Nota artística elevada na 5ª seguida de Mourinho
Nos últimos 9 Boxing Day, 3 confrontos entre Sunderland e Manchester United, 3 triunfos dos red devils. A última? 3-1, há umas horas atrás, no regresso de David Moyes a Old Trafford.
O jogo até começou de feição ao Sunderland, que dispôs das melhores ocasiões no início do encontro, porém, a organização posicional e a valência física foram ganhando importância na partida e quando se deu por ela, a tendência já se tinha alterado. Pogba partiu para um jogo fantástico, tanto a segurar as amarras do meio-campo, como a soltá-las em ataque organizado. Teve duas oportunidades para marcar, mas foi Blind quem inaugurou o marcador numa inicativa de Marcos Rojo, culminada com uma assistência de Ibrahimovic para o disparo do holandês ainda antes do apito para o descanso.
A segunda parte teve a mesma toada e a vantagem mínima ia sendo lisonjeira para um Sunderland sem argumentos para contrariar o futebol dos red devils. O 2-0 e o 3-0 chegaram pois, com naturalidade. O segundo, por Zlatan, servido por Pogba, numa bola ganha a meio-campo que o francês tornou em contra-ataque. O terceiro, outra vez com o sueco na jogada, mas na pele de assistente para um golo assombroso de Mkhitaryan (em voo, com o corpo balanceado para a frente, deu de calcanhar e fez a bola entrar ao poste mais distante).
O jogo podia acabar naquele momento. Mas faltava o prémio de consolação. Borini, aproveitando uma bola devolvida pela àrea do United, preparou-a no peito e, sem deixar cair, rematou direitinha ao ângulo superior direito da baliza de De Gea, colocando um laço no embrulho de um jogo que foi autêntico presente de Natal.
Mourinho somou a 5ª vitória consecutiva, mantendo a perseguição à qualificação para a Champions ao mesmo tempo que o seu United revelou interessante consistência táctica, alicerçada na integração da defesa no ataque e do ataque na defesa. A equipa age como um todo, quase em harmonia.