Wolverhampton Wanderers FC 0-2 Huddersfield Town FC: A força do passado

    Se, pelo presente, o Wolverhampton Wanderers FC partia como favorito, fruto do 11º lugar e dos 16 pontos obtidos até ao momento na Premier League, contra o 19º classificado, com sete pontos, o Huddersfield Town FC, o passado dava um claro favoritismo aos visitantes: nas últimas três visitas ao Molineux, o Huddersfield Town FC venceu sempre por 1-0; nos últimos 12 confrontos entre as duas equipas, para o campeonato (Premier League e Championship), o Huddersfield venceu dez.

    O Huddersfield apresentou duas alterações no seu onze inicial em relação ao último jogo, com as entradas de Tommy Smith e Erik Durm para os lugares de Mathias Zanka (suspenso) e Chris Lowe (lesionado). Do lado do Wolverhampton de Nuno Espírito Santo, apenas uma mudança: Rúben Vinagre entrou para o lugar do lesionado Johny e fez a sua estreia como titular na Premier League.

    Os Wolves apresentaram-se com o seu habitual 3-4-3, com os alas bem abertos e a integrarem o movimento atacante da equipa sempre que possível. Do lado do Huddersfield, um 3-5-1-1, com Pritchard no apoio ao irrequieto Mounié.

    O jogo começou com os Wolves a tomarem uma postura mais ofensiva. O estreante Rúben Vinagre esteve em destaque na ala esquerda, com arrancadas que puseram em sentido a equipa do Huddersfield. Mas seriam os visitantes a inaugurar o marcador na primeira ocasião de perigo que criaram. À passagem do sexto minuto, Durm, uma das novidades no onze dos azuis e brancos, recupera a bola, combina com Billing e centra atrasado para a entrada da área, onde aparece Mooy a rematar de primeira, sem hipótese para Rui Patrício.

    Mooy celebra o primeiro golo da tarde. Fonte: Premier League

    Balde de água fria numa tarde gelada no Molineux. A equipa de Nuno Espírito Santo foi tentando reagir, mas a equipa do Huddersfield abdicava de pressionar na primeira zona de construção dos Wolves, esperando pelos homens de laranja e negro no seu meio-campo, aplicando, aí, uma pressão aguerrida que não deixava João Moutinho e Rúben Neves pegar na batuta.

    Os erros a nível de passe e posicionamento por parte da equipa de Nuno Espírito Santo foram aproveitados pelos visitantes, que efetuaram vários contra-ataques e estiveram perto de marcar o segundo. Num desses ataques rápidos, os visitantes ganharam um canto, que Mooy bateu tenso para o coração da área, onde estava Mounié a cabecear para uma defesa atenta de Patrício. Pouco depois, o mesmo Mounié rematou a uns bons 25 metros da baliza, com Patrício novamente a segurar.

    Mesmo em cima do apito para o intervalo, novo canto de Mooy, e Mounié, na zona de penalty, dispara de cabeça. Doherty evita o 0-2 com um corte quase em cima da linha de golo.

    Equipa dos Wolves esteve em dia não
    Fonte: Premier League

    Na segunda parte, o Wolverhampton entrou determinado a dar a volta ao resultado e Jiménez, aos 55 minutos, esteve perto de marcar por duas vezes: excelente trabalho na direita do recém-entrado Traoré, que cruza largo para o segundo poste, onde está Jiménez a cabecear, para um corte em cima da linha de Billing. Na recarga, o avançado mexicano cabeceia outra vez para uma defesa segura de Lossl.

    Na jogada seguinte, foi a vez de Billing (excelente exibição) chegar perto do golo, com um remate de fora da área que passou a centímetros do poste da baliza de Rui Patrício.

    Os minutos passavam e os da casa não conseguiam furar a barreira defensiva do Huddersfield. Com o relógio a avançar rapidamente, os nervos foram tomando conta dos homens de Nuno Espírito Santo, que não conseguiam traduzir a posse de bola em lances de verdadeiro perigo. Prova deste desacerto foi a perdida incrível de Jiménez, ao minuto 65: isolado na área, o ex-Benfica preferiu passar para o lado, onde estava…ninguém.

    Mooy aproveita o “buraco” na barreira para fazer o seu segundo golo
    Fonte: Premier League

    O Huddersfield mostrou uma eficácia tremenda à passagem do minuto 73, quando Mooy bate um livre direto por fora da barreira e faz a bola entrar caprichosamente na baliza de Rui Patrício. O médio australiano aproveitou a (des)organização da barreira e colocou a bola entre os quatro jogadores dos Wolves em linha e Hélder Costa. Difícil entender a disposição dos jogadores de Nuno Espírito Santo para defender este livre. O Huddersfield aproveitou e, pela primeira vez desde 24 de fevereiro, marcou dois golos num jogo da Premier League.

    Os comandados de Nuno Espírito Santo tentaram reagir até ao fim, mas já não havia forças nem discernimento para mais. O único destaque vai para um lance individual de Diogo Jota, já na grande área, com o português a trabalhar bem sobre os defesas adversários e a rematar para uma defesa apertada de Lossl.

    O Wolverhampton continua a série de maus resultados, sendo este o quinto jogo sem ganhar da equipa de Nuno Espírito Santo. O Huddersfield obteve a primeira vitória fora de casa em nove meses para jogos do campeonato e sai dos lugares de despromoção, ocupando o 14º lugar à condição.

    Onzes iniciais:

    Wolverhampton Wanderers FC: Rui Patrício, Bennett, Coady, Boly, Doherty, João Moutinho (Gibbs-White, 46’), Rúben Neves, Rúben Vinagre, Hélder Costa (Diogo Jota, 74´), Ivan Cavaleiro (Traore, 45’) e Raul Jimenez.

    Huddersfield Town FC: Lossl, Hadergjonaj, Smith, Schindler, Kongolo, Durm, Hogg (Stankovic, 90+2’), Billing (Williams, 90+1’), Mooy, Pritchard (Mbenza, 90+2’), Mounie.

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    Frederico Seruya
    Frederico Seruya
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