Ficou em antepenúltimo (posto mesmo abaixo da linha de água), incluiu jogadores low cost, como jogadores que conhecia ou com já quem tinha trabalhado, montou uma estratégia…Melhor dizendo, montou várias estratégias: Marco Silva não encarava dois jogos diferentes com uma ideia comum, e por isso os seus “onzes” apresentavam algumas oscilações. Isso e o sistema tático, que mesmo durante o jogo era alterado, devido principalmente às armas que tinha no banco, e que ao entrar teriam de encaixar num sistema mais propício às suas respetivas qualidades, e que soluções poderiam acrescentar ao treinador. Pelo que tive oportunidade de perceber, é essa otimização de ideias, essa dinâmica que equipas como o Watford procuram. Sendo também ela uma equipa que luta pela permanência, com um plantel aparentemente pouco vasto, viram em Marco Silva não só a capacidade de a assegurar, como subir mais alguns degraus e obter uma classificação mais estável e segura. Agora sim, iremos ver do que Marco Silva é capaz de fazer na Premier League, agora com tempo para preparar a época, e procurar vitórias desde o início da mesma, e não desde Janeiro…
Confesso que, já no Verão anterior, depois de ter saído do Olympiacos por escolha própria, e estando livre em termos contratuais quando José Peseiro, depois de substituir Lopetegui no comando dos dragões, saiu, via Marco Silva como o candidato mais apropriado a assumir o cargo, tendo em conta as supostas condições financeiras impostas por ambas as partes, e o perfil, que admito achar que qualquer clube grande em Portugal gostaria de contar com os serviços do agora treinador do Watford, incluindo o Sporting CP. No ano passado, a escolha portista recaiu em Nuno Espírito Santo, e este ano esperava que a oportunidade de contratar o promissor e jovem “head coach” fosse aproveitada. A sua continuidade na Premier League foi a sua vontade, a minha é que me dê muito a escrever sobre os seus sucessos profissionais.
Foto de Capa: GD Estoril-Praia