amostragem dos cartões, Dembele foi de uma grande imaturidade ao deixar-se expulsar desta maneira. Não basta ter qualidade com os pés, há que também ser inteligente no jogo e Dembele mostrou que tem que crescer neste aspecto.

    Foi este o ponto alto do jogo, depois dos quatro zero, e o Barcelona sai de Camp Nou com uma grande vitória perante um adversário muito difícil, que no início do jogo, criou as suas oportunidades sem as concretizar, acabando por facilitar o jogo ao Barça.

    A qualidade do Barça veio ao de cima após o primeiro jogo e à qualidade individual conseguiu acrescentar qualidade colectiva, um complemento que tem faltado noutras partidas.

    Ernesto Valverde sai deste jogo com a moral em cima numa altura de muita contestação.

    Vamos ver se este Barça é para continuar ou se este jogo foi apenas uma excepção.

    ONZE INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    Barcelona – Ter Stegen, Semedo, Pique, Todibo(Araújo,73`), Sergi Roberto, Vidal(Rakitic,70`), de Jong, Arthur(Busquets, 65´), Dembele, Suárez, Messi. 

    Sevilla – Vaclik, Reguilon, Carriço, Diego Carlos, Navas, Banega, Fernando, Oliver Torres(Jordan, 45´), Ocampos, de Jong(Chicharito,65´), Nolito(Munir, 45`).

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    Tiago Silva Ferreira
    Tiago Silva Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é uma pessoa que adora desporto, em especial futebol. Tendo praticado andebol e basquetebol, viu que o seu grande talento era a Playstation e por aí ficou! Adora o ciclismo.                                                                                                                                                 O Tiago não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.