AS Monaco: O perfume das flores de Jardim

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    Depois de conquistar, com mérito, o título de equipa mais divertida do futebol europeu pelo fluidez do seu jogo, responsável pelas muitas oportunidades de golo que cria e concretiza, o Mónaco mostrou que pode ir muito além de uma equipa que joga para o espectáculo (algo que, na verdade, não será objectivo primordial para Jardim), na passada quarta-feira, ao virar uma eliminatória desfavorável frente ao Manchester City de Guardiola.

    Depois de trazer um 5-3 de Manchester, impôs a sua força no Stade Louis II, e à meia hora de jogo já estava, virtualmente, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões graças aos golos de Fabinho e Mbappé, que coroaram um início de jogo que só conheceu duas equipas, a do Mónaco e a de arbitragem.

    O City estava ausente. Não por vontade própria, claro, nem por demérito seu. O Mónaco, simplesmente, fê-lo desaparecer, com um aspecto fundamental do seu jogo e que tem sido o principal patrocinador da excelente época monegasca: reacção à perda da bola.

    Bakayoko e Fabinho são autênticos 'reacionários' à perda de bola Fonte: Goal.com
    Bakayoko e Fabinho são autênticos ‘reacionários’ à causa da perda de bola
    Fonte: Goal.com

    Um conceito que Leonardo Jardim teve a coragem de assumir como prioritário. Não teve medo de ser feliz nem de proporcionar felicidade a jogadores que a emanam quando pegam na bola e assumem o drible.

    Montou um modelo de jogo que permitisse diversão aos miúdos, sem que houvesse “acidentes”. Ciente dos erros que a irreverência, inevitavelmente, traz, designou dois miúdos mais crescidos e responsáveis para os corrigir – Bakayoko e Fabinho.

    Esta dupla do meio-campo monegasco está, a todo o momento, a contar com uma bola perdida de um drible ou um toque a mais, para a recuperar e voltar a devolver à miudagem. Fazem uma espécie de marcação cerrada… aos colegas de equipa.

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